O "Zorra Total" estreou em março de 1999 e inicialmente era apresentado às quintas-feiras, até ser substituído pelo já extinto jornalístico "Linha Direta", migrando para os sábados, onde se estabeleceu. A fórmula do humor popularesco e repleto de bordões sempre foi a grande identidade deste programa, permanecendo assim por quase 16 anos e recebendo um ótimo retorno da audiência. Várias expressões e personagens emplacaram e caíram no gosto popular ao longo deste tempo. Porém, no dia 9 de maio de 2015 uma nova fase foi iniciada em um dos humorísticos mais longevos da Globo.
Saiu Maurício Sherman, que dirigiu a atração por 15 anos, e entraram Maurício Farias e Marcius Melhem, dois dos responsáveis pelo excelente "Tá no Ar: a TV na TV" ---- este que conta também com a colaboração de Marcelo Adnet. E o DNA do elogiado humorístico, que estreou em 2014, já pôde ser visto no novo "Zorra", que agora conta com esquetes bem mais rápidas (que também se assemelham a programas como o "Viva o Gordo", por exemplo) e quadros sem personagens fixos. Os bordões foram abolidos, assim como as gostosas presentes em vários momentos. As claques (risos e aplausos programados), outra característica do antigo formato, também acabaram.
Mas apesar destas alterações drásticas, vários atores do "Zorra Total" foram mantidos no elenco. Nomes como Antônio Pedro, Tony Tornado, Fabiana Karla, Rodrigo Sant`anna, Thalita Carauta, Mariana Santos, Nelson Freitas, Paulo Silvino, Agildo Ribeiro, Nizo Neto, Sebastião Vasconcellos, Tadeu Mello, entre outros, seguem na atração, que também ganhou novos integrantes:
Welder Rodrigues (que já fez parte da trupe anos atrás vivendo o Jajá), Georgiana Góes e Verônica Debom (os três vindos do "Tá no Ar"); Débora Lamm e Renata Castro Barbosa (as duas, inclusive, fizeram parte do extinto "Junto & Misturado"); Luís Miranda, George Sauma, Dani Calabresa (recém-saída do "CQC"), além de mais alguns. Ao todo serão 45 atores, praticamente o mesmo número de intérpretes escalados para uma minissérie ou novela com um time mais enxuto.
O programa de estreia evidenciou um maior capricho na elaboração das esquetes, que contaram com produção bem mais trabalhosa e em diferentes estilos de cenários, incluindo ainda gravações em externas. Esquetes muito rápidas eram intercaladas com outras um pouco mais longas e, como não poderia deixar de ser, nem todas as piadas funcionaram. Porém, a reformulação surtiu efeito, conseguindo deixar a atração ágil e sem aquelas situações repetitivas que já haviam se desgastado no formato anterior. Até porque, agora, se a esquete apresentada for ruim, haverá a certeza de que a mesma não será repetida no próximo sábado, o que não ocorria antes.
O ponto alto deste primeiro programa que iniciou a nova fase foi, sem dúvida, o musical cantado por todos os integrantes, que sacaneou não só eles mesmos, como também a concorrência e outros contratados da emissora. Algumas partes da inspirada e hilária letra, inclusive, merecem ser mencionadas:
"Todo mundo quer saber pra onde vai a economia, se o glúten faz mal à saúde e a idade da Glória Maria. Mas neste momento, a grande questão mundial é o que vai rolar no novo Zorra, afinal. Mas, se por acaso, a audiência não bombar, Valéria e Janete podem ressuscitar... Podem por no ar de volta a receita conhecida: dois peitões, que 'bichona', 'como sou bandida'... Mas esse programa que você vai ver, só tem uma certeza: ninguém sabe o que vai ser. Pode entrar, a casa é sua. Se não gostar, estamos na rua... ou na Rede TV!".
Após este ácido deboche em forma de música, várias esquetes foram apresentadas ao longo de 50 minutos. Este, aliás, será o tempo do programa, que terá 20 esquetes por sábado. Um número bem maior do que havia antes, o que exige mais trabalho e investimento, obviamente. Entre os melhores momentos desta estreia, estão a vingança da vovozinha (interpretada pela ótima Dani Calabresa) contra o atendente de telemarketing, o assalto a banco que priorizou os idosos, cadeirantes e afins, e as piadas em cima da idade da pedra. Já os quadros mais longos, como o do pedido de demissão e o da briga das aeromoças não foram engraçados. Mas é justamente esta alternância de situações hilárias com outras ruins que faz parte de toda atração humorística. O grande desafio a partir de agora será manter o fôlego toda semana, procurando sempre apresentar esquetes novas, o que não será nada fácil.
E, para não haver injustiça, é preciso mencionar que o "Zorra Total" já foi um programa muito bom. Há anos que o formato estava desgastado e já não emplacava mais personagem algum ---- o último estouro foi a dupla Valéria e Janete em 2011. Mas como esquecer dos áureos tempos da atração que contava com Andrea Beltrão, Chico Anysio, Denise Fraga, Cláudia Jimenez, Pedro Cardoso e até Renato Aragão?! Ou então não lembrar a época que o humorístico tinha o grande Francisco Milani vivendo o adoravelmente irritado Seu Saraiva, que não tolerava pergunta idiota?! Vale lembrar também o casal Epitáfio e Santinha, cujos intérpretes (saudosos Rogério Cardoso e Nair Bello) não se aguentavam de tanto rir um do outro. Enfim, não faltam boas recordações. Entretanto, é fato que do jeito que estava não dava para continuar. As piadas repetitivas e os quadros que não tinham a menor graça precisavam acabar.
As reformulações fizeram muito bem ao programa e acertaram com a permanência do nome "Zorra", tirando apenas o "Total". A marca era muito forte e não haveria necessidade de eliminá-la, ainda mais correndo o risco de perder parte do público que acompanha a atração há anos. E depois de quase 16 anos mantendo a mesma fórmula, é incontestável que uma mudança se fazia necessária. Ainda que as alterações afugentem uma parcela da audiência (o que não ocorreu ainda, pois a estreia contou com um aumento nos índices).
O novo "Zorra" teve um bom recomeço e Maurício Farias e Marcius Melhem conseguiram mexer positivamente em um programa que estava cheirando a mofo. Ainda está muito longe de ser um "Tá no Ar" ---- até porque as propostas e os tempos são diferentes, apesar de haver sim, como já mencionado, um pouco do DNA ----, mas o formato ficou bem melhor do que era. Se dará certo em termos de audiência e graça, nem eles mesmos sabem, entretanto, a iniciativa de sair da mesmice e arriscar foi mais do que válida.
Eu me surpreendi porque achava que não tinha mais solução.Só acho que pra fazer o que fizeram, seria mais honesto colocar o Tá no Ar no lugar.
ResponderExcluirMelhorar melhorou, mas tem gente demais.
ResponderExcluirOlha, achei beeem melhor do que eu esperava. E ate melhor que o programa do Adnet que particularmente não acho a menor graça nele. Lembrou o comedia MTV que pra mim foi o melhor programa de humor da TV depois do TV pirata mas quase ninguém assistia porque era de um canal fechado. E a Dani Calabresa é genial!
ResponderExcluirConseguiram um milagre que foi deixar esse programa engraçado ainda que só por alguns momentos. Não sei se o populacho vai gostar porque a audiência gostava daquele lixo de bordões e piadas apelativas.Mas a mudança foi boa.
ResponderExcluirEu continuo achando muito ruim, mas se compararmos com o que dera, concordo que deu uma evoluída.
ResponderExcluirEu gostei. Não ri de tudo, mas ficou mais inteligente, crítico e menos popularesco. Gostei de vc ter relembrado os bons tempos do programa com Nair Bello, Francisco Milani e Rogério Fragoso.
ResponderExcluirContinuo achando uma porcaria.
ResponderExcluirAs esquetes rápidas ficaram bem melhores, mas as longas continuam muito fracas. Vamos ver como tudo se encaminha.
ResponderExcluirNão sei porque ainda insistem com esse programa. Detesto.
ResponderExcluirBig Beijos
Lulu on the Sky
Fala Sérgio, quanto tempo!
ResponderExcluirEu quase não vejo a Rede Globo, acompanho mais o que rola lá através de seu Blog, mas como todo mundo me acostumei a ver coisas boas na década de 80 e 90, e fui deixando de lado a medida que as partes humorísticas como Viva o Gordo, TV Pirata, Balança mais não cai, etc...e mais recentemente Casseta e Planeta ( mas que diabos vai acontecer com seus integrantes? ) Os Normais e vários outros foram desaparecendo do mapa. Tem uma geração nova pintando porai, excelentes nomes, mas isso nunca foi problema no Zorra, é só você ver o que Marcos Veras, Marcelo Freitas, etc.. e os antigos integrantes faziam individualmente pra entender que falta de material humano nunca foi o problema. Mas falta de liberdade editorial. Isso deu uma afrouxada nesse novo Zorra, porque antes você nem podia mencionar o nome de uma outra emissora que eles cortavam. Se eles deixarem os caras criarem, e não ficar "engessando" o formato,pode até ser que emplaque
Abraços
Eu nem sabia que ia mudar, mas vi uma chamada na semana e acabei pagando pra ver. Não é que melhorou mesmo? Tá longe de ser maravilhoso, mas ao menos agora dá pra rir de algumas coisas.
ResponderExcluirRi com a Dani Calabresa mas com os outros não embora tenha havido mesmo uma melhora significativa no programa.
ResponderExcluirSergio, sempre tive "pavor" desse programa (rss). Não sei como alguém poderia se interessar por ele. As chamadas até que demonstraram que haveria mudança substancial, tonando-o mais atraente. Mas não arrisquei (kkk). Bjs.
ResponderExcluirJá gostei do Zorra Total,
ResponderExcluirmas depois comecei achar insuportável.
E depois que foi repaginado, ainda não assisti.
Ótimo domingo Sérgio \o/
Bjs!
ResponderExcluirOlá Sérgio,
Há muito parei de ver 'Zorra Total'. Vi as chamadas para o 'Zorra' repaginado, mas não me animei a ver. Bom saber que as mudanças tendem a melhorar o programa, pois estamos carentes de bons programa humorísticos.
Abraço.
Isso é verdade, Francisco, precisam arrumar uma identidade pro programa.
ResponderExcluirO elenco é bem numeroso mesmo, anonimo.
ResponderExcluirOlha, anonimo, acho o TÁ no ar infinitamente melhor, mas que a reformulação foi positiva é fato. Tem traços do Comédia mesmo, deu pra notar. Dani é sempre ótima.
ResponderExcluirTb achei boa, Ricardo.
ResponderExcluirVerdade, Paula.
ResponderExcluirPois é, Tiago, o programa estava péssimo há anos, mas era justo lembrar que nem sempre foi assim. Já teve sua fase boa.
ResponderExcluirSem problemas, anonimo.
ResponderExcluirVamos ver, William.
ResponderExcluirVc e muita gente, Lulu. rs Eu tb detestava, mas melhorou bem.
ResponderExcluirMarcos, vc sumiu mesmo. Bom te ver de volta. E seu comentário está ótimo. Concordo com muita coisa. abçs
ResponderExcluirPerfeito, Daniele.
ResponderExcluirA Calabresa é ótima, né, Joana. bjs
ResponderExcluirSem problema, Marilene. hahaha bjs
ResponderExcluirEu tb já gostei, Clau. Mas tava insuportável msm. Inassistível. Mas as reformas fizeram bem. bjs
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Vera. bjs
ResponderExcluirOi Sérgio...
ResponderExcluirEngraçado que eu gostei! Infelizmente nem todas as piadas têm graça, como acontece às vezes em meia hora de Tá no Ar, mas ao menos o programa anda mais inteligente...
Por outro lado, achei o programa parecido com a eição de Tá no Ar, embora sem a mesma pegada (zapeada pela TV) algumas piadas podiam ser aproveitadas no programa.
Achei também acertada não retirar o nome do programa, mas acho que o programa sofre e sofrerá de preconceito sempre. Foram anos sem reformular nada profundamente, é natural que o público não se sinta com disposição para o programa. Verdade!
Vi o primeiro episódio da nova temporada e realmente melhorou, Sérgio. Mas não me sinto estimulado a acompanhar não. Espero que continue agradando e não se desgaste, até por que vai ser difícil fazer um programa semanal com tantas esquetes não se desgastar.
ResponderExcluirFicou bem melhor, Maxxi. Claro, realmente tem esquetes ruins, mas isso é normal em qlq programa de humor. Em comparação ao que era, houve uma evolução e tanto. Tb acho que o preconceito continuará, mas já valeu essa saída da mesmice. abçs
ResponderExcluirAh sim, Ed, tb não me estimulou a ver sempre. Abçssss
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