O descontrole do grande vilão da história deixou o principal núcleo mais movimentado e o autor foi muito preciso ao retratar a corrupção em todos os setores da sociedade, expondo a presença de integrantes da facção em vários locais do país, incluindo instituições aparentemente 'incorruptíveis'. O início da derrocada de Gibson se deu quando Kiki (Deborah Evelyn) finalmente contou a Dante (Marco Pigossi) toda a verdade sobre seu sequestro. A cena primou pela emoção e os dois deram um show.
A partir de então, foi iniciada uma verdade caçada ao gangster e toda a sua família descobriu a verdadeira índole do todo poderoso. Belisa (Bruna Linzmeyer), Cesário (Johnny Massaro) e Nora (Renata Sorrah) entraram em desespero e o patriarca ainda tentou dissuadi-los, quando os flagrou escondidos na casa de Nonato (Ilya São Paulo) e Conceição (Séfora Rangel), sem sucesso.
Aliás, a cena em que Gibson dissimula perante todos os seus 'entes queridos' foi primorosa, exigindo uma entrega dramática de todos os atores. Destaque especial para Renata Sorrah (finalmente com um papel à sua altura) e José de Abreu, quando Nora esbofeteia o marido.
Outro grande momento que merece ser citado foi o resgate de Kiki (novamente sequestrada, desta vez por um delegado membro da facção), organizado por Zé Maria (Tony Ramos), Juliano (Cauã Reymond) e Dante. As cenas de tiroteio ficaram muito realistas e, logo após o salvamento da filha de Nora, Tony Ramos teve mais uma vez a chance de mostrar o grande ator que é. Foi impossível não ter se emocionado com aquele bandido se despedindo de Kiki e Aninha (Letícia Braga), dando um último adeus e dizendo o quanto as amava. "Minha única qualidade é a capacidade que tenho de amar", disse o controverso personagem, expondo bem a dubiedade daquela pessoa. Tony deu um show.
E uma das melhores sequências dessa reta final foi a que Gibson esculacha todos os integrantes da sua facção, em um momento claramente inspirado na clássica cena de "A Queda - as últimas horas de Hitler", filme exibido em 2004 ---- no longa, Hitler (Bruno Ganz) recebe más notícias de seus generais e se descontrola, gritando e humilhando todos. A cena de "A Regra do Jogo" teve esse impactante instante de fúria como referência (o próprio autor enfatizou a sua intenção no roteiro do capítulo) e José de Abreu teve a sua melhor atuação na trama. O ator proferiu o forte texto de João Emanuel Carneiro com maestria e sua entrega impressionou.
O próprio Gibson tem um quê de Hitler. Afinal, um dos mais cruéis homens do mundo queria 'salvar' a humanidade eliminando parte dela, enquanto o grande vilão da novela queria 'salvar' o país da corrupção, exterminando todos que pudessem 'atrapalhar' sua missão, através de uma perigosa organização criminosa. O momento em que o todo poderoso humilha seus capangas, joga um copo de água em Mara (Lorena da Silva) e aponta uma arma para Tio (Jackson Antunes) --- quando os dois se negam a subornar o delegado da Polícia Federal --- foi de tirar o fôlego. Além da interpretação primorosa de José de Abreu, as afirmações tenebrosas do personagem fizeram toda a diferença na cena.
Um trecho do texto genial do autor, que saiu da boca de Gibson e 'combinou' perfeitamente com o atual momento que o Brasil passa, merece ser citado: "Eu queria fazer alguma coisa pelo meu país. Eu queria mudar o Brasil! Mas não se pode mudar o Brasil se a gente tiver que contar só com brasileiro." "Todo brasileiro tem um preço, entendeu? Eu já comprei deputado, senador, juiz, desembargador. Já comprei ministro, cardeal. Eu já comprei lei no Senado. Como é que não vou comprar um delegadozinho de polícia federal? País de bosta! Povo ordinário! Vocês vão morrer pobres! Não merecem nada!"
Após essa grande sequência, a novela seguiu em ritmo frenético e a cena em que o vilão surpreende toda a família com uma arma apontada para a cabeça da filha Nelita (Bárbara Paz) foi assustadora. João Emanuel é mestre em cenas de suspense e mais uma vez mostrou essa sua capacidade. Já os momentos de tensão, enquanto Gibson mantinha a própria família refém, primaram pela densidade das interpretações. José de Abreu mais uma vez brilhou absoluto, enquanto Renata Sorrah, Marco Pigossi, Bruna Linzmeyer, Johnny Massaro, Bárbara Paz, Tony Ramos e Deborah Evelyn se destacaram durante toda a longa e difícil cena. Ainda houve o famigerado "Quem matou?" com o assassinato de Gibson durante a invasão da polícia.
"A Regra do Jogo" tem apresentado uma reta final empolgante, repleta de momentos eletrizantes e grandes cenas. João Emanuel Carneiro guardou ótimas sequências e tem feito por merecer a ótima audiência que tem marcado ----- obteve 37 de média semanal na penúltima semana em São Paulo e 41 no Rio de Janeiro. Que os últimos capítulos sejam tão bons quanto os que passaram.
A partir de então, foi iniciada uma verdade caçada ao gangster e toda a sua família descobriu a verdadeira índole do todo poderoso. Belisa (Bruna Linzmeyer), Cesário (Johnny Massaro) e Nora (Renata Sorrah) entraram em desespero e o patriarca ainda tentou dissuadi-los, quando os flagrou escondidos na casa de Nonato (Ilya São Paulo) e Conceição (Séfora Rangel), sem sucesso.
Aliás, a cena em que Gibson dissimula perante todos os seus 'entes queridos' foi primorosa, exigindo uma entrega dramática de todos os atores. Destaque especial para Renata Sorrah (finalmente com um papel à sua altura) e José de Abreu, quando Nora esbofeteia o marido.
Outro grande momento que merece ser citado foi o resgate de Kiki (novamente sequestrada, desta vez por um delegado membro da facção), organizado por Zé Maria (Tony Ramos), Juliano (Cauã Reymond) e Dante. As cenas de tiroteio ficaram muito realistas e, logo após o salvamento da filha de Nora, Tony Ramos teve mais uma vez a chance de mostrar o grande ator que é. Foi impossível não ter se emocionado com aquele bandido se despedindo de Kiki e Aninha (Letícia Braga), dando um último adeus e dizendo o quanto as amava. "Minha única qualidade é a capacidade que tenho de amar", disse o controverso personagem, expondo bem a dubiedade daquela pessoa. Tony deu um show.
E uma das melhores sequências dessa reta final foi a que Gibson esculacha todos os integrantes da sua facção, em um momento claramente inspirado na clássica cena de "A Queda - as últimas horas de Hitler", filme exibido em 2004 ---- no longa, Hitler (Bruno Ganz) recebe más notícias de seus generais e se descontrola, gritando e humilhando todos. A cena de "A Regra do Jogo" teve esse impactante instante de fúria como referência (o próprio autor enfatizou a sua intenção no roteiro do capítulo) e José de Abreu teve a sua melhor atuação na trama. O ator proferiu o forte texto de João Emanuel Carneiro com maestria e sua entrega impressionou.
O próprio Gibson tem um quê de Hitler. Afinal, um dos mais cruéis homens do mundo queria 'salvar' a humanidade eliminando parte dela, enquanto o grande vilão da novela queria 'salvar' o país da corrupção, exterminando todos que pudessem 'atrapalhar' sua missão, através de uma perigosa organização criminosa. O momento em que o todo poderoso humilha seus capangas, joga um copo de água em Mara (Lorena da Silva) e aponta uma arma para Tio (Jackson Antunes) --- quando os dois se negam a subornar o delegado da Polícia Federal --- foi de tirar o fôlego. Além da interpretação primorosa de José de Abreu, as afirmações tenebrosas do personagem fizeram toda a diferença na cena.
Um trecho do texto genial do autor, que saiu da boca de Gibson e 'combinou' perfeitamente com o atual momento que o Brasil passa, merece ser citado: "Eu queria fazer alguma coisa pelo meu país. Eu queria mudar o Brasil! Mas não se pode mudar o Brasil se a gente tiver que contar só com brasileiro." "Todo brasileiro tem um preço, entendeu? Eu já comprei deputado, senador, juiz, desembargador. Já comprei ministro, cardeal. Eu já comprei lei no Senado. Como é que não vou comprar um delegadozinho de polícia federal? País de bosta! Povo ordinário! Vocês vão morrer pobres! Não merecem nada!"
Após essa grande sequência, a novela seguiu em ritmo frenético e a cena em que o vilão surpreende toda a família com uma arma apontada para a cabeça da filha Nelita (Bárbara Paz) foi assustadora. João Emanuel é mestre em cenas de suspense e mais uma vez mostrou essa sua capacidade. Já os momentos de tensão, enquanto Gibson mantinha a própria família refém, primaram pela densidade das interpretações. José de Abreu mais uma vez brilhou absoluto, enquanto Renata Sorrah, Marco Pigossi, Bruna Linzmeyer, Johnny Massaro, Bárbara Paz, Tony Ramos e Deborah Evelyn se destacaram durante toda a longa e difícil cena. Ainda houve o famigerado "Quem matou?" com o assassinato de Gibson durante a invasão da polícia.
"A Regra do Jogo" tem apresentado uma reta final empolgante, repleta de momentos eletrizantes e grandes cenas. João Emanuel Carneiro guardou ótimas sequências e tem feito por merecer a ótima audiência que tem marcado ----- obteve 37 de média semanal na penúltima semana em São Paulo e 41 no Rio de Janeiro. Que os últimos capítulos sejam tão bons quanto os que passaram.
A reta final está surpreendendo mesmo com ótimas cenas. Nem consigo mais perder como fazia antes. Mas ele demorou demais pra engrenar. Pena.
ResponderExcluirAssino embaixo! Está eletrizante. O capítulo de hoje chegou aos 41 pontos!
ResponderExcluirO José de Abreu fechou sua participação grandiosa na novela com chave de ouro. Os últimos momentos do Gibson foram de tirar o fôlego.
ResponderExcluirOlá,Sérgio, bom dia, que "A Regra do jogo" consiga manter o pique na reta final,antes tarde do que nunca, ...grande atuação do José Abreu e marcante a frase "Mas não se pode mudar o Brasil se a gente tiver que contar só com brasileiro."...o brasileiro que vê a burocracia dificultar o acesso à serviços públicos, abrindo brechas para o tão falado "jeitinho " , o brasileiro que vê muita impunidade , pois, os crimes são julgados por tribunais especiais (que julgam apenas questões relativas) e essa distinção abre brecha e leva à corrupção. Quando deveríamos usar o Código Penal,diretamente, para todos, do povo ordinário, passando pelo delegadozinho, cardeal, ex-presidente , presidente...
ResponderExcluirObrigado pelo carinho,feliz semana,belos dias, abraços!
Parecia série policial da melhor qualidade e é por isso que não deveria ser novela e sim série. Ficaria muito melhor de se acompanhar. A reta final é a prova.
ResponderExcluirEstá empolgante... Gostei! abração,chica
ResponderExcluirForam ótimas cenas mesmo. Aliás, tão sendo. O autor tem escrito cenas muito boas e tá eletrizante.Pena que poderia ter engrenado antes.E ontem deu 39 pontos! Velho Chico, como vc bem diz, terá que agradecer de joelhos.Pq A Regra do Jogo pegou 25 de Babilônia...
ResponderExcluirA Regra acaboou sendo sucesso mesmo contra a vontade de muita gente! Vão ter que engolir o JEC SIM! Muito bom ver o talento já comprovado de Zé de Abreu, Renata Sorrah (finalmente valorizada), Barbara Paz (incrível), Déborah Evelyn (ao qual tinha reclamado no começo que não tinha recebido o devido valor, retiro o que disse. JEC guardou o melhor pro final). Unico "senão" dessa história toda foi a "pasmaceira" do Dante, durante boa parte da novela, teve momentos que eu realmente preferi acreditar que ele tava se fazendo de bobo e ia prender o Gibson a qualquer momento.
ResponderExcluirPS: Cauã e Pigossi são ótimos (Pigossi principalmente, ele tem feito milagre com um bando de mocinho chato) precisam urgente sair dos bonzinhos, sendo eles justiceiros ou não. Torci muito pro Juliano virar um demônio no decorrer da trama tão ruim ou pior que o Zé Maria, seria uma chance pro Cauã sair do automático. E já ia esquecendo... ao menos pra mim, Romero não aconteceu. Sinto pelo Nero, talento disperdiçado, antes tivesse morrido no lugar do Orlando.
Observação rápida: Vi no tópico de Laços de Família que você não curtiu Fera Ferida e me surpreendi hahaha, o Edson defendeu bem demais o protagonista! Raimundo Flamel não seria o mesmo se fosse interpretado por outro ator.
ResponderExcluirGosto do JEC desde Da Cor do Pecado, ele é um dos melhores novelistas da atualidade
ResponderExcluirBig Beijos
www.luluonthesky.com
Sérgio, sua abordagem está muito boa. As cenas foram, de fato, excelentes. Para mim, Tony Ramos foi brilhante nessa novela, com destaque para sua mudança de visual e suposta regeneração. Alguns atores não agradaram e os núcleos paralelos foram uma decepção. Espero, como você, que os últimos capítulos mereçam aplausos. Bjs.
ResponderExcluirExcelente crítica, Sérgio. Parabéns. Realmente, há tempos tenho notado que JEC retrata, por meio dos personagens desta novela, os difíceis momentos atravessados pelo País, sobretudo, a corrupção. José de Abreu teve mais um importante papel numa novela do JEC (o outro foi o inesquecível Nilo, de Avenida Brasil), Renata Sorrah, Deborah Evelyn, Tony Ramos emocionaram. Bruna Linzmeyer está dando conta muito bem do seu papel, assim como Bárbara Paz. Enfim, nesta reta final, todos os atores estão de parabéns, e, principalmente, JEC, autor do qual sou fã.
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ResponderExcluirPerfeito, Sérgio!
Demorou, mas a novela emplacou em tempo de recuperar a audiência perdida.
José de Abreu foi fantástico e encerrou sua participação na trama com chave de ouro.
Adorei a sua referência ao 'famigerado "Quem matou?"'-rs.
A trama tem oferecido cenas ótimas e envolventes e também espero que os últimos capítulos sejam de agrado de todos que a estão prestigiando com a sua audiência.
Abraço.
A novela conseguiu melhorar significativamente nessa reta final, e olha que eu não tinha esperança de sair mais nada bom dela. Acho que o autor percebeu que não dava certo focar no protagonistas sem graça Romero, Juliano e Tóia e sacou que o grande trunfo da novela era a facção e a família Stewart mesmo. Aliás, parece mais que o Gibson era o protagonista, tão avulso o Romero ficou nessa reta final.
ResponderExcluirNão curti o Quem Matou, aliás já faz tempo que esse recurso perdeu a graça, e a situação em que tudo aconteceu me pareceu um plágio do Quem Matou de Avenida Brasil, com todo mundo correndo pra todo canto.
Mas a novela conseguiu prender, fato.
Até parei de andar muito em sites de Internet por que não quero levar spoilers. Espero que a novela tenha capítulos ainda melhores que o de segunda feira.
Abraços
A sequência na mansão que culminou no assassinato de Gibson foi a vez de A Regra do Jogo ter a famosa cena impactante, digna dos melhores roteiristas de cinema, que JEC sempre faz. Nina enterrada viva, Carminha desmascarada, a revelação de Flora com ela e Donatela cantando no carro, a morte do Gonçalo, Dr. Otto vivo e culpado pelas mortes, Bel vestida de mulher gato, a morte de Omar Pasquim, o assassinato de Afonso Lambertini e o casamento de Bárbara e Tony. Todas essas cenas me fizeram ver o quanto JEC é diferenciado. Texto impecável, atuações incríveis e direção competente.
ResponderExcluirA Regra do Jogo demorou a emplacar porque os mistérios sobre a facção e a indecisão de Romero foram mal explicadas e demoraram a fazer sentido, mas o autor mostrou que sabe prender o público. Ansioso pela próxima dele daqui a 3 anos.
Pena mesmo, Heródoto.
ResponderExcluirE o penúltimo deu 40 de média.
ResponderExcluirForam sim, Denise.
ResponderExcluirÓtimo comentário, Felis!
ResponderExcluirSeria melhor como novela das onze!
ResponderExcluirIdem, Chica.
ResponderExcluirTerá MUITO o que agradecer, Fernanda.
ResponderExcluirEu achei Fera Ferida horrível, Pamela. Ô novela ruim!
ResponderExcluirSou fã tb, Lulu.
ResponderExcluirMt obrigado, Marilene.
ResponderExcluirMuito obrigado, Elvira. E concordo com vc.
ResponderExcluirVamos torcer, Vera.
ResponderExcluirÓtimo comentário, Ed. E é verdade, os protagonistas sumiram na última semana.
ResponderExcluirGostei da sua retrô de cenas impactantes do autor, anonimo!
ResponderExcluirAh, Pamela, eu acho o Cauã mediano e o Marco ótimo. E já deu deles sendo mocinhos mesmo.
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