A novela foi, sem dúvida, a pior de João Emanuel Carneiro. Prometeu bastante e não cumpriu nem a metade. Entretanto, não pode ser considerada ruim. Foi um folhetim mediano, que conseguiu fechar seu ciclo com dignidade. A trama parecia promissora na primeira semana, quando começou a exibir a história de uma misteriosa facção criminosa, que tinha como um dos integrantes um ex-vereador defensor dos direitos humanos. A história instigante despertou atenção e o teaser de lançamento da produção provocou várias teorias a respeito do caráter de cada personagem. Ainda havia a promessa de um novo método de direção, apelidado pela diretora Amora Mautner de "Caixa Cênica". E, claro, a expectativa de acompanhar um novo folhetim do autor de quatro sucessos ("Da Cor do Pecado", "Cobras & Lagartos", "A Favorita" e "Avenida Brasil") era imensa.
Mas, ao longo do desenrolar do enredo, pouca coisa se mostrou realmente atraente de fato. O núcleo central sempre teve a sua força, mas a demora em desdobrar os acontecimentos prejudicou a novela. E o destaque cada vez maior de vários núcleos paralelos completamente avulsos e repetitivos deixou o conjunto ainda mais desanimador.
A trama causava a sensação de sempre ficar na promessa. E quando parecia que ia engrenar de vez, havia uma espécie de 'recuo', deixando a produção menos atrativa novamente. A própria "Caixa Cênica" se mostrou uma decepção. Afinal, o método ---- que consistia em espalhar câmeras pelo cenário, transformando as cenas em um quase "BBB", deixando os atores mais soltos ---- não apresentou mudança significativa em torno da direção das sequências. Pelo menos aos olhos do telespectador.
João Emanuel Carneiro chegou a dizer que essa era a sua novela mais masculina e foi perceptível a sua intenção. Repleta de perfis masculinos fortes, a novela do autor desta vez não se preocupou muito com os papéis femininos. A própria Atena (Giovanna Antonelli) passou longe de ser a quinta loira diabólica do escritor ---- após Bárbara, Leona, Flora e Carminha ----, uma vez que estava muito mais para trambiqueira profissional do que para uma peste sem sentimentos. Passou, ainda, tempo demais correndo atrás do Romero, demonstrando total falta de amor próprio. E Tóia (Vanessa Giácomo) começou como uma mocinha politicamente incorreta (capaz de roubar para salvar a vida da mãe), mas virou uma tonta cega algum tempo depois. Já Djanira (Cássia Kiss) era um contraponto, pois era uma figura forte e tinha nível de igualdade com os homens. Porém, ela foi assassinada no capítulo 43, deixando a história cedo demais ---- seu desfecho pouco acrescentou para o rumo da novela e foi uma morte bem equivocada.
Ainda mencionando os tipos femininos, Adisabeba (Susana Vieira) foi a maior decepção da história. A toda poderosa do Morro da Macaca vivia correndo atrás do filho Merlô (Juliano Cazarré) e era constantemente feita de idiota por Zé Maria, mas sempre houve a desconfiança sobre a sua real índole. Se ela fosse integrante da facção, com certeza beneficiaria o talento da atriz, provocando uma grande virada na trama. Mas, com a revelação do Pai, a personagem foi perdendo cada vez mais destaque, até assumir de vez o posto de 'perfil sem função'. No fundo, a perua da favela era apenas uma mãe que superprotegia o seu 'bebê' e se cegava diante das atitudes do pai de Juliano (Cauã Reymond). Nora (Renata Sorrah), Kiki (Deborah Evelyn) e Belisa (Bruna Linzmeyer) foram outras que ficaram na passividade por bastante tempo, embora tenham tido uma sucessão de grandes cenas na reta final merecidamente.
Os nomes realmente responsáveis pelo desenvolvimento do roteiro foram Orlando (Eduardo Moscovis), Zé Maria (Tony Ramos), Romero (Alexandre Nero) e Ascânio (Tonico Pereira), além, claro, de Gibson (José de Abreu), o maior vilão do enredo, apelidado de Pai. Os personagens ganharam bons contornos do autor e foram vitais para o vértice da história. Du Moscovis não teve tanto destaque no início, mas o autor compensou com os momentos derradeiros do canalha, que protagonizou várias cenas de tirar o fôlego. Alexandre Nero, após ter brilhado como o comendador José Alfredo em "Império", expôs sua competência ao interpretar magistralmente um tipo que tinha a covardia no DNA. Já Tony Ramos dispensa maiores comentários, pois sempre brilha. E não foi diferente com o ambíguo Zé Maria, que confundia até o telespectador. Por sua vez, Tonico Pereira esteve impagável vivendo o trambiqueiro oportunista mais carismático da novela. Roubou a cena.
E José de Abreu ganhou mais um presente de João Emanuel Carneiro, após o inesquecível Nilo, de "Avenida Brasil". Gibson esteve inicialmente apagado na história, mas a revelação sobre a sua verdadeira identidade, obviamente, provocou uma virada na trajetória do personagem, que cresceu absurdamente. O grande vilão do folhetim foi defendido com maestria e havia uma clara inspiração em figuras como o Hitler, por exemplo. Era um tipo que dava medo e impressionava pela frieza. O ator fez inúmeras grandes cenas e os momentos finais do homem, que queria acabar com a podridão do país através de uma perigosa organização criminosa, foram recheados de tensão. Até mesmo o manjado recurso do "Quem matou?" na última semana serviu para fechar com chave de ouro a participação do intérprete.
A trama central foi o grande trunfo de "A Regra do Jogo". Tanto que a audiência da obra começou a crescer à medida que o núcleo principal apresentava boas viradas. O enredo sobre a perigosa facção ---- que tinha como lema "Vitória na guerra, irmão!" ---- realmente prendeu atenção e as melhores cenas da novela vêm justamente do roteiro policial (os núcleos paralelos, lamentavelmente, não apresentaram cena alguma digna de menção). Porém, é necessário citar os vários furos presentes em todo o desdobramento dessa situação: o Pai, por exemplo, só surgia para poucos e confiáveis membros; mas, depois que sua identidade foi revelada para o público, aparecia para todos os integrantes da organização, sem maiores receios. E o excesso de ingenuidade de Dante (Marco Pigossi) abusou da paciência do telespectador, fazendo jus ao posto de policial mais burro da teledramaturgia. Enfim, o fato é que o autor se mostrou perdido em alguns momentos, apresentando falhas no desenvolvimento de seu próprio roteiro. Mas, ainda assim, a história que cercou a ação da organização criminosa proporcionou ótimos momentos e despertou interesse. João é um mestre do suspense.
Já os núcleos secundários prejudicaram muito a narrativa da história. Claramente com o intuito de imprimir leveza ao folhetim, o triângulo protagonizado por Merlô, Alisson (Letícia Lima) e Ninfa (Roberta Rodrigues) logo se esgotou e Juliano Cazarré não convenceu (o papel era bem parecido com o Adauto, de "Avenida Brasil", e sua interpretação foi quase a mesma). A família do bom vivant Feliciano (ótimo Marcos Caruso) teve altos e baixos, mas também está entre os pontos negativos. Apesar de algumas cenas divertidas, o núcleo tinha personagens demais e momentos que cansaram pela repetição. Alexandra Richter (Dalila), Otávio Muller (Breno) e Carla Cristina (Dinorá) --- além do próprio Caruso ---- foram os bons destaques em meio a situações que perderam a graça. Até mesmo o drama pesado de Domingas (Maeve Jinkings) ---- agredida pelo marido e apaixonada por um homem traumatizado ---- não funcionou, ficando avulso na novela. Outro núcleo que se perdeu por completo foi o do quarteto amoroso composto por Rui (Bruno Mazzeo), Indira (Cris Viana), Tina (Monique Alfradique) e Oziel (Fábio Lago).
A história também não foi muito feliz nos casais. A exceção foi o par formado por Romero e Atena, que roubaram a cena merecidamente. A química arrebatadora entre Giovanna Antonelli e Alexandre Nero (já vista em "Salve Jorge" com Helô e Stênio) funcionou novamente e nada mais propício do que uma novela sobre uma facção criminosa ter um casal de bandidos como protagonistas. Já o par formado por Juliano e Tóia não funcionou, assim como as idas e vindas de Merlô com as 'merlozetes' ---- implicando ainda no relacionamento do funkeiro com Mel (Fernanda Souza) e Janete (Suzana Pires) ----, além da relação de Úrsula (Júlia Rabelo) e Duda (Giselle Batista), que foi uma bobagem. Até mesmo os casais que tiveram química não foram bem desenvolvidos pelo autor: Cesário (Johnny Massaro) e Luana (Giovanna Lancellotti) esbanjaram sintonia, mas o romance teve conflitos bobos, e o romance quente de Belisa e Dante foi destruído para que o policial ficasse com a insossa Lara (Carolina Dieckmann).
E, vale mencionar, o núcleo central teria ainda mais força se João Emanuel ---- que foi muito feliz ao inserir um título para cada capítulo, mostrando criatividade de sobra e lembrando as séries ---- tivesse mostrado a história de Tóia e Dante desde a infância, com as crianças traumatizadas após a morte dos pais na chacina de Seropédica, e o surgimento da facção (sem mostrar a identidade do Pai, obviamente). Também valeria a pena exibir a adoção de Tóia e a forma como Djanira criou Romero, assim como foi o início da sua relação com Ascânio. O público se envolveria imediatamente com o enredo e não demoraria tanto para comprar a história. Ele ter começado já com Romero fazendo acordo com os marginais foi bastante equivocado e passou uma impressão do folhetim ter iniciado na metade. Outra medida necessária era a maior inserção dos núcleos paralelos ao principal. Colocar Feliciano sendo primo de Gibson não foi o bastante. Eles mal contracenaram.
Mas, entre erros evidentes e acertos, o autor conseguiu apresentar uma reta final empolgante. Os instantes finais de Gibson foram eletrizantes e entre as grandes cenas protagonizadas por José de Abreu estão: o momento em que o Pai humilha seus 'funcionários' (em uma cena claramente inspirada no filme "A Queda - as últimas horas de Hitler"), a hora que faz a própria família refém e quando é assassinado. A ascensão de Zé também provocou uma boa virada, uma vez que o bandido aparentava estar realmente arrependido de tudo o que fez. A morte de Tio durante uma emboscada da polícia foi outro instante momento que primou pelas cenas de ação, enquanto o flagrante que Zé deu em Atena e Romero tirou o fôlego do público. E o sequestro de Cesário ajudou a movimentar mais ainda os derradeiros momentos da trama.
Já o penúltimo capítulo (que marcou 40 pontos) mesclou momentos românticos com bastante suspense. O enfrentamento entre Zé Maria e Juliano foi arrepiante, destacando Cauã Reymond e Tony Ramos. Aliás, Tony ocupou o posto de grande vilão nos instantes finais e honrou a confiança do autor. Que grande ator ele é. As sequências de perseguição ficaram muito bem realizadas e o contraponto das cenas de ação foi o lindo momento protagonizado por Romero e Atena. A estelionatária e o bandido se declararam e casaram em uma 'cerimônia' celebrada por Ascânio, a única testemunha presente. Alexandre Nero, Giovanna Antonelli e Tonico Pereira protagonizaram uma das cenas mais lindas da novela, com destaque para o momento em que os três dão um abraço sincero e afetuoso. O trio, aliás, foi um dos maiores acertos do folhetim.
Porém, o último capítulo apresentou altos e baixos, fazendo jus ao que foi o conjunto da obra, teoricamente. O primeiro bloco tirou o fôlego com Zé Maria mandando Romero matar Juliano, deixando todos em desespero. No tenso momento, ainda foi revelado que Zé foi quem assassinou Djanira, se mostrando um monstro. Tony Ramos deu um show. E após muita tensão psicológica, o novo Pai da facção manda o seu capanga matar o próprio filho, mas Romero mata o bandido e salva Juliano, enquanto Atena atira em Zé e Zé mata Romero. Uma grande cena. O ex-vereador, que fracassou como vilão e como mocinho, ainda 'dança' a sua música preferida (Trouble - Elvis Presley) e cai no chão, agonizando. O último instante que Atena fica com seu amor foi emocionante, com direito ao último beijo. Giovanna Antonelli passou toda a dor da sua personagem e Alexandre Nero brilhou.
O final da novela também contou com a libertação de Tóia, cuja cena foi uma espécie de 'primeiro capítulo ao contrário', pois, na estreia, a mocinha esperava Juliano sair da cadeia ao lado de Djanira. Agora, foi a vez de Juliano, Adisabeba e Merlô esperarem a saída dela. Vanessa Giácomo e Susana Vieira emocionaram. Houve também uma longa cena do casamento de Adisabeba e Feliciano (casal que poderia ter rendido boas cenas se o autor não tivesse deixado tudo para o fim) e ainda foi revelado o assassino de Gibson. Belisa confrontou a tia, a mãe e a avó, que acabaram se revelando cúmplices. Nora tentou assumir a autoria do crime, mas quem matou o Pai foi Kiki, se vingando de todos os anos que passou presa por ele. A cena foi muito boa, destacando Deborah Evelyn, Bruna Linzmeyer, Renata Sorrah e Bárbara Paz. Já a última sequência foi a melhor do desfecho: Atena e Ascânio praticando golpes ---- os dois em Veneza, na Itália, se passando por Chiara Vitorino e Conde Vitorino. Apesar da canalhice ter continuado, a 171 doou 10% da sua fortuna para o hospital de Tóia e ainda virou uma ótima mãe, criando Romerito, o filho de seu grande amor. Ela e o 'velho', aliás, formaram uma família. A imagem de 'Francineide' segurando a criança emocionada, ao som de Photopraph (Ed Sheeran), foi linda, encerrando a história dignamente.
"A Regra do Jogo" passou longe de ser uma novela grandiosa, contrariando todas as expectativas que provocou na crítica e no público. Mas, apesar de todos os erros e tropeços, a trama de João Emanuel Carneiro teve êxito na missão de elevar a audiência do horário ---- fecha com média geral de 28,4 pontos, três a mais que a fracassada "Babilônia" ---- e entrega a faixa para "Velho Chico" marcando acima dos 37 pontos, chegando a picos de 40. Entre equívocos e êxitos, a história conseguiu apresentar bons momentos e encerrou com um bom desfecho. Entretanto, é fato que prometeu muito e cumpriu pouco. Se tivesse sido uma série policial ou uma novela das onze, somente focada na trama central, a qualidade seria bem maior. Uma frustração, portanto, se torna inevitável.
Como diria o Lulu Santos: "Não vou dizer que foi ruim, mas também não foi tão bom assim...
ResponderExcluirPerfeito balanço final, como já virou rotina. Concordo que teve bons momentos e a trama central era boa, mas deixou a desejar no conjunto. Boas observações as suas. Ainda assim acho que a nova novela será muito pior.
ResponderExcluirEstava esperando sua crítica final pq é sempre a melhor.
ResponderExcluirConcordo. Com A Regra do Jogo, João Emanuel Carneiro resolveu superar seus próprios limites e criou uma trama policial um tanto complexa e soturna pra ser exibida no horário nobre, mas nem tudo saiu como o esperado. A novela teve ainda o azar de estrear exatamente quando a Record exibia os momentos mais aguardados de Os Dez Mandamentos, que havia sugado o público que fugiu da novela anterior, a desastrosa Babilônia. Os núcleos paralelos não funcionaram e a trama central demorou pra deslanchar de fato. Mas com a chegada de Kiki e a revelação de Gibson era o Pai da facção criminosa, aí o autor começou a contar uma história interessante de fato, apesar das mortes precoces de Djanira e Orlando. Nesse momento, a trama ganhou finalmente um grande vilão(Gibson) e a família Stewart, que parecia meio deslocada, tornou-se o núcleo protagonista.
ResponderExcluirMas a novela prendeu o público mesmo quando a máscara do anti-herói Romero Rômulo foi caindo, primeiro para Dante(o filho adotivo que o idolatrava tanto) depois para Tóia(que havia se casado com o canalha e estava grávida). Nesses dois últimos meses, pode-se dizer que A Regra do Jogo se tornou uma legítima obra do João Emanuel Carneiro e, além de levantar a audiência, ainda ganhou alguma repercussão. Achei o último capítulo muito bom, com exceção das cenas longas do casamento de Feliciano e Adisabeba(que foi um bom desfecho para os dois personagens, que podiam ter rendido bem mais, mas poderia ter sido desenvolvido antes em vez de ocupar considerável espaço no final). Muitos acharam óbvio a Kiki ter matado o Gibson, mas eu acho que até surpreendeu, pois hoje de manhã a coluna Retratos da Vida publicou uma nota que dava a entender que a assassina era a Nora, porque a arma dela foi usada no crime. Além disso, foi divulgado depois que a cena da morte do Gibson foi regravada... Não sei se mudaram na última hora, mas o final que foi ao ar acabou sendo o mais coerente. Outra revelação que surpreendeu foi Zé Maria ter matado Djanira. Acho que, mesmo ele sendo um vilão, era o suspeito menos óbvio desse crime(que tinha sido até esquecido pelo autor). As cenas finais de Atena e Ascânio também foram ótimas e encerraram muito bem a saga.
Sempre achei que A Regra do Jogo funcionaria melhor se fosse um seriado policial com poucos episódios e não uma novela longa. A reta final evidenciou isso. Mas mesmo com os tropeços, a trama deu a volta por cima e sai de cena com a sensação de dever cumprido. A ousadia de se apresentar uma novela com ritmo de série no fundo valeu a pena e deixou lições importantes para outros folhetins que vierem, no futuro, a buscar caminhos parecidos.
Olá,Sérgio...parabéns pela sua análise final ,tive que ler tudo para ficar por dentro, pois, nem sabia que a novela terminou e pelo jeito e com certeza,a plim-plim ficou satisfeita, porque conseguiu elevar a audiência e creio que , como citou,um dos maiores problemas foi que os núcleos estavam muito distantes um do outro, isso quando apareciam e pior, não interligava com a principal, e o bom foi a a mensagem principal , que sempre teremos dois lados, e que somos capazes de escolher em que lado queremos lutar...
ResponderExcluirObrigado pelo carinho,bom f.d.s, abraços!
Valeu a novela , mas com grandes ressalvas... Não gostei do último capítulo! Mas enfim, me prendeu... abraços, chica
ResponderExcluirÓtimo texto, os nucleos paralelos foram o pior da novela e a novela só engrenou msm quando revelaram que o gibson é o pai , romero e Atena foram o melhor casal ,o único que funcionou,eu gostei do final apesar dos outros núcleos a cena final foi da verdadeira protagonista da novela que smp foi a atena ela apesar de mt tempo ter ficado só correndo atras do romero mais era um perfil mt dúbio que foi mostrado melhor na reta final, belisa smp foi um dos melhores personagens pra mim ,deveria ter terminado com o dante e não a lara que n serviu de nd pra novela,toia foi idiotilizada dms,adisabeba n teve função, kiki,nelita e nora se mostraram personagens ambiguos e fortes na reta final da novela, zé maria foi um dos melhores personagens no estilo q o Jec sabe criar bem que era mt contraditório e no final se revelou um vilão cruel,o desfecho do quem matou eu gostei fez sentido e bemm melhor q aquele final patético de babilônia, a novela no geral foi bemm mediana msm e com ctz esperavamos mt mais dela mais foi a melhor desde amor a vida pra mim , e o maior acerto do autor pra mim foi os personagens ambiguos que tem em tds as novelas dele msm q alguns tenham demorado a funcionar
ResponderExcluirRealmente, A Regra do Jogo prometeu bem mais que cumpriu. Mesmo assim, foi mais digerível que muitas de suas antecessoras. Os núcleos paralelos foram péssimos de início a fim, sendo que o único núcleo pretensamente cômico que me fez rir de vez em quando foi o do Feliciano. Ele, aliás, era um bom personagem pessimamente aproveitado. Assim como Atena, Adisabeba e muitos outros. Até da Domingas eu gostava. Mas a trama dela era muito ruim. Quando ela apanhava do Juca, era tudo muito gratuito, mas ainda melhor do que essa trama podre do César. Deus, acho que essa foi a pior trama paralela que já vi na vida! Suportava mais o núcleo dos quatro bebezudos do que ele. O Merlô dispensa comentários. Festival de besteiras do início ao fim.
ResponderExcluirAgora indo ao que interessa, a trama principal foi a melhor coisa da novela (a única na verdade). Romero foi um tipo que me despertou nojo e raiva com o tempo, mas Alexandre Nero esteve muito bem e segurou o personagem até o fim. Espero que agora ele fique uns bons anos longe da TV por que não suporto mais olhar pra cara dele. Vanessa Giácomo teve a ingrata missão de fazer o papel dessa péssima mocinha. Aliás, essa é a primeira vez que vejo protagonistas tão avulsos em plena reta final. Romero e Atena poderiam ter sumido na lua de mel que não afetariam tanto, senti a chegada do Zé no local onde eles estavam muito forçada, mas fazer o quê. A cena foi boa. Venderam tanto a tal vingança da Tóia que durou uma semana e depois a personagem simplesmente sumiu.
Sobre o último capítulo, o primeiro bloco foi muito bom. Achei o Romero dançando na hora da morte genial. Atena e Ascânio emocionaram. Zé se revelou um monstro por ter matado a Djanira, apesar de acreditar que JEC inventou isso de última hora. Aliás, toda essa situação do Zé virando o grande vilão me lembrou muito o final de Avenida Brasil, quando Max morreu e Santiago virou o grande vilão da novela.Até o Gibson morrendo em meio a uma correria foi igual.Eu preferiria que não houvesse o quem matou e Gibson fosse o grande vilão até o fim. Deborah Evelyn, Renata Sorrah, Bárbara Paz e Bruna Linzmeyer se destacaram e emocionaram na revelação do assassinato do Pai. Agora, torcia pra Belisa ficar com o Juliano, mas como não deu, que pelo menos ficasse com o Dante. Não entendi a necessidade de juntar ele com a Lara. Que ela aparecesse pra destruir o Orlando e só, tudo bem. Aliás, Orlando foi um personagem chato, mas conseguiu grande destaque em sua morte. Fico imaginando como teria sido se ele tivesse sido gay e com o amante jovem. Sempre teorizei que esse jovem seria o Kim, e que isso interligaria os núcleos. Pena que foi tudo limado.
A proposta inicial do Romero, de sua redenção pelo amor à Tóia e pela doença acabou não acontecendo. A doença só apareceu uma vez na reta final por conveniência do roteiro e depois nunca mais. A redenção acabou se perdendo. O grande destaque foi mesmo Atena. Apesar de não ter sido uma vilã de verdade, foi uma boa personagem, juntamente com o Ascânio.
Enfim, no fim das contas, A Regra do Jogo cumpriu sua missão de recuperar os índices e pode descansar em paz agora. Que venha Velho Chico, da qual não espero muita coisa. Mas mesmo que seja ruim, não vou sentir falta de A Regra do Jogo não.
Abraços
Perfeito o texto!
ResponderExcluirNão vou negar esperava mt de "A Regra do Jogo" e para mim ela pouco cumpriu, tramas paralelas horríveis e uma trama central q demorou mt para se desenrolar, tanto q nem cheguei a acompanhar a novela, com exceção agora dessa reta final eu assistia sem grandes compromissos, geralmente quando aparecia alguma chamada q me despertava atenção.
Mas quero falar primeiro do q gostei nela. A grande graça da nova novela do JEC era a ambiguidade dos personagens, citando o Pedro Bial mais recentemente, a quebra do maniqueísmo (BBB tbm é cultura), esse julgamento entre bem ou mal sem nuances, mt característico das novelas.
Aqui não, pelo menos os personagens da trama central (os q importavam) todos tinham seu lado claro e escuro. Não atoa na abertura tinha as peças de xadrez claras e escuras brigando de igual para igual. Os personagens da novela eram assim como a última peça de xadrez formada na abertura formados por pedaços negros e claros. A "mocinha" q roubou no inicio da novela e quis e quase matou, algo q eu acredito ter sido inédito numa novela e a trambiqueira Atena tinha uma história de amor verdadeira com Romero e por ele era capaz de td, com direito a uma cena de casório nos últimos capítulos coisa reservada para os mocinhos geralmente. Até o Gbson tinha algum ideal por traz de toda a sua maldade. Ou seja a trama quebrava todas essas obviedades. Nas séries isso ja existe aos montes mas aqui no Brasil por algum motivo as pessoas acham q a tv tem q educar, o pessoal não sabe diferenciar ficção da realidade, e por isso talvez q ela tenha perdido para "os dez mandamentos" q é oposto.
Agora o q não gostei. Para mim João Emanuel tinha uma história policial na cabeça mas tinha q transformar numa novela, afinal um produto de cento e tantos capítulos não se sustenta só em trama central e assim foi preguiçosamente montando as subtramas e ai toda a criatividade do núcleo central e a elegância dos episódios q começavam por títulos eram quebradas por coisas como merlo e as merlosetes, aqueles dois casais toda hora trocavam de cônjuges entre si, domingas e sua história avulsa q ainda conseguiu ficar mais avulsa ainda com a entrada da quele cara q esqueci o nome, enfim...
Segunda-feira vem ai Velho Chico sendo vendida como o "novo romance das nove" e tem tudo pare ser o oposto q "A Regra do Jogo" foi em termos de criatividade e quebra de paradigmas. Acho uma palhaçada essa história de "o publico esta cansado de histórias violentas", tanto q assim como vc falou a audiência da novela só fez aumentar quando teve maior foco na trama central, o publico quer sim boas histórias, por isso acho essa divulgação do Velho Chico desmerecendo a Regra do Jogo um grande erro, mas devo dizer q pelo menos essa primeira fase tem me chamada mt a atenção pelas chamadas, claro graças a belíssima direção.
"A Regra do Jogo" chega ao fim com uma pergunta não respondida: por que a Adisabeba usava roupas pretas no teaser da novela?
ResponderExcluirVocê é mesmo muito bom em análises finais, Sérgio. Apontou com maestria todos os acertos e os defeitos dessa novela. "A Regra do Jogo" foi longe de ser uma tragédia como Babilônia, mas a trama realmente não me prendeu a ponto de desejar acompanha-la sempre. Desanimei mesmo.
ResponderExcluirA morte da Djanira foi sem duvida o maior erro do autor. Ela era a minha personagem favorita - acredito que de muita gente - e tira-la da historia foi terrível.
Sobre a Adisabeba, eu já havia dito aqui que ela também me decepcionou demais. Gibson convenceu como vilão, mas teria sido incrivel se o "O PAI" fosse uma mulher. Pois como vc bem apontou, a maioria dos vilões de A Regra do Jogo eram personagens homens, e ter uma mulher chefiando todos eles daria uma virada interessante na trama.
Sobre os casais, realmente só Atena e Romero convenceram. Eu fui uma que shippava o Juliano com a Belisa com fervor, e odiei quando ele voltou pra Tóia. Sobre os demais, eu prefiro nem comentar. Tambem prefiro nem comentar sobre os nucleos paralelos com Merlo e cia, aquela troca de casais clichê e chata, Juca batendo em Domingas, César com falta de memória, etc. É melhor esquecer.
O que eu mais adorava eram as cenas da Atena com o Ascânio. Melhor dupla de trambiqueiros EVER. Adorei o final dos dois, praticando golpes na Italia e morando juntos como uma família. Foi digno.
Abraços!
Boa crítica, Sérgio, mas eu gostei muito da novela, para a qual dou nota nove. Só tiro um ponto devido ao excesso de personagens e situações desnecessários. Fiquei emocionada, no capítulo final, durante a troca de tiros, com Romero, que nunca matou ninguém e sempre viveu o conflito entre o bem e o mal, optando pelo primeiro lado e se transformando num herói, a ponto de levar o seu nome no hospital criado por Toia, no Morro da Macaca, e com a ajuda de uma misteriosa "italiana", assim demonstrando o eterno amor de Atena por Romero, que, para mim, foi o grande chamariz da novela, ao lado, é claro, das ações da facção. Mas achei que a tal esclerose múltipla da qual ele era vítima, mal deu seus indícios. Também foi emocionante saber que Atena conseguiu realizar seu maior sonho, que era ter um filho do homem amado, o Romerito. Só não entendi o porquê do Zé Maria ter matado Djanira, a quem chamava de "grande amor" da sua vida. Quanto ao assassinato do Gibson, primeiro, pensei que fora praticado por alguém da facção, após tantas humilhações sofridas, mas, pensando bem, Kiki realmente tinha motivos para matar o pai, que destruíra a sua vida. Também achei comovente a atitude das demais membros da família, compreendendo as razões dela. Eu preferia que Belisa, uma garota tão bacana, ficasse ou com Dante ou com Juliano. Acho que a facção não terminou, com a morte dos seus líderes. Em pequena proporção, aconteceu o mesmo com o assassinato de Osama bin Laden, que, mesmo morto, não fez com que a Al Qaeda deixasse de existir. Realmente, eu esperava mais do papel da Adisabeba, que, em certo momento, pensei que fosse a Mãe da facção. Concordo que a cena do casamento de Atena e Romero, tendo Ascânio como testemunha e tocando a belíssima Photograph, foi linda, assim como o abraço afetuoso do trio. Tonico Pereira merece todos os aplausos, assim como Tony Ramos, Alexandre Nero, Giovanna Antonelli, Deborah Evelyn, José de Abreu, Cassia Kis Magro (como lamentei a saída dela da novela!), Eduardo Moscovis, Marco Pigossi. Posso ter esquecido alguém. Em resumo, gostei da novela.
ResponderExcluirSó para completar, não vi utilidade alguma na tal Caixa Cênica.
ResponderExcluirTony e Giovanna GENIAIS!!! Você olha laços de Família a tarde e depois assiste A Regra nem parece as mesmas pessoas. Como você diz: "São atores!"
ResponderExcluir
ResponderExcluirOlá Sérgio,
Crítica perfeita!
Suas considerações fizeram uma abordagem excelente acerca dos pontos positivos e negativos da trama bem como sobre a qualidade ou não do desempenho dos atores na representação dos respectivos personagens.
Zé Maria confundiu mesmo, pois até eu cheguei a me iludir sobre ele. O cara era mau mesmo e eu pensando aqui na hipótese de sua regeneração. Que viagem!rsrs.
Também achei equivocada e precoce a morte de Djanira.
Gostei mesmo foi dos momentos protagonizados por Romero e Atena (Alexandre Nero e Giovanna Antonelli), tanto no 'casamento' quanto nos momentos finais, repletos de emoção. Perfeito o encerramento com Atena e Romerito.
Não foi mesmo uma novela grandiosa, mas ofereceu cenas bacanas, com belas interpretações.
Parabéns!
Ótimo final de semana.
Abraço.
Confesso que fiquei um pouco frustrada com essa novela. Criou-se uma grande expectativa e não foi 1/3 do que Avenida Brasil.
ResponderExcluirboa semana!
Big Beijos
www.luluonthesky.com
Sérgio, sua análise não merece qualquer reparo. Você abordou todos os aspectos que merecem aplausos, bem como os que resultaram em fracasso. A doença de Romero não foi explorada e se perdeu. Os núcleos que deveriam funcionar como cômicos decepcionaram e cansaram. Meus cumprimentos ficam para Tony Ramos, que brilhou durante toda a novela. Bjs.
ResponderExcluirNem sabia que essa porcaria acabou, kkkkkk, as novelas da globo hoje em dia tem uma "repercussão" invejável...
ResponderExcluirMt bom, Larissa. haha
ResponderExcluirFico feliz, William!
ResponderExcluirValeu, anonimo!
ResponderExcluirJlgiam, o seu comentário foi preciso. Concordo com tudo. Só não acho que tenha cumprido sua missão pq ficou bem aquém do esperado. Mas não foi ruim.
ResponderExcluirQue bom que gostou, Felis! abração!
ResponderExcluirEntendo, chica. bjssss
ResponderExcluirGostei do comentário, anonimo.
ResponderExcluirSeus comentário sempre precisos, Ed. Eu assino embaixo desse e endosso tudo. abçs
ResponderExcluirPerfeito seu comentário, Gabriel. E eu tb esperava muito e por isso me decepcionei. Mas a-pesar de tudo não foi péssima, foi mediana. Mas decepcionou sim. E concordo com absolutamente tudo o que vc escreveu, inclusive sobre Velho Chico. abçs
ResponderExcluirNunca saberemos, Luciano.
ResponderExcluirMuito obrigado, Alguém! =) E eu tb me desanimei várias vezes. Seria mesmo mt melhor que o Pai fosse uma mãe ou então houvesse uma Mãe acima do Pai. O lado bom foi o maior destaque da Renata Sorrah. Eu nunca criei expectativa de Belisa e Juliano pq sempre ficou claro que ele e Tóia se amavam, mas Dante e Belisa terem se separado foi sem nexo algum. Abraços!
ResponderExcluirPuxa, Elvira, não imaginava que vc tinha gostado tanto da novela. Achei mediana msm. E a morte da Djanira foi um erro grave e que nada acrescentou. So prejudicou a novela. Adisabeba parecia promissora, mas ficou avulsa com a revelação do Pai. Atena, Ascanio e Romero formaram um impagável trio e deu mt certo. bjs
ResponderExcluirAh, nem eu, Elvira.
ResponderExcluirSão mesmo, Pâmela.
ResponderExcluirPois é, Vera, o Zé Maria enganou até a gente. rs Bjão
ResponderExcluirNão foi msm, Lulu. bj
ResponderExcluirA Esclerose Múltipla foi jogada fora, Marilene. Não foi explorada como deveria. E obrigado pelo carinho. bjs
ResponderExcluirFantástica essa critica!!!
ResponderExcluir