terça-feira, 22 de maio de 2018

"Orgulho e Paixão" vem se mostrando uma encantadora novela das seis

No ar há pouco mais de dois meses, "Orgulho e Paixão" vem cumprindo tudo o que havia prometido em suas chamadas: uma novela leve, agradável e repleta de personagens cativantes. Marcos Berstein, após ter fracassado ao lado de Carlos Gregório com a problemática e ousada "Além do Horizonte" (2013) na faixa das sete, resolveu apostar em todas as fórmulas que costumam funcionar no horário das seis, preferindo não arriscar em nada. Não trocou o certo pelo duvidoso e para um escritor que encara seu primeiro folhetim como autor solo é uma atitude bastante sensata.


A história, dirigida por Fred Mayrink, é uma adaptação de vários sucessos da escritora Jane Austen ---- entre eles "Orgulho e Preconceito", "Emma", "Razão e Sensibilidade", "A Abadia de Northager" e "Lady Susan" ---- e Marcos foi muito feliz na ideia de juntar vários livros da autora, podendo, assim, rechear seu roteiro de bons conflitos e personagens ricos, aumentando a chance de evitar a popular barriga (período onde nada de relevante acontece) ao longo dos meses. É verdade que ainda é cedo para afirmar se a enrolação será evitada de fato, mas não deixa de ser uma boa saída.

Até porque a trama vem apresentando um ritmo ágil, prendendo a atenção do telespectador sempre com bons ganchos e vários acontecimentos. Isso prova que o autor tem muitas cartas na manga. E fica difícil não comparar com a antecessora, "Tempo de Amar", que se arrastava ao longo dos capítulos, adiando os conflitos ao máximo.
A atual, aliás, representa o oposto em todos os aspectos. Principalmente por apresentar um tom mais leve e farsesco, com direito a várias cenas de pastelão, deixando até os dramas um pouco mais suaves. Fica perceptível também a intenção de Marcos em copiar o estilo de Walcyr Carrasco no horário das seis. Sobram elementos semelhantes aos usados pelo escritor de "O Outro Lado do Paraíso" na faixa que o consagrou na Globo.

A agilidade do enredo tem sido observada tanto na quantidade de situações envolvendo os personagens, quanto na formação dos casais. Quase todos os pares principais já foram formados, incluindo os mocinhos Elisabeta (Nathalia Dill) e Darcy (Thiago Lacerda). Essa junção rápida poderia ter sido um grave erro, vide os casos mais recentes de "Tempo de Amar" e "Pega Pega". Porém, até então o autor vem conduzindo com competência o romance dos perfis mais conhecidos de Jane Austen. Os atores estão à vontade em cena e o jogo de gato e raro deles é um clichê que raramente falha. O romance no livro, claro, demora mais e Darcy é bem mais sisudo e conservador. No folhetim, houve uma clara preocupação em simpatizar o mocinho justamente para evitar uma possível rejeição do público. Uma mudança compreensível.

Por sinal, impressiona a quantidade de bons casais na história. Cecília (Anaju Dorigon) e Rômulo (Marcos Pitombo), por exemplo, encantaram assim que surgiram em cena. A relação delicada tem despertado atenção e há conflitos promissores em torno do par, como o passado misterioso da governanta Fani (Tammy Di Calafiori) e o tom ameaçador de Almirante Tibúrcio (Oscar Magrini), pai do rapaz. Neste caso, a rapidez da junção do casal é vital para o andamento do contexto, pois a doce menina se casou com seu amado e passou a morar na casa do sogro, vista por ela como "mal assombrada". Ainda há um enigma em torno da "falecida" mãe de Rômulo, conhecida apenas por uma bela pintura na parede (Josephine, vivida por Christine Fernandes). A personagem, inclusive, entrou no enredo recentemente, deixando claro que não está morta, e vem flertando com o malandro Uirapuru (Bruno Gissoni).

Jane (Pâmela Tomé) e Camilo (Maurício Destri) formam outro par adorável, destacando a química dos atores, que protagonizam um enredo típico da Cinderela. As cenas deles, inclusive, são muito parecidas com os filmes de princesa da Disney. Já o triângulo protagonizado por Mariana (Chandelly Braz), Uirapuru e Lídia (Bruna Griphao) remeteu ao humor escrachado, proporcionando momentos muitas vezes esdrúxulos ao trio, como guerra de pó de mico. Agora, todavia, a situação já mudou: Mariana se apaixonou por Coronel Brandão (Malvino Salvador) assim que descobriu a verdadeira identidade do "motoqueiro vermelho". É preciso citar também a doce Ema (Agatha Moreira), que se preocupa em casar todos ao seu redor, deixando sua vida em segundo plano. O romance com Jorge (Murilo Rosa) é uma clara alusão ao amor impossível (baseado no livro "Emma"), mas houve algo inesperado nesse enredo: ao contrário da trama de Jane Austen, a menina descobriu rápido demais o amor do rapaz por ela e os dois juntos não funcionaram, ao contrário do seu relacionamento de tapas e beijos com Ernesto (Rodrigo Simas), perfil que não existe no livro. Ema e o italiano metido a besta deram bem mais certo, evidenciando a química entre os atores que foram irmãos em "Malhação Intensa" (2012).

Vale destacar ainda a divertida dupla formada por Susana (Alessandra Negrini) e Petúlia (Grace Gianoukas), que vivem tramando contra tudo e todos. As vilãs cômicas são deliciosas e provocam mais risos do que ódio em quem assiste. A chegada de Olegário (Joaquim Lopes), ex-marido de Susana, contribuiu para o núcleo, sendo mais uma peça das interesseiras contra as "inimigas". Aliás, Susana é um perfil retirado do romance "Lady Susan", mas o autor preferiu dividir a viúva sedutora da escritora em duas. Isso porque criou uma mais cômica e depositou as características mais densas em outra personagem, a poderosa Julieta (Gabriela Duarte). A mãe de Camilo tem um passado sofrido e uma postura agressiva, sempre tentando manipular as escolhas de seu filho (impedindo o namoro com Jane, por exemplo). Ela ainda encara os negócios como uma guerra, fazendo questão de humilhar seus concorrentes no mercado do café. O amor que nasce por Aurélio (Marcelo Faria) a humaniza, ao mesmo tempo que evidencia uma fraqueza até então escondida. Gabriela está primorosa no papel e tem tudo para brilhar cada vez mais.

As trapalhadas em torno de Ofélia (Vera Holtz), que prejudica todas as filhas tentando casá-las a qualquer custo, são outros atrativos do enredo e a relação da matriarca com o simpático marido, o tranquilo Felisberto (Tato Gabus Mendes), resulta sempre em situações divertidas. O único porém do roteiro até agora é a trama envolvendo o "motoqueiro vermelho" e o fazendeiro Xavier (Ricardo Tozzi). A identidade secreta do Coronel Brandão parece uma novela paralela, cujo mote é uma explícita alusão ao Zorro ---- alter-ego de Dom Diego De La Vega, personagem criado por Johnston Mcculley em 1919. Ele tem até um fiel escudeiro, o bobinho Justino (Juliano Laham). Esse conflito peca tanto pelas interpretações fracas, quanto pela rivalidade boba entre Xavier e Brandão. A sorte é que não vem afetando o ótimo conjunto do folhetim até agora. Vale citar ainda a irretocável atuação de Ary Fontoura vivendo o ranzinza Barão Afrânio, a doçura de Isabella Santoni na pele de Charlotte e a luxuosa participação de Tarcísio Meira como Lorde Williamson ---- tomara que volte a engrandecer o roteiro com sua presença em breve.

"Orgulho e Paixão" tem se mostrado uma produção caprichada (figurinos e cenários merecem elogios à parte), cuja história se apresenta de forma dinâmica e convidativa. Os personagens são quase todos carismáticos, protagonizando embates e relações que conquistam o telespectador com facilidade. Uma deliciosa novela das seis. Que siga assim até o final.

30 comentários:

  1. Estou amando. O Barão e o Ernesto formaram oum brotp maravilhoso e posso até dizer que o senhorzinho ranzinza é meu personagem preferido. Amei a cena que estira a lingua pra Suzana depois de "vencer" o Lorde Williamson no xadrez. Amo muito também a cumplicidade entre Jane, Elisabeta e Ema, o trio é maravilho e diverte muito junto. Além delas, Mariana e Cecília também fazem uma linda relcação de irmã. Dos casais, posso dizer que meus preferidos são Jamilo e Erma. Shippo muito!!!!! Outro que eu gosto bastante é Aurieta. Claro que Darlisa e Rocília também são muito shippáveis e as cenas deles deixam claro que é difícil não shippá-los. Eu AMO a Petúlia, meldels, ela é maravilhosa. kkkkkk. Quem também brilha muito é Julieta, como a Gabriela Duarte está sensacional e, como você diz, impecável. Que personagem rica ela ganhou. Só pra terminar eu AMO o Tato Gabus Mendes e seu Felisberto é uma fofura. Gosto muito também do Olegário, acho o perfil cômico maravilhoso. Sei que muita gente não gosta, mas eu amo a trama do motoqueiro vermelho. Acho tão divertida. hehe. Ah, um ponto forte também é a trilha sonora linda. Cada casal tem uma música melhor que o outro. S2 Espero que continue assim.

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  2. A melhor novela no ar.Estou encantada mesmo com essa trama tão gostosa de assistir.Endosso toda essa crítica.

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  3. Nem lembro mais daquela Tempo de Cochilar como você mesmo diz... kkkkkkk

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  4. Olá Sérgio tudo bem???


    Essa novela irá começar agora aqui em Portugal, mas estou acompanhando pelo globoplay e estou adorando!!!



    Beijinhos;
    Débora.
    https://derbymotta.blogspot.pt/

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  5. Bom quando as expectativas se confirmam... Não assisto nenhuma novela atualmente, mas fico contente em saber que a programação tá boa! abração,chica

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  6. Oi Sérgio, boa tarde querido!!
    Não acompanho a novela por ser muito cedo, mas as chamadas são incríveis!!
    Tem uma fotografia belíssima e os figurinos impecáveis!!
    Sorte de quem pode acompanhar!!!

    Tenha uma semana maravilhosa!!
    Beijos!! :)))

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  7. Concordo com cada parágrafo e também ADORO Ema e Ernesto!!!!

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  8. Melhor novela!!
    Shipo todos os casais, principalmente Camilo e Jane e o Coronel e Mariana.
    Diferente de você, adoro a trama do Motoqueiro Vermelho e as interações do Coronel com o Xavier. Detesto o velho ranzinza, mas entendo pq o povo gosta dele, Ary é sempre muito carismático mesmo.

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  9. Noa dava nada por essa novela. Nem expectativa criei. Mas caí de amores por ela. Não li os livros então nem me importo com possíveis modificações. Adorei essa sua crítica e suas argumentações são certeiras!

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  10. Novela linda e ágil. A melhor de todas no momento.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. adoro a história do motoqueiro vermelho, Marina e Brandão é o casal favorito...esse par romântico está tendo um otimo desenvolvimento, não tá indo rápido igual foram os das irmãs, todavia todas tem muita química com seus respectivos pares...só a Lidia q acho chata

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  13. Concordo com o texto, Sérgio. Também estou amando acompanhar a novela. Adoro Walcyr no horário das 18h - acho que ele devia ficar apenas nesse horário mesmo, rs - mas acho pesada a palavra "copiar", pois vejo elementos semelhantes, mas que a meu ver se tratam mais da proposta romântica e doce da novela mesmo, toda novela nesse estilo apresenta isso. Acrescentaria aos elogios personagens carismáticos como Ludmila e Januário, que tem tudo pra formar outro casal shippável e às críticas, o rápido casamento de Cecília que, embora necessário pra evolução do plot dela, a separou das outras irmãs, a menina vive presa naquela casa, torço pra isso mudar logo.

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  14. Oi Sergio, tudo bem
    Sabe, Orgulho e Paixão foi uma grande surpresa pra mim.
    A novela é alegre e passa a impressão que todos estão realmente se divertindo no set.
    No começo me incomodava um pouco o casal principal, não pelo talento mas pela idade dos interpretes e das personagens. Na verdade ainda estranho um pouco, mas o casal tem química e os atores estão excelentes.
    Aliás, o autor conseguiu algo impressionante, a quantidade de casal com química e, poderia dizer, uma certa ousadia em casar dois deles tão cedo já que poderia "perder história". Ficou bem interessante acompanhar a vida de casados de Cecilia com Rodolfo, Jane e Camilo, apesar do casamento falso. No caso de Cecilia e Rodolfo, entendo a necessidade já que outros personagens dependiam desse desenvolvimento mas Jane e Camilo poderiam ter deixado para o final assim como os filmes da Disney, no qual está nítida a referência, agora vão mostrar o que acontece depois dos "Felizes para sempre"
    Confesso que comecei a assistir a novela mais assiduamente por cauda de Ernesto e Ema. Adoro casal cão e gato, e os atores estão lindos juntos. Vivo procurando noticias dele, me apeguei! Fora que Jorge, além de não combinar, não faz nada pelo amor que sente, ai não dá para torcer mesmo.
    Minhas poucas críticas se resumem a historia do motoqueiro que salva as pessoas sem nem fazer esforço, só pela presença. Xavier me cansa e Lídia que acho artificial demais.
    Outra coisa que me incomoda e no personagem do Marcelo Faria.
    Gabriela Duarte está magnífica como a viúva mas Aurélio é muito fraco, ele deveria "bater de frente" e não ficar com aquela cara de submissão.
    Acho que o 1º beijo aconteceu rápido demais. Darei um crédito para o autor já que tantos outros casais deram certo, mas achei muito precipitado e sem necessidade. Cheguei até a shippar de leve, Julieta e Olegário, acredite se quiser rs. (Me decuplem as #aurietas se lerem meus comentário)
    Outra coisa, Ema foi para São Paulo, e ele nem se preocupou, nem lembra da filha? não gostei disso.
    Para terminar, quero citar Vera Holtz, ela está simplesmente sensacional na pele da Ofélia.
    Parabéns para toda a equipe, tomara que a novela continue nos divertindo os finais de tarde!
    Bjs

    Mariana Nascimento

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  15. Oi Sergio, só uma correção, Cecília e Rômulo, não Rodolfo.
    E desculpe meus errinhos de português rsrs
    bjs

    Mariana Nascimento

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  16. Sérgio, meu querido,
    Eu tinha uma expectativa altíssima para "Orgulho" desde que começou a pipocar na imprensa notícia de que seria baseada na obra de Jane Austen, autora que eu amo de paixão. Já li muitas obras suas, além de ter visto filmes e séries da BBC.

    Quando anunciaram que seria a Nathalia Dill a defender a Elizabeth Bennet, torci o nariz. Confesso: nunca fui muito fã da Dill e, por ser uma personagem tão emblemática da obra da Jane, e talvez a mais querida dos fãs da autora inglesa, queria uma atriz do nível da Marjorie Estiano.

    Mas bastaram algumas cenas pra eu cair de amores pela Dill e por toda a trama!!! É uma delícia ver pequenos elementos da obra da Jane, como a cena em que Darcy conta sobre Charlote e Uirapuru na carta, em uma novela brasileira. Que ideia mais genial do Marcos. E que presentão a nós, fãs.

    Tenho gostado muito também do trabalho de Vera Holtz, que coloca uma luz na tela sempre que aparece, e de Gabriela Duarte. Que delícia vê-la num personagem tão diferente! Na expectativa grande para a mudança da personagem quando admitir o amor por Aurélio.

    Me divirto muito com a Petúnia. A Grace é sensacional, nem precisa de texto para brilhar. A Agatha Moreira também está uma graça, dá a doçura necessária à Ema. ;) Impossível não embarcar naquele monte de sonho casamenteiro dela. rs.

    Em meio a uma novela tão deliciosa, há apenas duas histórias que me dão vontade de trocar de canal: a do Ricardo Tozzi, chatérrima, e a do Uirapuru. Ainda bem que a Chandelly Braz se livrou daquele triângulo insuportável! Ela não merecia tamanho besteirol.

    Beijos, querido!!!

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  17. Tb espero que continue assim, Chaconerrilla. Adorei seu comentário!!!

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  18. Essa novela é a sua cara, Adriana. Vc ia amar. bjão

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  19. Não dava nada por esse casal, Lorena, mas fui rendido. Formam um belo par mesmo. bjs

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  20. Tava sumida, Malu. Bom vê-la de volta. E nem falei copiar no sentido negativo e sim como um elogio mesmo. Boa menção a Ludmila e Januário. bjs

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  21. Mariana, que comentário excelente o seu. Onde eu assino????? Venha mais vezes. bjsss

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  22. Vanessa, tava sumida. Bom te ver aqui. E concordo com os seus pontos positivos, assim como os negativos. Ótimo comentário. bjssss

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