sexta-feira, 31 de março de 2017

Descaracterizada e problemática, "A Lei do Amor" começou promissora e terminou decepcionante

"A Lei do Amor" foi uma novela 'problemática' antes mesmo de estrear. Isso porque a história teve a sua estreia subitamente adiada, cedendo lugar para"Velho Chico", que inicialmente seria uma trama das seis. As explicações dadas ---- por causa do teor político do enredo em época de eleições municipais ---- nunca foram convincentes e naufragaram de vez quando o folhetim de Benedito Ruy Barbosa acabou explorando a política muito mais que a sua substituta. A mudança ainda implicou em uma tragédia involuntária, pois Domingos Montagner faria o Tião Bezerra, mas preferiu interpretar o Santo dos Anjos, falecendo em uma tragédia na reta final das gravações. Entretanto, deixando todas essas questões de lado, havia uma boa expectativa em cima da primeira produção de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari no horário nobre.


Os autores vinham de um elogiado trabalho: "Sangue Bom", deliciosa trama das sete exibida em 2013 que agradou público e crítica. Além, claro, do respeitável currículo de Maria Adelaide, responsável pelas primorosas minisséries ""A Muralha", "Os Maias", "A Casa das Sete Mulheres", "JK", "Queridos Amigos", "Dercy de Verdade", entre tantas outras, incluindo o inesquecível remake da novela "Anjo Mau". E, para culminar, o elenco grandioso despertou ainda mais atenção, como Vera Holtz vivendo sua primeira grande vilã, Grazi Massafera de volta após o sucesso da Larissa em "Verdades Secretas", José Mayer na pele de um sujeito desprezível, Cláudia Raia interpretando uma devoradora de homens, Tarcísio Meira retornando aos folhetins, e Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu vivendo os mocinhos, além de vários outros ótimos nomes.

O início do enredo, ao menos, despertou interesse e fez jus ao que vinha sendo apresentado nas chamadas. A primeira fase foi linda, voltada para o romance de Pedro e Helô, valorizando a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond, destacando ainda os grandiosos Tarcísio Meira e Vera Holtz.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Pierre Baitelli precisava apenas de uma oportunidade e ganhou com o Antônio em "A Lei do Amor"

A vida de um jovem ator não é fácil. Mas de atores de verdade. Aqueles que lutam por amor às artes cênicas e não porque querem aparecer na televisão. Muitos buscam um lugar ao sol através de peças de teatro com infraestrutura precária e retorno financeiro quase nulo. Alguns conseguem ótimas oportunidades em "Malhação", dando um bom pontapé inicial na carreira. Já outros seguem batalhando, sem maiores chances. E um ator brilhou em "A Lei do Amor", abraçando a maior oportunidade que ganhou até agora. Seu nome é Pierre Baitelli.


O intérprete do Antônio finalmente teve a chance de mostrar o seu talento na atual novela das nove e se destacou na pele de um dos personagens mais espirituosos do folhetim de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. O perfil começou timidamente na segunda fase, mas logo foi mostrando força, destacando o ator e crescendo na história. Ele tem como principal característica a autopiedade, em virtude de suas constantes frustrações amorosas, e adora rir de suas 'desgraças'. Tem um humor refinado, além de transbordar integridade. Lembra bastante, inclusive, o Nolan Ross (Gabriel Mann), da série americana "Revenge". Os atores até se parecem fisicamente.

Filho da oportunista Gigi (Milla Moreira), o rapaz sempre foi melhor amigo da mimada Letícia (Isabella Santoni) e nutria um amor não correspondido por ela. Chegou a ficar no meio do triângulo amoroso da amiga, pois também é parceiro de Tiago (Humberto Carrão) e era de Isabela (Alice Wegmann).

quarta-feira, 29 de março de 2017

"Novo Mundo" mal começou e já exibiu uma ótima sequência de batalha

A nova novela das seis mal estreou e já vem esbanjando capricho, exibindo cenas de grande qualidade, onde o trabalho da direção de arte, figurino e do diretor Vinícius Coimbra ficam em evidência. A sequência que mais impressionou até então foi exibida nesta segunda-feira (27/03), focando em ótimos embates entre piratas e a guarda Real que protegia a princesa Leopoldina (Letícia Colin) em sua viagem para o Brasil. Foi tudo realizado em um navio construído especialmente para essa novela e não ficou devendo em nada aos filmes do gênero, tendo a saga "Piratas do Caribe", da Disney Pictures, como principal referência.


O ataque da gangue liderada pelo pirata Fred Sem Ama (Leopoldo Pacheco excelente) teve um quê de aventura infantil e isso não foi um demérito, muito pelo contrário. Deu um toque de fantasia mais do que bem-vindo, ao mesmo tempo que apresentou um perfil que representa parte da história do Brasil como vítima de um sequestro. Ainda funcionou plenamente para enfatizar a valentia do casal de mocinhos formado por Joaquim (Chay Suede) e Anna (Isabelle Drummond), além de ter mostrado a faceta corajosa e cômica da princesa Leopoldina e a vilania de Thomas (Gabriel Braga Nunes). Ou seja, desenhou melhor alguns dos principais personagens para o público.

Não é exagero comparar os momentos com filmes da Disney, pois, mesmo sem os efeitos especiais de primeiro mundo (até porque não há criaturas sobrenaturais, monstros ou algo do tipo), todas as cenas de luta impressionaram. Tanto pela coreografia dos atores e figurantes, quanto pelos diálogos inspirados, vide o divertido momento em que Joaquim pediu Anna em casamento enquanto os dois batalhavam com os piratas, com direito a socos, chutes e espadadas.

terça-feira, 28 de março de 2017

"A Força do Querer": o que esperar da próxima novela das nove?

A última novela de Glória Perez no horário nobre não deixou saudades. "Salve Jorge" (2013) tinha como grande objetivo manter o sucesso da faixa após o fenômeno "Avenida Brasil", mas fracassou miseravelmente na complicada missão. Cheia de furos, situações absurdas e personagens sem carisma, a trama foi massacrada por crítica e público, tendo ainda vários atores fazendo figuração de luxo como defeito. Para culminar, a própria escritora criticou a direção fraca do folhetim. Agora, passados quatro anos, a veterana autora retorna com um enredo focado na vida de três mulheres e não terá um país de fora (com bordões, danças e costumes) como parte do conjunto.


A história, dirigida por Rogério Gomes, será protagonizada por três personagens femininas fortes: a policial Jeiza (Paolla Oliveira), a bandida Bibi Perigosa (Juliana Paes) e a sedutora Ritinha (Isis Valverde). O trio norteará o roteiro e cada uma terá o seu momento na novela. A escolha das atrizes se mostra muito bem pensada, pois são nomes de peso e que geram repercussão. Glória declarou que os conflitos serão contados individualmente no início para só depois tudo se entrelaçar. O clipe de 30 minutos da trama (que pode ser conferido aqui) dedica praticamente dez minutos para cada protagonista, mesclando com alguns núcleos paralelos que prometem outras situações interessantes.

Movidas pelo querer, as pessoas são sempre desafiadas a fazer escolhas. Escolhas que fazem bem ou que se voltam contra. Os quereres são múltiplos e se interligam, se chocando ou se harmonizando. São justamente essas questões que serão traduzidas através do enredo escrito por Glória.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Maior trunfo da novela, Vera Holtz carrega a reta final de "A Lei do Amor" nas costas

"A Lei do Amor" sofreu várias alterações em virtude da baixa audiência e da interferência dos grupos de discussão. Muitas dessas mudanças foram péssimas para o enredo de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, prejudicando o conjunto do folhetim (dirigido por Denise Saraceni) ---- que está em plena reta final ---- e retirando de cena bons personagens, implicando ainda na aniquilação da personalidade de vários que permaneceram. Entretanto, uma única situação ficou melhor e foi justamente o crescimento da vilania de Magnólia (Vera Holtz).


A personagem sempre foi uma das mais atrativas da história e foi a mentora do plano que separou Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu) na primeira fase. Porém, ao longo da segunda fase, a vilã apenas proferia frases de efeito e pouco agia. Apenas ameaçava e muitas vezes ficava de lado, enquanto Tião (José Mayer) era o autor das maiores vilanias da trama, enfrentando todos e mandando executar seus inimigos. Ela guardava vários segredos e todo esse mistério em volta da matriarca da família Leitão era mantido escondido pelos autores.

Com as mudanças no roteiro, os 'sigilos' de Mag foram quebrados mais cedo e a sua verdadeira face foi mostrada para o público. O intuito era, claramente, deixá-la como uma figura dúbia por um bom tempo, mas as mexidas na história fizeram a grande vilã ser completamente exposta assim que o seu caso de 20 anos com Ciro (Thiago Lacerda) foi revelado.

sexta-feira, 24 de março de 2017

"The Voice Kids" se firma como um dos maiores êxitos da Globo aos domingos

O "The Voice Kids" estreou no início de janeiro e a segunda temporada vem repetindo os bons índices de audiência da primeira, comprovando que o público aprovou mesmo a versão 'júnior'. E não é muito difícil descobrir as razões para o êxito do programa, principalmente comparando com o formato adulto, que já teve cinco temporadas e anda bastante desgastado. São vários pontos que contam a favor.


É incontestável a espontaneidade que crianças trazem em qualquer atração e não é diferente no "The Voice". Todas transbordam carisma e graça, despertando uma simpatia imediata do público. Tanto que é triste quando o menino ou a menina é reprovado, mesmo não cantando tão bem. E as respostas deles durante as rápidas conversas com os técnicos sempre rendem algumas pérolas divertidas, muito em virtude da inocência dos pequenos. Mas não é só de graciosidade que vive a atração.

Vários participantes impressionam pela potência vocal e muitas crianças se mostram bem mais talentosas do que alguns aprovados no formato adulto. O repertório é outra qualidade delas. As músicas escolhidas são quase sempre clássicos da MPB, rock, pop, entre tantos outros gêneros conhecidos, inclusive o sertanejo, só que o de raiz, muitas vezes esquecido pelos novos artistas que surgem.

quinta-feira, 23 de março de 2017

"Novo Mundo" estreia com clima de aventura e muito capricho

"Um mundo novo. Um mundo de novas paixões e novas histórias. Um mundo de novas aventuras e novas surpresas. E nesse mundo novo tudo pode acontecer." O teaser de "Novo Mundo" passou de forma simples tudo o que a nova novela das seis tem a apresentar. A trama dos estreantes Thereza Falcão e Alessandro Marson estreou nesta quarta (22/03) ---- estratégia controversa já quase fixada pela Globo em prol de uma audiência maior ----, substituindo a fraca e esquecível "Sol Nascente", que saiu do ar com a sensação de 'já foi tarde'.


A novela, dirigida por Vinícius Coimbra, é ambientada no século XIX, e começa em 1817, há 200 anos, período em que Dom Pedro (Caio Castro) se casa por procuração com Leopoldina (Letícia Colin), em virtude de um acordo político. É justamente na viagem da princesa austríaca para o Rio de Janeiro que Anna Millman (Isabelle Drummond) e Joaquim Martinho (Chay Suede) se conhecem, os mocinhos do enredo. Ou seja, a proposta do novo folhetim é ter a história do Brasil como pano de fundo, apresentando uma espécie de conto de fadas para embalar o romance dos protagonistas, que ainda terão um vilão maquiavélico como obstáculo ---- o Thomas Johnson (Gabriel Braga Nunes), responsável pela segurança Real.

A trama acabará em 1822, quando Dom Pedro e Leopoldina forem declarados imperadores do Brasil. Até lá muitos conflitos e dramas ficcionais serão abordados durante uma época que faz parte do conteúdo de qualquer aula de história, quando o Brasil fica independente de Portugal.

terça-feira, 21 de março de 2017

Sem emoção e esquecível, "Sol Nascente" teve poucas qualidades

Foram praticamente sete meses no ar. "Sol Nascente" chega ao fim nesta terça, após longos meses apresentando um roteiro raso, repleto de equívocos e modorrento. A novela de Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fisher, dirigida por Leonardo Nogueira, foi fraca do início ao fim e já não empolgava desde as primeiras chamadas. Portanto, o roteiro decepcionante não chegou a ser uma surpresa, principalmente ao analisar os últimos folhetins repetitivos de Negrão.


Embora não tenha participado ativamente da escrita dessa novela em virtude de problemas de saúde, a sinopse era do autor e ele supervisionou a obra durante todo o período de exibição. A maior prova disso era a quantidade de semelhanças com outros trabalhos do escritor, principalmente envolvendo o vilão e os mocinhos. A audiência da produção foi satisfatória (teve média de 21 pontos), embora tenha derrubado os índices do fenômeno "Êta Mundo Bom!". Entretanto, os números não refletiram a qualidade da trama e muito menos a repercussão, que foi nula.

A novela começou com belíssimas imagens, mas pouca história. E, lamentavelmente, a primeira impressão acabou se firmando ao longo dos meses. Recheada de personagens desinteressantes e conflitos bobos, a produção não se sustentou nem por dois meses. Antes mesmo de chegar na metade, já havia ficado claro que o enredo não teria estrutura para ficar no ar por sete meses.

sexta-feira, 17 de março de 2017

"O Rico e Lázaro" apresenta um bom começo

"A Terra Prometida" ficou quase nove meses no ar. A trama estreou em julho de 2016 e só acabou nesta segunda-feira (13/03). Embora não tenha repetido o fenômeno de "Os Dez Mandamentos", a audiência foi satisfatória e houve uma nítida melhora na qualidade dos cenários e figurinos, embora o exagero nas interpretações e a barriga (comum em produções da emissora que sempre são esticadas) tenham continuado ---- o último capítulo, por sinal, foi tão fraco quanto o da produção anterior. Agora a missão da Record é manter os bons índices com "O Rico e Lázaro", nova novela bíblica da emissora que acabou de estrear.


Escrita por Paula Richard (que foi uma das colaboradoras de "Os Dez Mandamentos") e dirigida por Edgar Miranda, a nova trama é inspirada em uma parábola bíblica que começa 600 a.C., quando dois homens morrem no mesmo dia e um vai para o paraíso e o outro para o inferno. O enredo é uma passagem do livro sagrado dos cristãos em que Jesus fala aos seus discípulos. A primeira cena do primeiro capítulo foi justamente a imagem de uma pessoa no inferno (uma espécie de umbral), em meio a vários efeitos especiais.

Após a cena citada, um momento de batalha virou o centro das atenções, liderado por Nabucodonosor (Heitor Martinez), poderoso imperador da Antiguidade. A sequência ficou muito bem feita e se mostrou infinitamente melhor do que todas as cenas do mesmo tipo exibidas em "A Terra Prometida" e "Os Dez Mandamentos" juntas.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Laura Cardoso foi o único acerto de "Sol Nascente"

A atual novela das seis está perto do seu fim e pouco se salvou do enredo, infelizmente. Foram muitos problemas no frágil roteiro ao longo de sua exibição, entre outros equívocos. Mas, ao menos os autores Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer acertaram na escolha da espetacular Laura Cardoso para viver a grande vilã da trama. A fria Dona Sinhá foi o ponto alto do folhetim dirigido por Leonardo Nogueira.


A maldosa velhinha aparentemente simpática e doce se mostrou uma bela ideia dos escritores, que aproveitaram o imenso talento da intérprete para destacar o perfil em um desanimador conjunto de tipos apáticos e sem carisma. Assim que entrou na novela ---- a produção já estava no ar há quase um mês quando a vilã chegou, tendo César (Rafael Cardoso) na figura de grande malvado até então ----, Laura já mostrou que dominaria todos os momentos com facilidade. E assim o fez.

Dona Sinhá logo se mostrou uma senhora debochada, cruel e fria, capaz de qualquer coisa para atingir seu maior objetivo: seguir com sua lavagem de dinheiro --- usando a jogatina como arma --- e de quebra se vingar de Tanaka (Luis Melo) através do neto, César, que manipulava Alice (Giovanna Antonelli), filha do inimigo que demitiu seu filho anos atrás, 'provocando' a morte do rapaz.

terça-feira, 14 de março de 2017

Enquanto "A Lei do Amor" abusa do machismo, "Rock Story" aborda o tema com competência

Machismo é um mal que acomete a sociedade. E é algo que sempre esteve presente nas novelas antigamente, mesmo que de forma involuntária, através de homens manipuladores que bancavam os 'machos viris', enquanto as mulheres eram sempre as frágeis e indefesas, entre tantos outros exemplos. Mas, ao longo do tempo, tudo veio melhorando, ainda que esteja longe do ideal. As mocinhas (não todas, diga-se) deixaram de ser tontas e os perfis masculinos passaram a apresentar lados mais sensíveis. Toda essa longa introdução tem o objetivo de expor a diferença na abordagem do tema em duas novelas: "Rock Story" e "A Lei do Amor".


Na atual novela das sete, Léo Régis (Rafael Vitti) vazou fotos nuas (o popular 'nude'') de Diana (Alinne Moraes) para se vingar da ex, que o abandonou em pleno altar. A situação não é meramente folhetinesca, pois acontece muito na vida real. Inclusive com famosos. E é uma atitude que expõe o machismo na sua mais cruel forma, além de ser crime. Afinal, trata a mulher como mero objeto e a exposição sempre rende xingamentos de 'vagabunda', 'vadia' e afins, enquanto o homem nunca é hostilizado como merece pelo que fez.

A atitude do cantor foi tratada na história com extrema condenação, inclusive dos seus familiares ---- nem mesmo a mãe Néia (Ana Beatriz Nogueira) e a irmã Yasmin (Marina Moschen) lhe apoiaram ----, iniciando uma fase mais maquiavélica do personagem. Não houve qualquer justificativa a esse seu ato.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Ótimo como Léo Régis, Rafael Vitti se destaca em "Rock Story"

Ele foi uma grata revelação de "Malhação Sonhos" e conquistou o público interpretando o atrapalhado Pedro, que formou um casal de grande sucesso com a esquentadinha Karina (Isabella Santoni) em 2014. Depois da bem-sucedida temporada escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, Rafael Vitti fez uma participação no quadro "Não se apega, não", do "Fantástico" (2015), e esteve na primeira fase de "Velho Chico" (2016), vivendo o vilão Carlos Eduardo. Agora, em "Rock Story", o ator brilha na pele do mimado Léo Régis, fazendo jus ao destaque que tem na trama de Maria Helena Nascimento.


O personagem é uma ótima crítica da autora a todos esses artistas adolescentes que surgem sem nenhuma bagagem, se deslumbrando rapidamente com a fama e o sucesso. Léo Régis é um ícone pop que começou a se destacar na mídia quando lançou a música "Sonha Comigo", canção escrita por Gui Santiago (Vladimir Brichta), que o acusa publicamente de roubo. O rapaz nunca se importou com as acusações do rival e sempre faz questão de provocá-lo, aumentando o ódio entre os dois. Para culminar, ele ainda se envolveu com Diana (Alinne Moraes), ex-esposa de Gui.

O cantor também é superprotegido pela mãe, a controladora Néia (Ana Beatriz Nogueira), e sua relação com a irmã Yasmin (Marina Moschen) ficou estremecida quando soube que a garota está namorando Zac (Nicolas Prattes), filho de Gui e um dos integrantes da 4.4, banda que passou a rivalizar no mercado musical com ele.

quinta-feira, 9 de março de 2017

"BBB 17" se mostra uma edição sem lealdade, sem verdade e sem alma

A décima sétima edição do "Big Brother Brasil" tinha o grande desafio de não ter Pedro Bial apresentando, mas havia outra missão a ser encarada: apresentar um bom elenco, após o fenômeno Ana Paula (participante que entrou para a história do reality ano passado, provocando uma imensa repercussão e elevando a audiência). Embora Tiago Leifert jamais consiga ser igual ao apresentador anterior (nem teria como), ele acabou se encontrando no comando do formato. Porém, o time selecionado fracassou incontestavelmente.


A seleção parecia promissora e houve uma clara preocupação em priorizar a diversidade, fugindo daqueles padrões que o público do "BBB" já estava acostumado, onde os sarados, jovens e 'gostosonas' eram maioria e os 'normais' exceções. Quase todos da atual edição se encaixavam na categoria de pessoas 'comuns' e o time chegou a empolgar no começo. Mas foi um mero 'fogo de palha'. Com o passar das semanas, foi ficando evidente que vários ali não se entregaram ao programa e muito menos se mostraram jogadores carismáticos.

O que costuma mover um bom reality show é a formação de alianças e ótimos embates, despertando rivalidades empolgantes. Tanto que isso resulta em torcidas ferrenhas em provas do líder, do anjo, da comida, enfim... O jogo bem disputado provoca um clima de tensão constante ao mesmo tempo que não impede momentos de diversão.

terça-feira, 7 de março de 2017

Sem rumo, "A Lei do Amor" não tem mais história para contar

"A Lei do Amor" acaba em abril, ou seja, falta cerca de um mês para o seu fim. Mas a novela parece ter acabado desde a morte de Fausto (Tarcísio Meira). Depois que o patriarca da família Leitão se vingou de Magnólia (Vera Holtz), sofrendo um infarto fulminante pouco tempo depois, a história não demorou para se esgotar e perder o rumo completamente. Vale citar, claro, que as inúmeras mutilações no roteiro em busca de uma maior audiência contribuíram bastante para isso. Porém, ainda assim, o conjunto vem se mostrando bem frágil.


O único acontecimento relevante, exibido semana passada, foi o flagra que Letícia (Isabella Santoni) deu em Tiago (Humberto Carrão) e Marina (Alice Wegmann), batendo no marido e na amante. A sequência mereceu elogios e, por sinal, foi a responsável pela maior audiência da novela, superando até a estreia, marcando 32 pontos. Esse irritante triângulo amoroso, inclusive, é só o que sobrou no enredo. Tirando isso não há mais nada a ser contado, evidenciando uma clara invenção de conflitos forçados para preencher o tempo dos capítulos, desfigurando até mesmo características de vários personagens. 

O casal protagonista, por exemplo, foi destruído. Os mocinhos faziam parte da cota de acertos do folhetim, cuja química entre Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu era incontestável. Entretanto, Pedro e Helô ficaram sem conflito e perderam o destaque que tinham.

sexta-feira, 3 de março de 2017

"Novo Mundo": o que esperar da próxima novela das seis?

A missão da próxima novela das seis será devolver a qualidade ao horário. Afinal, após uma trinca de ouro formada por "Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!", a faixa decaiu muito com "Sol Nascente", um folhetim insípido, inodoro e incolor. Mas, se as convidativas chamadas forem apenas um preâmbulo de tudo o que virá pela frente, o público será presenteado com uma produção bastante caprichada ---- cujo clipe pode ser conferido aqui.


Escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão (que estreiam a primeira novela, após vários trabalhos como colaboradores), a trama é dirigida por Vinícius Coimbra e é ambientada há quase 200 anos, época que a arquiduquesa austríaca Leopoldina (Letícia Colin) fez uma travessia do Atlântico para o Brasil com o intuito de se tornar esposa de Dom Pedro (Caio Castro), personagem fundamental no processo de independência do país. Ou seja, o contexto histórico será mesclado com elementos ficcionais, servindo como pano de fundo para o enredo.

Nessa viagem, em meio a marujos, artistas, oficiais, cientistas e aventureiros, dois jovens se apaixonam e despertam para um novo mundo. Essas duas pessoas são a professora de português Anna Millman (Isabelle Drummond) e o ator Joaquim Martinho (Chay Suede), que viverão uma bela história de amor entrelaçada à luta do Brasil pela construção de uma nação independente.