É incontestável a espontaneidade que crianças trazem em qualquer atração e não é diferente no "The Voice". Todas transbordam carisma e graça, despertando uma simpatia imediata do público. Tanto que é triste quando o menino ou a menina é reprovado, mesmo não cantando tão bem. E as respostas deles durante as rápidas conversas com os técnicos sempre rendem algumas pérolas divertidas, muito em virtude da inocência dos pequenos. Mas não é só de graciosidade que vive a atração.
Vários participantes impressionam pela potência vocal e muitas crianças se mostram bem mais talentosas do que alguns aprovados no formato adulto. O repertório é outra qualidade delas. As músicas escolhidas são quase sempre clássicos da MPB, rock, pop, entre tantos outros gêneros conhecidos, inclusive o sertanejo, só que o de raiz, muitas vezes esquecido pelos novos artistas que surgem.
Claro que algumas canções de gosto duvidoso acabam sendo cantadas, mas são exceções. A verdade é que os meninos e meninas mostram um gosto musical bem mais apurado que grande parte da população hoje em dia.
A escolha dos técnicos foi um dos acertos da primeira temporada e o time foi mantido na segunda. Novamente Ivete Sangalo se sobressai, demonstrando uma habilidade nata para lidar com as crianças e não por acaso é a jurada mais escolhida por elas. Basta virar a cadeira que quase todas querem ir para o seu time. Carlinhos Brown fica bem menos cansativo do formato "Kids" e também se destaca pela forma descontraída e nada forçada como lida com os pequenos. Já a dupla Vitor e Léo acabou virando um caso à parte em virtude do escândalo envolvendo a esposa de Victor, que o acusou de agressão e depois desmentiu. Ele até foi retirado do programa em virtude disso e só Léo permaneceu. Mas, deixando a questão de lado, os dois exerceram bem a função.
A entrada de André Marques também foi bem-vinda. Como Tiago Leifert está comandando o "BBB", o ex-integrante do "É de Casa" acabou chamado para a missão, que vem cumprindo com competência. Ele sempre se mostrou um bom apresentador (vide seu longevo trabalho no "Vídeo Show") e ainda lida bem com as crianças, se mostrando seguro no palco, além de interagir com naturalidade com os técnicos. Vale ressaltar que Leifert era ótimo na função, mas a substituição (inevitável) foi feita da melhor forma possível.
Em plena reta final, a disputa vem apresentando ótimas apresentações e a fase das batalhas foi a melhor, sem sombra de dúvidas. Aliás, essa etapa da competição é sempre a mais atrativa, até mesmo no formato adulto. A grande diferença é a solidariedade das crianças, que fazem questão de se apoiarem, tendo o vencedor ou vencedora elogiando e acarinhando os perdedores. Não por acaso há vários momentos de emoção genuína dos técnicos e do próprio público.
O "The Voice Kids"se mostrou um dos maiores acertos recentes da Globo em se tratando de programa de televisão. O formato com os pequenos é bem mais convidativo que o adulto, expondo um conjunto bem mais harmonioso e agradável de se acompanhar. Um sucesso dos domingos.
20 comentários:
É uma delícia mesmo o programa.Já o Victor tem que sair mesmo porque depois de tudo não dá mais.
Adorei acrítica.Também curto o programa mesmo diante de algumas escolhas péssimas do público.Anima os domingos.
André tá bem melhor que o Leifert que por sinal tá uma decepção no BBB.
Concordo plenamente, mas o nível das crianças esse ano tá pior que o do ano passado.
Não gostava do Victor, muito convencido.
big beijos
Gosto muito do programa, é ótimo, mas não da pra negar que o andamento do programa vai piorando a partir das batalhas.
Alguns problemas:
- Os técnicos não escolhem bem os participantes para as batalhas. Colocam muitos fortes em uma batalha só, fazem escolhas duvidosas e abrem caminhos para que seu preferido vá mais longe na competição. A eliminação de alguns como Steici Lauser, Ystefani, Melissa Noemy, Marcela Bartholo e Allexandre Nunes são uns bons exemplos.
- Durante a fase Ao Vivo a votação popular é pessima e estraga (as vezes) a estratégia do técnico. Muitos bons acabam sendo eliminados.
Thomas Machado, Luiz Arthur, Juan Carlos e Brunno Pastori são a prova de que o público é pessimo em escolhas.
Outros como Ana Clara, Duda Bonini, Maria Alice, Luiza Gattai e principalmente Júlia Tavares acabaram sendo prejudicados por essa porcaria de votação.
Espero eu pelo menos Valentina, Joyce Mendes, Franciele Fernanda, Leticia Corrêa e Giulia Soncini ganhem. Ninguém merece mais um sertanejo como ganhador.
Gosto do programa, mas acho cedo demais. Quinze pra uma é puxado...
Achava o Victoreleo como jurado apenas OK, e agora q o Victor saiu o Leo parece q acha q tem que falar por dois ou sei lá, tá muito inconveniente, dando pitaco em tudo e não falando nada com nada, além de estar claramente puto q a Globo tirou o irmão (sim, claro, pq seria absolutamente normal manter um suposto agressor num programa com crianças, né) e fica falando o nome do Victor o tempo todo. Ainda bem que na próxima temporada estão fora, tomara que substituam bem. Já as crianças, sempre são um show à parte tenho meus favoritos mas não dá pra torcer contra ninguém, são todos lindos e tbm arrasam na solidariedade com abraços e palavras de carinho pra quem sai.
Olá Sérgio!!
Normalmente eu não tenho a menor paciência pra realities musicais (vide o The Voice, que eu abandonei na 3a temporada), mas abro uma exceção para o The Voice Kids, por todas as razões citadas. A edição passada foi um primor, e a atual também parece muito boa, embora eu confesse que deixei um pouco de acompanhar depois de toda a história envolvendo o Victor.
No mais, é isso. Abraços!!
Sérgio, eu não curto muito esses realitys musicais.Prefiro o BBB(apesar dessa péssima edição que tô acompanhando bem pouco) e o Masterchef.
Fato, Sandro.
Isso, Vivian.
Verdade, anonimo.
Concordo, Elaine. O nivel foi pior msm.
É msm, Lulu.
Parabéns pela excelente análise, anonimo Assino embaixo.
Isso lá é verdade, anonimo...
Perfeito comentário, Malu.
Entendo perfeitamente, Germana. bjsss
Sem problemas, Gustavo.
Postar um comentário