A nova trama é baseada no universo de Jane Austen, explorando vários livros da famosa escritora inglesa. Ambientada no início do século XX, em 1910, no fictício vilarejo Vale do Café, no interior de São Paulo, a novela, dirigida por Fred Mayrink, tem sua história original tirada de "Orgulho e Preconceito", um dos livros mais populares da autora, publicado em 1813 ---- que conta a vida da determinada Elizabeth, a segunda de cinco filhas de um proprietário rural, que não se interessa em casar, se preocupando mais em trabalhar, até conhecer Darcy, por quem implica e se apaixona.
Mas o autor também mesclou várias outras obras de Austen em seu folhetim, inserindo personagens de "Razão e Sensibilidade" ---- relata a vida das irmãs Elinor e Marianne ----, "A Abadia de Northager" ---- a heroína Catherine imagina aventuras num clima gótico ----, "Emma" ---- a jovem que passa a vida planejando o casamento de terceiros e "Lady Susan" ---- a bela e encantadora viúva.
Essa grande mistura de Marcos tem como objetivo sustentar a novela ao longo dos meses, pois o enredo de cada livro seria incapaz de ter bons conflitos por tanto tempo. Então, nada melhor do que juntar tudo e tentar amarrar algumas situações. Portanto, não espere nada parecido com o elogiado filme britânico "Orgulho e Preconceito", de 2005, por exemplo.
Como já há uma Elizabeth em "O Outro Lado do Paraíso" e a personagem de Glória Pires tem um grande destaque, optaram em mudar o nome da mocinha para Elisabeta. Nathalia Dill foi a escolhida para representá-la e a personagem ---- uma mulher à frente do seu tempo (embora essa característica já esteja virando um clichê) ----- é filha de Ofélia Benedito (Vera Holtz) e Felisberto Benedito (Tato Gabus Mendes), irmã de Jane (Pâmela Tomé), Cecília (Anaju Dorigon), Lidia (Bruna Griphao) e Mariana (Candelly Braz). Todas as meninas têm personalidades distintas e a que mais "dá trabalho" para a matriarca é Elisabeta, que não aceita ter como destino ser uma esposa dedicada, ao contrário das irmãs, que sonham (cada uma à sua maneira) com um grande amor. Ofélia idealiza um casamento perfeito para todas com o intuito de receber bons dotes, enquanto Felisberto acaba se identificando com os ideais de Elisabeta, apoiando a filha.
A estreia se mostrou agradável e movimentada. O autor focou no natural machismo de Darcy (Thiago Lacerda), expondo ao mesmo tempo a sua integridade e o seu heroísmo, salvando um rapaz acidentado. Também priorizou o feminismo de Elisabeta através de diálogos renegando qualquer ideal de casamento, recusando qualquer tentativa de juntá-la com um pretendente ---- objetivo da melhor amiga, Ema (Agatha Moreira), que tem o intuito de formar vários casais, deixando sua vida pessoal de lado. A mocinha ainda pôde mostrar sua posições quando encontrou Darcy, discutindo por uma calça escolhida em uma loja, e se indignando ao ouvir que a vestimenta é apenas para homens. A implicância foi imediata e a paixão também, claro. Um clichê que dificilmente falha.
O primeiro capítulo teve como mote o baile que haveria na cidade, despertando a ansiedade das quatro filhas de Ofélia e a animação da matriarca, que fez de tudo para deixar suas princesas belíssimas. A única que não se animou, óbvio, foi Elisabeta, que ainda resolveu provocar todos os convidados chegando com vestimentas masculinas, implicando no desmaio da mãe e no primeiro gancho do folhetim. O contexto desse baile, por sinal, lembrou o clássico "Cinderela", quando a madrasta embelezou suas duas filhas encalhadas para conquistar o príncipe, sem imaginar que a menina mais desacreditada já havia conquistado o rapaz. A mocinha da trama foi a primeira a encontrar seu grande amor, mesmo fugindo disso, ao contrário das outras. Vale destacar ainda outras boas promessas que surgiram, como a vilã Susana (Alessandra Negrini) e sua governanta (Petúnia - Grace Gianoukas); além da poderosa Julieta (Gabriela Duarte), a Rainha do Café.
O começo deixou bem claro que a aposta maior será na comédia farsesca e no humor pastelão, com direito a queda no chiqueiro. O figurino, bastante colorido, tem um toque levemente lúdico, lembrando um pouco o clima do remake de "Meu Pedacinho de Chão" (2014). O elenco está, em sua grande maioria, acima do tom, principalmente Agatha Moreira e Vera Holtz, evidenciando a aposta da direção em algo mais exagerado. Resta saber, todavia, se isso não irá cansar ao longo dos meses. É quase certo que esse tipo de interpretação será atenuado com o tempo. Esse ajuste costuma ser algo comum. E o enredo demonstra um bom potencial.
"Orgulho e Paixão" teve uma estreia deliciosa e Marcos Bernstein promete apresentar uma história leve, cuja comicidade será a principal característica. Lembrou um pouco o estilo do Walcyr Carrasco, que o consagrou na faixa das seis. Tomara que esse conjunto mantenha a boa impressão que causou nesse início.
Amei a estreia e me identifiquei com os perfis da Pamela Tomé, Anaju Dorign e Agatha Moreira. S2 A Elisabeta da Nathalia Dill nem se fala, tá maravilhosa! Eu amo o Tato Gabu Mendes e ver o Maurício Destri me animou. Parece que vai fazer um par lindíssimo com a Pamela Tomé S2.
ResponderExcluirPra mim, a estréia foi muito boa, eu gosto de novela das seis leve e com humor. Adorei o elenco feminino, principalmente as irmãs protagonistas, mas e esse time masculino hein, Sérgio? E o que foi o Malvino Salvador com crédito especial? É alguma piada?
ResponderExcluirAdorei! E aquela bicha velha do uol já desesperada que o autor copie o Walcyr porque preferia aquela chatice de Tempo de Amar.
ResponderExcluirOlá Sérgio tudo bem???
ResponderExcluirAcabei de assistir ao 1º capítulo, pelo GloboPlay, e ADOREI!!! É leve, divertido e colorido...
Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/
Esse mundo tem doido pra tudo, e a loucura desse blog é assistir tudo que passa na TV o dia inteiro, quer dizer, na Globo, rs. Como esse cara aguenta? Não sai, não namora, não vive? E ainda tuitando o tempo todo, que vida gente...
ResponderExcluirAmei a estreia e tbm genial a união de varias obras da incrível Jane Austen. É bom o horário dar uma respirada, ainda mais depois daquele troço que terminou nesta segunda.
ResponderExcluirP.s. Para o cidadão que comentou acima, só digo que esse site é dedicado A TELEVISÃO EM GERAL. Se vc veio só para questionar a vida pessoal do Sérgio, então quem está perdendo tempo e deixando de "viver" por aqui é você, amigo. É cada uma, viu...
Nossa, quanta falta de educação aqui. Será que esse tal de Luiz Claudio não percebeu que o site é sobre televisão? Então é óbvio que o Sérgio vai comentar o que passa nela né? Quem parece não ter vida é você que perde seu tempo mandando ódio gratuito nos comentários de um blog. E o terceiro comentário de um anônimo, mesmo que você discorde do Nilson, não precisa chamá-lo de "bicha velha", que vocabulário... E isso tudo é porque vocês são críticos de TV hein, Sérgio? Imagina os famosos, tem hora que eu sinto pena, as pessoas, hoje em dia, só se preocupam em julgar os outros sem nem conhecer antes.
ResponderExcluirDe qualquer forma, voltando à Orgulho e Paixão, como disse, sou fã das obras de Jane Austen, então fiquei animada com a novela. Adorei a estreia, bem leve, com humor e um bom ritmo. Algumas atuações estão um pouco teatrais mesmo, mas as atrizes são talentosas e não é nada que não possa ser ajustado com o tempo. O que me preocupa mesmo é o elenco masculino, mas vamos acompanhar, todo mundo tem chance de melhorar.
Paula
Puxa Sérgio, acredita que perdi a estreia da nova novela?
ResponderExcluirMas agora que passei aqui fiquei sabendo de tudo e vi o que perdi...Que lástima!!
Adoro novelas mais bem humoradas, são as melhores!!
Beijos amigo e uma linda semana!! :)))
desde que começaram as chamadas, vinham me alertando -aqui em casa- sobre essa novela , a data da estréia e principalmente -hehehehe- com o personagem Felisberto - o Tato -, enfim, acabei perdendo a estréia, pouco li da Jane, mas
ResponderExcluiracredito que continuará fazendo jus à sua impressão-boa- da estréia; abraços e obrigado Sérgio,belos dias!
Olá! Pra quem conhece as obras da Jane Austen é difícil não fazer comparações, aliás eu estou amando todas as cenas que fazem referencias aos livros, mas enfim eu estou procurando não me apegar a comparações eu estou com a mente bem aberta nesse ponto porque se eu ficar: "Aí não é assim." "Aí esse personagem não sei o que." Eu vou pegar birra da estória e não vou assistir, eu inclusive mexi na minha agenda pra poder ver a novela porque geralmente nesse horário eu tô me arrumando pra sair então não consigo sentar pra ver e eu tô amando porque esta leve e gostosinha tem um clima agradável e é colorida. pra mim novela escura não combina as 18h. A propósito: Antes: "Mauricio Destri e Pamela Tomé? Credo! Eles não tem química nenhuma." Depois: "Caramba! Como o Mauricio e a Pamela tem quimica, né? Shippo horrores." Sério eu achava que eu não ia shipa-los, mas uma unica troca de olhares me fez mudar de ideia ahh o poder da química. Por outro lado o Murilo e a Agatha eu estou buscando porque é a Ema e o Jorge, né? Vamos ver quem sabe.
ResponderExcluirE por falar em Destri vendo ele ao lado do Lacerda como os dois fizeram o mesmo papel com uma diferença de altura tão nítida?
E a Pamela ela é bem o que eu imagino da Jane, sem tirar nem por. Aliás eu sou uma mistura de Elisabeta com Cecilia (Jade e Debora juntas. Aí que emoção!) e por falar em Elisabeta eu amo mocinhas fortes e decididas e etc, mas... Tudo tem limite e eu espero que ela não fique chata porque a minha Elizabeth não é chata. Ela é autentica e tem personalidade espero que não façam da estória uma guerra dos sexos: Machismo x Feminismo que pra mim por razões que não vem ao caso agora são duas faces da mesma moeda.
Agora mudando de pato pra ganso eu vi MVB ontem, e acabei vendo hoje também enquanto esperava começar OP e estamos até agora tentando entender as coisas porque MVAD estava tão boa e esta simplesmente... Não desce. Aqui ninguém gostou. (Implicam até com o nome) E aquela guria lá aquela Maria Alice Aff! Não sei porque não fui com a cara dela e ela e o namoradinho da outra menina lá a Perola (dessa eu gostei) são tão... Aí não desce. Na minha opinião esse carrossel pra adolescentes está todo errado acho que seria melhor se a Gabi fosse uma professora novata que conquista os alunos aos poucos e assim ir mostrando o perfil e os dramas de cada um sem pressa, afinal acho que dá pra fazer isso em um ano e meio, né? Voltando a falar da Perola pelo pouco que eu vi eu acho que a autora pode fazer dela uma vilã maniqueista e a coitadinha da Maria Alice ficar de boazinha sofredora eu particularmente já estou cansada desse negócio da riquinha ser sempre a malvadinha preconceituosa e não sei mais o que da estória isso pra mim só reforça os esteriótipos que "dizem" querer combater. Enfim bom mesmo seria terminar de ver MVAD e começar a ver OP pena que não foi possível para a nossa tristeza.
Tô gostando muito dessa novela, vamos ver como desenrola.
ResponderExcluirbig beijos
Olá, tudo bem? Discordo da sua opinião. Claramente, Orgulho e Paixão aposta em um enredo com muitas personagens que lutarão, até o fim, para assegurar o seu espaço na trama. A história ficou confusa. O roteiro não foi bem construído até aqui. Há apenas retalhos que não conversam entre si. Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net
ResponderExcluirTb curti, Chaconerrilla.
ResponderExcluirTb não entendi, anonimo....
ResponderExcluirTb amei, Débora.
ResponderExcluirObrigado por estar sempre no meu blog, prestigiando, Luiz. E obrigado por se preocupar tanto com minha vida, sinal que a sua deve tá maravilhosa...
ResponderExcluirTb amei, anonimo. E obrigado pela defesa. Esses haters são assim mesmo...
ResponderExcluirPois é, Paula, é deprimente...
ResponderExcluirE tb adorei a estreia e tenho gostado dos desdobramentos. bjssss
Acho que vc vai amar, Adriana!!!
ResponderExcluirAbração, Felis!!!
ResponderExcluirLeiitora, eu assino embaixo de suas duas observações sobre a novela e Malhação. PERFEITA!
ResponderExcluirVamos ver, Lulu.
ResponderExcluirSem problemas, Fabio.
ResponderExcluirAcho ótimo que não lembre o filme!! Li Pride and Prejudice, no original mesmo, adorei a protagonista, e acho que a Nathalia Dill está mil vezes melhor como Lizzy Bennet do que a Keira no filme, ótima escolha!!!
ResponderExcluirO estilo walcyr me preocupa bastante, achei bem desnecessária a cena do chiqueiro, e de fato achei a Ema exagerada, tomara que não canse mesmo...