A novela das sete é um imenso sucesso de audiência, fazendo jus ao reconhecimento do público. Toda a história é bem trabalhada e elaborada, onde há vários personagens complexos e com boas nuances. O enredo nunca cai no esgotamento, havendo sempre um rodízio de núcleos. Mas, uma das principais qualidades da produção é a grande quantidade de bons casais, fazendo o telespectador torcer por aqueles romances cheios de obstáculos a serem vencidos. Os três principais pares da novela são defendidos com maestria pelos atores e as histórias cativam, não apenas pela química dos intérpretes, como também pelos dramas vividos por aqueles perfis tão humanos.
Jonatas (Felipe Simas) e Eliza (Marina Ruy Barbosa), por exemplo, representam o casal de mocinhos clássico. A menina arredia contou com a ajuda do 'empresário das ruas' que lhe ensinou a vender flores para sobreviver, enquanto a apoiava em busca do seu sonho de seguir a carreira de modelo (para ganhar dinheiro e trazer sua família para perto dela).
O romance (do 'sapo' com a princesa) é encantador e claramente inspirado do clássico filme "Luzes da Cidade" ---- estrelado por Charlie Chaplin ----, mencionado, inclusive, várias vezes na trama. A primeira vez do par, aliás, foi em uma sala de cinema abandonada, logo após os dois terem assistido trechos do longa. Foi uma das cenas mais delicadas da novela, evidenciando que o sapo sempre foi o verdadeiro príncipe, mesmo sem dinheiro e luxo.
Felipe e Marina têm uma cumplicidade cênica visível ----- recentemente, inclusive, isso novamente pôde ser observado no momento em que o par 'Joliza' passeou, namorou e esqueceu do mundo em um campo aberto ----- e os dois se destacam ainda mais nos momentos de crise do casal. Os dois, por exemplo, emocionaram quando Eliza terminou com o até então 'amigo colorido' ---- graças ao plano armado por Stelinha (Glória Menezes) e seu filho ----, passando a se envolver mais com Arthur, provocando uma decepção imediata em Jonatas, que acabou ficando com Leila (Carla Salle), também 'magoando' a ex. Aliás, a separação do par afetou diretamente outro ótimo casal da novela, formado por Arthur (Fábio Assunção) e Carolina (Juliana Paes).
Se o casal anterior representa uma relação mais delicada, voltada para o conto de fadas e a pureza do primeiro amor, pode-se constatar que a relação da dupla formada pelo dono da Excalibur e pela ex-diretora da revista Totalmente Demais é a mais complexa da trama. O relacionamento deles sempre teve a adrenalina como protagonista, onde as apostas feitas por ambos serviam para apimentar o relacionamento, repleto de malícia e provocações. Porém, Carolina sofreu calada por muitos anos vendo Arthur se relacionando com inúmeras mulheres, simulando uma 'tranquilidade' que não tinha. Afinal, eles sempre foram um casal nada tradicional. Ela fingia que não sentia ciúmes e ele em nenhum momento chegou a desconfiar dos reais sentimentos da parceira de vida.
Juliana Paes e Fábio Assunção transbordam química e as cenas deles costumam ser marcadas por uma tensão sexual constante. Mas, a relação dos personagens ruiu de vez quando ambos apostaram suas carreiras na transformação de Eliza, onde a empresária perdeu a aposta com a vitória da ex-moradora de rua e agora modelo. Desde então, os dois declararam guerra e Carolina nunca se conformou com o fato de Arthur ter se apaixonado pela menina, vivendo com Eliza tudo aquilo que ela sonhava viver com ele. Os perfis ---- um homem egocêntrico e uma mulher com falhas de caráter ---- são riquíssimos e proporcionam ótimas cenas para os intérpretes. Vale mencionar, inclusive, uma das melhores cenas protagonizadas pelos dois: quando Carol arma para o ex ver Eliza com Rafael (Daniel Rocha), implicando em um acerto de contas do casal, com a diretora vomitando tudo o que estava engasgado há anos, deixando o agenciador de modelos em choque e indignado. É um par marcado pelo medo de amar.
Já Germano (Humberto Martins) e Lili (Vivianne Pasmanter) representam o relacionamento que precisa enfrentar grandes vilões: os problemas familiares. Os dois nunca superaram a 'perda' da filha Sofia (Priscila Steinman) e a galinhagem do presidente da Bastille --- que sempre dava em cima de Carolina --- deixou a relação ainda mais frágil. Os dilemas que ambos precisaram enfrentar também por conta do comportamento do outro filho, Fabinho (Daniel Blanco), eram questões que prejudicavam a 'harmonia' do par. Eram muitas feridas abertas e outras que demoravam para cicatrizar. Tudo só piorou quando Lili descobriu que o marido teve uma filha (Eliza) com a antiga babá da família. Foram tantos baques emocionais que ela acabou se envolvendo com o ex-genro, Rafael, provocando a indignação do ex.
Mas tanto sofrimento acabou servindo para Germano melhorar como ser humano, mudando sua postura com Fabinho e deixando de ser um mulherengo inveterado. Ele sempre amou a mulher, entretanto, nunca soube como demonstrar isso e não foi o marido que Lili esperava. A volta de Sofia acabou servindo para reaproximar o par, que nem desconfiou do verdadeiro caráter da filha que forjou a própria morte. Já a hora em que a sociopata realmente morreu (assassinada por Jacaré - Sérgio Malheiros), os dois foram dilacerados por dentro novamente, se unindo pela dor mais uma vez. Ou seja, é uma relação delicada e marcada por muito sofrimento. Porém, o amor que os une se mostra mais forte que todos os empecilhos, alguns criados por eles mesmos. Humberto Martins e Vivianne Pasmanter estão ótimos e a química dos atores ---- já vista no remake de "Mulheres de Areia" e em "Uga Uga" ---- é incontestável. Os dois protagonizaram cenas bem difíceis e se saem bem em todas as vezes. É um prazer vê-los juntos cenicamente pela terceira vez.
"Totalmente Demais" está chegando ao fim e deixará saudades. Além de todas as qualidades já abordadas ao longo desse tempo de exibição, pode-se constatar com tranquilidade que os pares formados também se enquadram no conjunto de acertos do folhetim das sete. Rosane Svartman e Paulo Halm mais uma vez acertaram na composição dos casais ----- levando em consideração ainda os outros pares formados, como Arthur e Eliza temporariamente, Cassandra (Juliana Paiva) e Fabinho, Jamaica (Gabriel Reif) e Lu (Juliane Trevisol), Stelinha e Maurice (Reginaldo Faria), entre outros ---- e conquistaram o público com seus romances. Jonatas e Eliza, Carolina e Arthur, e Germano e Lili representam três tipos distintos de relação, onde o amor está presente, mesmo de maneiras bastante singulares. E todos os relacionamentos envolveram o telespectador, destacando merecidamente os atores e a química entre eles.
Amei o texto. E gostei que ainda citou Cassandra e Fabinho e Stelinha e Maurice que são maravilhosos também. Os três pares tem relações completamente diferentes, mas todas atrativas e bem construídas.Estou adorando a novela e lamento que já vá acabar.
ResponderExcluirEU TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirValeu a pena esperar esse texto. Está maravilhoso!Delícia de ler.Concordo com cada parágrafo!
ResponderExcluirSérgio, querido, me apaixonei por essa novela e desde Sangue Bom que não tinha me viciado numa trama das sete. Concordo com todo o texto, especialmente sobre Carthur que é um casal que tem medo de amar mesmo.Sua definição foi perfeita.Jonatas e Eliza são clássicos mocinhos, ao mesmo tempo que não porque nesse caso o príncipe é justamente o sapo.Já Germano e Lili passaram por muitas provações, algumas deles mesmos.Texto impecável. Um beijo.
ResponderExcluirEstou sem palavras depois desse texto.Nem tenho nada a acrescentar. Tô aplaudindo com os pés enquanto digito.Amei!
ResponderExcluirUm casal melhor que o outro. Amo todos e os atores estão ótimos.
ResponderExcluirOlá, Sérgio..parabéns pela sua análise,claro que cada telespectador se aproxima + de um dos casais formados , mas, mesmo com relações completamente diferentes, são todas bem construídas e com muita química entre eles...Obrigado pelo carinho, feliz semana,abraços!
ResponderExcluirParabéns por esse texto tão claro. Quem sabe assim as mimizentas como vc bem fala das Arlizas entendem a novela e não a história paralela que inventaram.As Rafaalilis idem que são umas frustradas.
ResponderExcluirAdorei o texto, realmente três casais incríveis, com histórias bem escritas, bem amarradas e complexas. Inclusive os romances externos à análise que envolveram os casais citados, como Arthur e Elisa; Lili e Rafael, foram pontos principais para propiciar a mudança dos personagens e assim ser possível um final coeso, merecido e instigante.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre no meu blog.
ResponderExcluirNão assisto direto a novela, mas gosto dela e a das 18:00.
bjokas =)
O roteiro sempre esteve bem delineado e os casais são a prova disso.Concordo com cada vírgula do texto e os atores deram show.Já estou com saudades.
ResponderExcluirSérgio que texto maravilhoso!!! Sou Joliza, Carthur e Gerlili shipper , assumo que curti artasha Fábio e Lavínia têm química até sobrando, fica pra uma próxima. Arthur e Carol tem uma história mais complicada de resolver. To com o coração apertado já é anciosa pra saber qual será a próxima da dupla, queria eles escrevendo uma das 23hrs
ResponderExcluirZamenzito, que casais! Os autores sabem mesmo escrever bons pares. Dos três, só torço mesmo por dois, Joliza e Gerlili. Eles são lindos demais juntos e os atores são demais. Deixo registrado meu amor pelo Humberto Martins. S2 Beijossss.
ResponderExcluirP.S.: Faz de Cassinho hahahahaha S2
Amo os 3 casais e amei o texto.
ResponderExcluirPoxa nem acredito que já está no fim. Eu adoro os casais, além disso a novela é super gostosa. Uma história boba e prazerosa de acompanhar.
ResponderExcluirbeijos, Love is Colorful
Não conhecia os autores e sendo esta a minha primeira novela deles tenho de admitir eles têm uma sensibilidade muito bonita para escrever os casais. Comecei por gostar muito de gerlili, confesso que muito começou por eu já ser fã dos casais formados pela Viviane e o Humberto. Mesmo com as asneiras do Germano e o tanto que ele errou gostei de como ele se modificou e lutou para reconquistar a mulher que ele amava, e como em novela também pode existir perdão e superação.
ResponderExcluirJoliza é daqueles casais que todos no fundo sonhamos, o sapo é o principe e a princesa é uma menina de carne e osso que também erra e se constroi!
Já gostei de Carol com Arthur mas sinceramente acho depois de tudo a Carol merece alguém que a perceba e ame acima de tudo, Arthur nunca será esse homem.
Outro casal lindo que tenho de mencionar é Charbora! A verdade é que a personagem da Debora me conquistou desde a primeira vez que apareceu sofri com ela, sorri com ela não sei me identifiquei muito. Quando o Charles apareceu e se apaixonou por quem ela era sem ela ter de mudar foi lindo. A cena da quase primeira vez foi genial, muito bem escrita, romântica e delicada. Amei!!
Rosane Svartman e Paulo Halm já haviam provado uma habilidade incrível em construir casais e triângulos amorosos que caiam no gosto popular. Com Totalmente Demais, não é diferente. Nesta época em que as redes sociais repercutem e impulsionam programas de televisão, conseguir emplacar dois casais em uma mesma novela é um feito e tanto. Quem percorre o Twitter ou o Facebook, vê como os fã-clubes se dividem shipando com paixão Arliza ou Joliza e até entram em guerra por isso. Mas agora que vem chegando a reta final, os autores vem pisando na bola criando uns casais nada a ver e forçando a barra só para não deixá-los avulsos. O que foi esse revival entre Arthur e Natasha?! A mulher passou a novela inteira sendo uma figurante de luxo. Leila e Rafael?! Montanha e Maristela?! De onde tiraram isso?!
ResponderExcluirPara que tanta forçação de barra para dar Eliza e Jonatas no final?! Os dois juntos parecem mais casalzinho de porta de escola. E ainda por cima, Jonatas sempre quer dar uma de herói salvando a mocinha de todo perigo. Ai, que soninho... Um verdadeiro carrapato. Teve uma época que essas trocas de casais eram interessantes, mas agora está difícil de engolir. Com isso, se os autores optarem pelo caminho mais fácil pra não deixar nenhum personagem triste e sozinho, 99% de chances de que vai dar Joliza no final. Mas aquele 1%...
ResponderExcluirEu nunca torci por Arthur e Eliza, mas não porque eu queria Eliza e Jonatas, e sim porque eu quero Arthur e Carolina.
ResponderExcluirOutro casal que Amo é 'Charbora', a cena da primeira vez ontem foi fofa, Olívia Torres e Raphael Sander deram um show de atuação.
ResponderExcluirTexto lindo! Espero que no final dê JOLIZA SZ
Tb lamento que já tá acabando, Paula. Passou tão rapido...
ResponderExcluirObrigado, anonimo. rs
ResponderExcluirFico feliz, Michele!!!
ResponderExcluirÓtimas observações, Melina. E essa é mesmo uma novela sensacional, assim como Sangue Bom. Concordo com seus comentários sobre os 3 casais. bjssss
ResponderExcluirQue bom, Elisa! S2
ResponderExcluirTb acho um melhor que o outro, Gabriella.
ResponderExcluirEu que agradeço, Felis. E tem casal pra todos os gostos. Abração!
ResponderExcluirValeu, anonimo.
ResponderExcluirPerfeito, Karine. Os casais citados realmente foram fundamentais para o amadurecimento dois pares principais. Foi toda uma construção sendo bem feita. Bjsss
ResponderExcluirEu que agradeço, Bell. bj
ResponderExcluirA saudade já tá vindo mesmo, Joana. Não tem jeito.
ResponderExcluirQue bom que curtiu, Pâmela. A relação mais complexa é mesmo a de Carthur. E eu tb queria ver Rosane e Paulo na faixa das onze e o mais rápido possível. bjsss
ResponderExcluirTb amo Cassinho, porlapazyporlavida lc! rs E eles sabem mesmo elaborar bons casais, impressionante. Bjão!!!
ResponderExcluirQue bom,anonimo!
ResponderExcluirTb não acredito, Barbara. Passou rápido demais. Novela boa é assim.bjs
ResponderExcluirKimmy, os autores sabem mesmo cria pares. Humberto e Vivianne já trazem a ótima química de novelas passadas e agora não foi diferente. O Germano errrou muito, mas sofreu e se arrependeu verdadeiramente. Joliza representa o conto de fadas às avessas, onde o sapo é que é o príncipe. Já Carthur tem uma relação mais complexa. E entendeu perfeitamente seu argumento sobre o Arthur. A citação de Charbora foi ótima tb porque é outro casal delicado e cheio de sintonia. A cena da primeira vez foi linda mesmo. Olivia Torres e Raphael Sander mt bem. bjsss
ResponderExcluirDiscordo, Jumper. Não vejo forçação de barra alguma até pq quem soube interpretar o roteiro desde o início sempre soube o que aconteceria e tudo foi mt bem encaminhado. Jonatas nunca esqueceu Eliza e ela idem, vide os olhares que trocavam sempre que se encontravam. Chamá-los de casal por de escola é um argumento raso, até pq o Arthur é infinitamente mais infantil que o Jonatas. Vide suas provocações e apostas com Carol que nada mais são do que infantilidade pura. E os autores sempre souberam fazer casais mesmo, essa novela é apenas mais uma prova disso. Eu preferia Maristela e Florisval, mas está tudo sendo tão bem encaminhado que não vi problema algum nisso.
ResponderExcluirEntendi, Murilo. Carthur conquistou mta gente tb.
ResponderExcluirAh, Jumper, o rápido revival que Arthur teve com Natasha não foi problema algum. Nunca viu ex-casal ter recaída na sua vida? E eles nem ficarão juntos, mas ainda assim valeu para ver mais cenas da Lavinia Vlasak e sua sintonia com o Fabio.
ResponderExcluirCharbora é outro casal lindo msm, Giovany. E é difícil não torcer por Joliza msm.
ResponderExcluirOi Zamenza, não poderia deixar de comentar esse seu post. Esses três casais que você citou são os melhores na minha opinião, suas relações foram muito bem construídas, não podia ser de outra forma. Claro que acho normal cada um ter sua torcida, mas não concordo quando falam que Joliza é casal infantil, que Carolina é vilã e mereceu ser castigada, que Germano é um machista, que Arliza tem a maior torcida e que por isso os autores deveriam deixá-los juntos, acho que cada um deveria respeitar o desenvolvimento dessa linda história, e os autores sabem muito bem o que estão escrevendo. Mesmo na metade na história, já era possível escutar reclamações com relação ao Jonatas, achei bonita a relação da Eliza com Jonatas e Arthur mas pela lógica vi que ela continua amando ele e vice versa. Algo parecido ocorreu em Sete Vidas no triangulo envolvendo Julia, Pedro e Felipe, achei até meio parecido sabe, uma boa parte do público quis que Júlia ficasse com Felipe por esta ser uma relação mais madura assim como Eliza e Arthur. De uma certa forma até entendo a visão deles, mas eu preferi seguir a lógica da novela, tanto Eliza e Jonatas como Júlia e Pedro continuavam se amando, o amor não tinha morrido, isso não havia como negar. Eu pessoalmente sigo mais a lógica da novela do que o tamanho das torcidas.
ResponderExcluirGermano continua amando Lili apesar dos erros que cometeu, e creio que Arthur e Carolina merecem uma chance após tantas brigas.
Uma coisa não podemos negar, tanto os Arlizas como os Julipes foram torcidas bem persistentes, elas lutaram até o fim mesmo, essas torcidas foram as que mais causaram, acredito eu. As torcidas opostas não foram tão barulhentas assim eu acho. Soube que em Malhação também aconteceu o mesmo, mas não cheguei a acompanhar essa novela.
Nossa, Livewere lu, que comentário maravilhoso o seu. Nem tenho absolutamente nada a acrescentar. Vc disse tudo o que eu queria. É isso.
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