A história, dirigida por Rogério Gomes, será protagonizada por três personagens femininas fortes: a policial Jeiza (Paolla Oliveira), a bandida Bibi Perigosa (Juliana Paes) e a sedutora Ritinha (Isis Valverde). O trio norteará o roteiro e cada uma terá o seu momento na novela. A escolha das atrizes se mostra muito bem pensada, pois são nomes de peso e que geram repercussão. Glória declarou que os conflitos serão contados individualmente no início para só depois tudo se entrelaçar. O clipe de 30 minutos da trama (que pode ser conferido aqui) dedica praticamente dez minutos para cada protagonista, mesclando com alguns núcleos paralelos que prometem outras situações interessantes.
Movidas pelo querer, as pessoas são sempre desafiadas a fazer escolhas. Escolhas que fazem bem ou que se voltam contra. Os quereres são múltiplos e se interligam, se chocando ou se harmonizando. São justamente essas questões que serão traduzidas através do enredo escrito por Glória.
Bibi se relacionará com Caio (Rodrigo Lombardi) ---- repetindo a parceria bem-sucedida dos atores em "Caminho das Índias", da mesma autora ----, mas terminará com ele e o rapaz, advogado em formação, largará a possibilidade de administrar uma das maiores empresas do Brasil por conta disso. Bibi acabará se casando com Rubinho (Emílio Dantas) e os dois passarão por dificuldades financeiras, o que fará a personagem entrar para o mundo do crime, ganhando o sobrenome Perigosa (a mulher, inclusive, existe na vida real).
Já a protagonista que mais tem provocado repercussão é a Ritinha. Moradora de Parazinho, vila fictícia do Pará, a menina com ares de ninfeta adora ser cobiçada pelos homens e é noiva do caminhoneiro Zeca (Marco Pigossi) --- filho de Abel (Tonico Pereira). Ela desperta o interesse de Ruy (Fiuk), filho de Eugenio (Dan Stulbach de volta à Globo) e noivo de Cibele (Bruna Linzmeyer). O rapaz se encanta pela garota e nem imagina que ela é noiva do sujeito que quase morreu afogado junto com ele no rio, anos atrás. E Rita ainda sonha em ir para o Rio de Janeiro, o que serve de 'incentivo' para jogar com Ruy, uma vez que Zeca não quer levá-la de jeito nenhum, pois é um machista. A menina ainda se veste como sereia para animar crianças e 'acredita ser filha do boto' --- lenda do folclore brasileiro abordada pela autora. Isis repetirá a boa parceria com Zezé Polessa (Edinalva, a mãe de Ritinha), já vista em "Beleza Pura", quando a atriz viveu a inesquecível Rakelly.
E Jeiza é uma policial que trabalha no Batalhão de Ações de Cães e sonha em se tornar uma lutadora de MMA. Nunca conseguiu encontrar um parceiro que respeite o seu trabalho e será a responsável pela representação do emponderamento feminino na trama. Ela se envolverá com Zeca e passará a ser a inimiga número um de Bibi Perigosa, por razões óbvias. No início da história terá uma relação conflituosa com o personagem de Alejandro Claveaux, que não entende a profissão da namorada. É a policial a responsável pela interligação das protagonistas, pois terá um relacionamento com o noivo de Ritinha e tentará prender Bibi.
Além das situações mencionadas, a história ainda abordará a questão do transgênero através de Ivana (Carol Duarte em sua primeira novela). O assunto é de suma importância e bem atual, o que já provoca polêmica em virtude dos preconceituosos. A autora sempre aborda questões sociais em seus trabalhos e essa será mais uma. Filha da ricaça Joyce (Maria Fernanda Cândido de volta aos folhetins, após anos fazendo apenas minisséries) e do empresário Eugenio, a menina descobrirá ao longo do enredo que é um homem que nasceu no corpo de uma mulher. Embora não faça parte do núcleo principal, é um contexto que tem tudo para roubar a cena. Até porque ainda terá a ótima Débora Falabella interpretando uma vilã ---- Irene é uma mulher manipuladora que fará de tudo para atingir os seus objetivos. Ela seduzirá Eugenio e o contexto lembra muito o triângulo de "Caminho das Índias", quando Ivone (Letícia Sabatella) manipulou Silvia (Débora Bloch) e seduziu (Raul (Alexandre Borges).
Outro núcleo que desperta interesse é o protagonizado por Lília Cabral, que viverá uma viciada em jogos. Silvana é esposa de Enrico (Humberto Martins) --- irmão de Eugenio --- e mãe de Simone (Juliana Paiva). A elegante mulher é viciada em adrenalina e a jogatina será a sua perdição, para o desespero do marido, que se indignará com a sua dependência. O elenco ainda conta com nomes como Totia Meirelles, Edson Celulari (de volta após a cura do câncer), Othon Bastos, Elizângela, Betty Faria, Raul Gazolla, Cláudia Mello, Lucy Ramos, Ilva Niño, Fafá de Belém, Lua Blanco, Gisele Fróes, entre outros.
Apesar das chamadas não serem muito convidativas, "A Força do Querer" tem boas chances de reverter a má impressão causada por "Salve Jorge" em virtude das promissoras situações apresentadas na sinopse. Resta aguardar a estreia e observar o desenvolvimento de todo esse conjunto, constatando ou não o potencial da novela.
34 comentários:
Não me anima essa novela... Achei as chamadas ruins...
Não estou muito animado com essa novela Sérgio.Só gostei da trama da Ivana e da personagem da Paolla Oliveira que parece ser interessante.Débora Falabella vivendo sua primeira vilã é interessante, mas a Glória Perez não sabe criar vilãs cativantes(é só lembrar da May de América, Ivone de Caminho das Indias e a Livia de Salve Jorge), então eu nem estou com muita expectativa para essa personagem apesar do grande talento da Débora Falabella.Marco Pigossi vivendo mais um mocinho não dá e Fiuk sendo um dos protagonistas também vai ser difícil de suportar.América foi uma novela muitooooooo chata apesar do grande sucesso que fez na época(alguém aguentava aquela insuportável da Sol?), Caminho das Índias também foi chata apesar de também ter sido um sucesso e Salve Jorge foi péssima, um erro completo.Vamos ver o que será de A Força do Querer, é a chance da Glória Perez se redimir após tantas novelas fracas e além disso o elenco me pareceu um pouco mais enxuto e também não vai haver aquela chatice de temas estrangeiros que só deu certo em O Clone.O que resta é aguardar!
Acho que será uma novela tediosa. Nem fracasso e nem sucesso. Não vejo atrativo algum.
Vamos esperar seja legal! Acho que sim! abraços,chica
Não é a primeira vilã da Débora. É a segunda. A primeira vilã dela foi em Escrito nas Estrelas da Elizabeth Jhin, em 2010. Se eu não me engano, fazia dupla com Zezé Polessa.
Bem eu não sou de acompanhar novelas.
Vamos ver se essa desperta algo em mim.
A novelas das 18:00 achei bem morna.
bjokas=)
Muito bom seu texto Sérgio.
Analisando as novelas da Glória Perez no geral ela perde na construção de mocinhos e vilões porém ganha na questão social que sempre aborda. Tem sido assim desde " O Clone". Jade teve uma força incomum para as mocinhas para mim foi a última boa mocinha criada pela autora. O casal com Lucas também funcionou muito bem. Glória nesse caso errou apenas com o mocinho. Ao meu ver o Lucas é um banana e eu conheci muita gente que torceu pra mocinha ficar com Léo e até com Said.
Já em América e Caminho das Índias Glória deu muita sorte. As duas protagonistas não tiveram força alguma (apesar do bom desempenho das atrizes) e foram meras coadjuvantes das próprias histórias. (Maya não era tão chata como Sol porém ela não evoluiu nada durante toda novela, ao meu ver.) Os mocinhos também foram fiascos e a "falta de química" fez a Glória separar os dois casais inicialmente protagonistas. A sorte que me refiro foi a Déborah ter tido uma boa química com Caco Ciocler e o público ter caído de amores pelo Raj.
Já em Salve Jorge o Téo também foi bem criticado na época ganhando até o apelidos poucos carinhosos. O par com Morena também não agradou muita gente, apesar deles terem terminado juntos.
Temos que reconhecer que apesar dessas questões Glória sabe fazer ótimas campanhas sociais. Em " O Clone" fez uma ótima abordagem sobre as drogas, América fez uma boa campanha sobre a "Cleptomania" (com a personagem da Christiane Torloni).
Em Caminho das Índias a esquizofrenia foi o foco e deu muito certo e em Salve Jorge ela fez uma boa denúncia sobre o Tráfico Humano.
Sobre "A Força do Querer" eu me animo com a história da Ivana acho que vai pegar" mais do que as 3 protagonistas.
Olá Sérgio,
Por tudo que li aqui e pelo vídeo, que acabei de assistir, "A Força do Querer" promete ter um bom enredo. Os atores são ótimos. Estou motivada a ver. Tomara que a trama envolva o suficiente e que não se perca pelo caminho.
Gostei muito da sua narrativa, que fez um ótimo retrato da novela.
Feliz semana!
Abraço.
A Gloria Perez pega sempre o mesmo elenco. Pq a Isis Valverde tem que fazer papel de periguete? A Juliana paes ja foi vilã na novela das 19hs e acho razoável a história da Paola, embora eu não a considere grande atriz.
big beijos
Que bom que tem vc pra explicar a novela pq as chamadas tão bem ruins. É nada com coisa nenhuma.
Creio que será um sucesso. O clipe de 30 minutos está com um grande número de visualizações. O mesmo ocorreu nos clipes de Além do Tempo, Verdades Secretas e Eta Mundo bom.... começa no youtube e curiosamente repercute também na tv.
Ninguém está esperando nada dessa novela e isso é ótimo para Glória.
Bianca, se me permite vou falar sobre o seu comentário e concordo em alguns pontos.Realmente os temas sociais que a Glória Perez sempre geram repercussão e são interessantes, mas em termos de folhetim(mocinhos,vilões,história central) ela tem falhado bastante em suas últimas novelas.Concordo sobre o bom desempenho da Juliana Paes em Caminho das Índias, mas discordo sobre a Déborah Secco.Eu não gostei dela em América, a achei fraca como Sol e pra mim ela ficou devendo e muito e não segurou a protagonista, mas respeito sua opinião.A única coisa que envolvia a personagem que funcionou foi o par com o Caco Ciocler, isso é verdade, eles tinham muita química mesmo a história deles andando em círculos onde a mocinha insuportável tinha recaídas com o igualmente insuportável do Tião.E o tráfico humano em Salve Jorge serviu como um alerta, mas pra mim poderia ser melhor abordado, as meninas daquela boate ficavam mais conversando e dançando do que na cama com outros homens.Aliás, eu não vi nenhuma cena da Morena naquela boate com outros homens, geraria um sofrimento maior na personagem.
Ah Anderson, realmente a Débora Falabella havia interpretando uma vilã em Escrito nas Estrelas, acabei me esquecendo.
Abordagem social do transgênero é a única coisa atraente (além da ísis Valverde que é sempre linda). O fato dela não fazer algo em país estrangeiro também aplaudo, saiu da zona de conforto. De resto, preguiça mil, parece muito chata. Mas Glória é veterana, sabe do que o público gosta, pode fazer sucesso.
Toda boa sorte do mundo pra novela da Glória, acho que ela vai precisar.
Me animo somente com a primeira parte da novela que vai se passar parte no Norte do Brasil, mas só. Nem com a Ritinha eu me animo, pq Isis Valverde vivendo personagem periguete, alegre a avoada já deu.
Já comecei a ver correntes com pedido de boicote à novela por causa do enfoque na história da personagem transgênero. Um começo com audiência ruim pode ser fatal pra novela, lembremos de Babilônia e A Lei do Amor.
Aposto em uma novela mediana: nem fracasso, nem sucessão. Com um pouquinho de competência, consegue audiência maior que A Lei do Amor... Isso se não sofrer com os boicotes no começo e despiralar sem controle como as outras. Veremos.
Ah! E concordo totalmente com os outros dois comentaristas que falaram disso: a Glória é horrível pra protagonistas. A única novela que deu certo (não por acaso a melhor dela desde então) foi O Clone. Daí pra frente foi um tal de troca-troca de casal...
Pior que nenhum parece agradar de começo...
Algo a comentar...
Um premissa que acho primordial para se falar de novelas é que se tem que gostar de novelas. E eu penso, pelo que se foi divulgado até aqui, através das chamadas, do clipe de lançamento e da sinopse, é que vem por aí uma boa e deliciosa novela.
Glória Perez é cria de Janete Clair, uma hábil criadora de dramalhões. Ou seja, suas tramas possuem um excesso de lances trágicos e muito melodrama. Outro traço semelhante da discípula de Clair é que ela escreve toda a trama solitária, sem auxiliares. Só que a Janete escrevia histórias com o mínimo de personagens possíveis e numa época em que não havia a preocupação de criar tramas de ritmo ágil com sucessão de acontecimentos a cada capítulo.
Já a Glória é conhecida por criar histórias com excesso de melodrama e personagens...
... lógico que excesso de melodrama e personagens não é um problema em si, o problema reside na habilidade do autor em conduzir o roteiro de forma competente. Glória só conseguiu essa façanha com "O Clone" em 2001, porque as outras tiveram problemas de condução como, "Caminho das Índias" e "Salve Jorge". Os problemas de "América" foram atenuados, pois tinha bons personagens e uma pegada popular, e foi um enorme sucesso.
Acho que agora Glória está numa situação mais confortável pelas seguintes razões:
- Diferente de "Salve Jorge", "A Força do Querer" não irá substituir nenhum fenômeno. Apesar de que, "Avenida Brasil", teve sorte pelo sucesso, mas achei uma trama cheia de furos no roteiro e situações absurdas, porém, assim como "América", era repleta de personagens carismáticos e uma pegada popularesca.
- bom roteiro e personagens interessantes, esse post delineia muito bem como vem a nova trama de Glória Perez. O roteiro tem pegada popular, desperta o interesse de querer acompanhar, e um elenco maravilhoso.
- Além do que, creio que teremos uma Glória Perez mais experiente né? Acho a Glória muito talentosa.
E como você conclui o texto, resta-nos aguardar. As premissas são bem promissoras. Mas isso pra quem realmente gosta de teledramaturgia.
Beijos...
Glória Perez tem tudo pra devolver às novelas das 9 o sucesso, já que alguns problemas enfrentados em novelas anteriores, como falta de química entre os protagonistas, não vão se repetir. Pelo contrário, vai explodir química e veremos muita briga por casais nas redes sociais.
A trama do transgênero é nitroglicerina pura. Tem tudo pra provocar um boicote dos evangélicos ou pra ser um sucesso e conscientizar os telespectadores sobre os dramas dos trans. Glorinha vai sofrer bastante na mão dos crentes e dos bolsominions, que não vão sossegar até ela desistir de falar do assunto.
Eu aposto que a Bibi Perigosa vai ser a protagonista mais interessante das três. Ela terá ótimos embates com Jeiza e creio que os melhores momentos da novela serão da perseguição da policial e da traficante.
Até agora, os calcanhares de Aquiles são Irene, que parece ser uma repetição da Ivone de Caminho das Índias; e o Ruy, personagem do Fiuk, que está me cheirando a um novo Bahuan: meio apático e fadado a sumir com o desenrolar da trama. Espero estar enganada e que A Força do Querer me surpreenda!
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Tb não estou animado, Sandro, mas quem sabe...
Tb não estou, Gustavo. Aguardemos. E a Debora fez uma ótima vilã cômica em Escrito nas Estrelas.
Vamos ver, Joana.
Veremos, Chica. bjs
É a segunda,sim, Anderson.
Ok, Bell. bjs
Mt obrigado, Bianca. E o seu comentário está excelente. Eu concordo. Gloria, aliás, erra quase sempre nos vilões e nos mocinhos. O Clone foi uma exceção onde tudo deu certo, mesmo o Lucas tendo sido um idiota como vc bem citou. Já as outras...
Mt obrigado, Vera. E vamos torcer. bjs
Entendo, Lulu. bjs
Valeu, anonimo.
Isso é, Deborah...
Aguardemos, anonimo.
Tb acho que ficará no meio termo, Raquel.
Sem dúvida, F Silva! bjssss
Ótimo comentário, Ana!
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