Após longos meses sem dizer a que veio e sendo uma decepção em se tratando de uma vilã, Irene teve um desfecho digno do talento de Débora Falabella em "A Força do Querer". A personagem prometeu bastante, mas cumpriu pouco durante da novela de Glória Perez. A 171 ficou resumida em planos bobos para atormentar Joyce (Maria Fernanda Cândido). A autora provou que realmente não sabe criar víboras marcantes. Uma pena. Porém, a morte da ex-amante de Eugênio (Dan Stulbach) resultou em uma ótima sequência.
A direção de Rogério Gomes e equipe fez toda diferença, transformando uma queda fatal em um momento aterrorizante. Irene se deparou com Eurico (Humberto Martins) e Silvana (Lília Cabral) no estacionamento de um edifício e, já entrando em surto, foi atrás do marido da inimiga para provocá-la. A intenção funcionou, despertando a fúria de Silvana, que a estapeou várias vezes. Logo depois, Elvira (Betty Faria), Dantas (Edson Celulari) e Garcia (Othon Bastos) chegaram para surpreender a bandida, já desmascarada por Mira (Maria Clara Spinelli), que entregou todos os podres da ex-aliada.
A mau-caráter, então, se assustou e passou a correr pelo estacionamento, sendo perseguida pelos demais. Porém, Eurico e Silvana tinham dado carona para Yuri (Driko Alves) e seus amigos, todos devidamente caracterizados como personagens de animes, pois voltavam de uma festa Cosplayer. A situação fez a vilã surtar ainda mais, entrando em pânico e transformando aquelas crianças em seres tenebrosos.
Os momentos em que ela era aterrorizada pelos 'animes do mal' (tanto nas escadas quanto no elevador) fizeram jus a vários bons filmes de terror, valorizando novamente a direção cuidadosa da novela.
As risadas macabras, as imagens das crianças indo e vindo, o desespero de Irene, o ódio de Silvana, Elvira, Garcia e Dantas, enfim, tudo serviu para deixar a sequência de seis minutos recheada de adrenalina. É verdade que em alguns instantes houve uma certa bizarrice, destoando do tom da novela, que nunca optou por esse tipo de 'situação'. No entanto, não afetou o conjunto. O resultado realmente ficou bastante satisfatório e fugiu da mesmice ---- vários sites anunciaram uma morte no estilo 'quem matou'.
E Débora Falabella finalmente pôde mostrar o seu conhecido talento, após meses deslocada no enredo. O medo, a fúria e o desespero daquela surtada mulher foram expostos com uma entrega impressionante, deixando qualquer telespectador impactado. A atriz aproveitou a oportunidade e a sua última cena para fechar sua participação em grande estilo, provando novamente a profissional competente que sempre foi. Deu até pena de Irene, que, depois do total desequilíbrio mental, se desequilibrou diante do poço do elevador, caindo diante das suas vítimas e gritando "EUGÊNIO" como se fosse um pedido de socorro.
Um criativo desfecho que destacou o talento da intérprete e surpreendeu o público, afinal, não houve qualquer notícia a respeito da morte aterrorizante de Irene. Isso ainda reforçou a importância de guardar um bom segredo, mesmo diante de tantas revistas, jornais e sites publicando tudo o que vai acontecer nas novelas em ritmo de indústria. Apesar da vilã de "A Força do Querer" ter deixado bastante a desejar, é preciso reconhecer a ótima conclusão escrita pela autora e dirigida com maestria por Rogério Gomes. Débora precisava de uma cena assim nessa trama. Antes tarde do que nunca.
Foi sensacional! A queda dela pareceu mesmo real. Show!
ResponderExcluirDébora merecia mesmo essa chance mas pra mim veio tarde demais.
ResponderExcluirParabéns. Seus textos são os melhores. Amo ler!
ResponderExcluirDébora não foi valorizada na novela e eu achei essa cena ridícula e grotesca, sinceramente.
ResponderExcluirSérgio, os personagens estavam indo para um teatro. Não era o edifício do Eurico. Era um edifício-garagem perto do teatro.
ResponderExcluirLembra que eu comentei aqui sobre a personagem da Totia? Infelizmente acertei. Ela foi subaproveitada. Depois da Wanda de Salve Jorge, ela merecia uma personagem melhor. E falei aqui que a Glória poderia ter dado a Silvana para ela!
ResponderExcluirAs sequências foram mt bem produzidas e a Débora Falabella esteve impecável, mas achei mt sem coerência.O perfil da Irene era uma psicopata fria que não se importava com as pessoas e faria qualquer coisa para atingir seus objetivos, o que mais prejudicou a personagem foi ela ter se apaixonado de verdade por Eugênio.Mas do nada ela passou a ficar lunática e viu fantasmas?What?Sinceramente, achei essa personagem da Débora Falabella uma das mais fracas da carreira da atriz, além de ter sido mal construída(de psicopata fria a uma louca obsessiva por causa de um amor).Mas as sequências foram ótimas mesmo e merecem elogios.
ResponderExcluirEla se destacou em todas as cenas , desde o comeco da novela,mesmo com cenas tão curtas .Como atriz ela fez uma creação maravilhosa e merece todos elogios por transformar esse papel pequeno.Que seria da Irene sem a Débora ?A Irene sempre foi desequilibrada ,mas a perdida brutal do bebe deixou fortes traumas.Eu pessoalmente gostei muito mais de outras cenas , entre elas a cena depois do primeir beijo com Eugenio ,ela tendo orgasmos multiples só por um beijo.
ResponderExcluirOlá Sérgio
ResponderExcluirMuito bem realizadas as cenas e o desfecho trágico da Irene!
Na minha opinião a personagem já vinha dando claros indícios de obsessão e compulsão que descambou para uma desequilíbrio mental.
Uma psicopata que se apaixona por aquele que escolheu para vítima e perdeu a noção do senso de realidade.
Também a perda do bebê a afetou completamente no emocional.
Uma personagem assombrada!
Excelente post!!
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
Olá Sérgio!!
ResponderExcluirIrene não foi uma grande vilã mesmo, mas Débora Falabella foi muito competente na sua defesa. E nessa última cena não foi diferente. Deu pra ver mesmo todo o seu desespero quando já tinha perdido completamente o senso de realidade e chamando pelo Eugênio. Só não consegui sentir pena... rs
Quanto a sequência em si, eu achei bem louca e um tanto bizarra, talvez por não ter captado as referências aos filmes de terror, já que não os assisto. De qualquer forma, achei muito melhor isso do que o mais que desgastado recurso do "quem matou".
No mais, é isso. Abraços!!
Foi sim, Johny.
ResponderExcluirTarde msm, Galdino...
ResponderExcluirFico honrado, Lucas!
ResponderExcluirNao foi valorizada msm, Heitor. abçs
ResponderExcluirCheguei a corrigir, Anderson. vlw
ResponderExcluirTem razão, Anderson. Heleninha apareceu pouco.
ResponderExcluirEntendo, Gustavo...
ResponderExcluirCerto, anonimo
ResponderExcluirMt obrigado, Luli. bj
ResponderExcluirEu tb não assisto terror, Germana. E acena teve um quê de bizarrice msm! Tb nao tive pena não...
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