sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Com ritmo ágil e trilha sonora de qualidade, "Boogie Oogie" reúne vários atrativos de uma boa novela

Assim que "Boogie Oogie" estreou, ficou explícito que seria um festival de clichês. Porém, inicialmente, a história foi deixada em segundo plano, pois o foco maior ficou por conta da década de 70, época escolhida para ser o pano de fundo da trama, e da trilha sonora impecavelmente escolhida. Mas, agora, já com algumas semanas no ar, é possível constatar que o folhetim de Rui Vilhena tem um enredo tão atrativo quanto a escolha das músicas e do ano de 1978.


O excesso de temas batidos não é um problema, uma vez que toda novela tem clichês. Basta serem bem desenvolvidos e contados. E o autor tem conseguido atrair a atenção através de vários ganchos interessantes, além de imprimir um bom ritmo à história. Todo este bom conjunto é somado ao elenco talentoso, que interpreta muito bem vários personagens cativantes.

Rui Vilhena parece não temer que sua trama se esgote e segue desenrolando o conteúdo, sem guardar por muito tempo seus trunfos, imprimindo um bom ritmo à novela. Tanto que a trama principal, da troca de bebês, já foi descoberta pelo mocinho (Rafael - Marco Pigossi),

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vivendo sua primeira vilã, Juliana Silveira se destaca em "Vitória"

A audiência de "Vitória" não é nada animadora e a Record segue preocupada com os cinco pontos de média que a trama de Cristianne Fridmann vem marcando. Mas a emissora tem sua parcela de culpa, pois colocá-la para concorrer com a principal novela da Globo é um erro. A trama em si, verdade seja dita, não é tão atrativa quanto prometia nos primeiros capítulos. Entretanto, a produção tem sido muito benéfica para uma atriz que mostrou talento desde que surgiu na televisão: Juliana Silveira.


A atriz ganhou sua primeira vilã e está aproveitando a chance dada pela autora. Ela interpreta Priscila, uma mulher que persegue gays, judeus e negros. Líder de um grupo neonazista, a personagem é linda, elegante, culta e usa de extrema violência para impor sua ideologia, sem despertar suspeitas. Isso porque, ironicamente, a mulher tem doutorado em história e ainda é dona de uma escola particular. A bela sacada de Cristianne contribuiu para deixar este perfil interessante, além de cercá-lo com uma vida hipócrita, que nada tem a ver com sua conduta real.

Logo nos primeiros capítulos, a personagem matou um flanelinha e explodiu um ônibus que transportava nordestinos. A trama é forte e, segundo pesquisas divulgadas, despertou rejeição do público, entretanto, a ideia da autora foi válida e bem ousada, principalmente em um folhetim.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

"A Viagem": uma novela que nunca se desgasta

A versão original de "A Viagem" foi exibida entre 1975 e 1976 pela extinta TV Tupi. A novela de Ivani Ribeiro fez muito sucesso, o que motivou a Globo a fazer um remake da produção em 1994, sendo escrito, inclusive, pela mesma Ivani. Mas nem os profissionais mais otimistas da emissora poderiam imaginar que esta produção fosse fazer tanto sucesso e muito menos que viraria um clássico. Mas virou e o folhetim novamente obtém ótimos índices de audiência, agora no Canal Viva, que está reprisando a história ---- que completou 20 anos de estreia ----, cujo tema principal é o espiritismo.


A novela está sendo exibida às 14h30, no lugar de "A Próxima Vítima", grande trama de Silvio de Abreu. E embora algumas críticas tenham surgido no início, já que muitos telespectadores queriam rever alguma obra nunca antes reprisada, os índices de audiência do canal pago estão ótimos. E isso explica um pouco o fenômeno que foi este folhetim e ainda comprova que é uma produção que nunca se esgota.

Afinal, "A Viagem" já foi reprisada duas vezes pelo "Vale a Pena Ver de Novo", na Globo. A primeira reprise foi ao ar em 1997, substituindo "Mulheres de Areia", e a segunda foi em 2006, no lugar de "Força de um Desejo". E nas duas vezes foi um sucesso.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Os 50 anos de carreira do grande Tony Ramos

Antônio de Carvalho Barbosa nasceu no dia 25 de agosto de 1948, em Arapongas, interior do Paraná. Neste dia, o Brasil ganhava aquele que viria a ser um dos maiores atores do país e que completaria 50 anos de carreira em plena forma, brilhando no remake de "O Rebu" na pele do canalha Carlos Braga, seu, coincidentemente, quinquagésimo trabalho na Rede Globo de Televisão. É claro que esta introdução é sobre o grande e respeitado Tony Ramos, que completou 66 anos nesta segunda-feira.


Tony é um profissional multifacetado e completamente dedicado ao trabalho. Apaixonado pela sua profissão, o ator costuma mergulhar fundo no universo dos seus personagens e sempre os defende com maestria. Para culminar, ainda é uma figura conhecida pela sua simpatia e humildade, que sempre lhe acompanharam ao longo da carreira. Além de um grande intérprete, ele também é um querido colega, de acordo com todo o meio artístico, que tem a opinião compartilhada, inclusive, pela imprensa, que o trata com muito carinho e respeito.

Unanimidade entre os colegas de profissão e com uma carreira sólida no teatro, no cinema e na televisão, Tony Ramos tem sido bastante homenageado em virtude desta data tão comemorativa. Afinal, foram muitos trabalhos bem-sucedidos ao longo destes 50 anos de interpretação e várias conquistas.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Apelação, baixaria e sensacionalismo compõem o "Tá na Tela"

Após uma saída tumultuada da Record (saiu da emissora alguns meses depois de ter renovado seu contrato), Luiz Bacci estreou na Band, no dia 4 de agosto, seu mais novo programa: o "Tá na Tela". O sonho do repórter, que já teve uma passagem pelo SBT, em ter um programa de auditório foi realizado pela Bandeirantes, que exibe a atração de segunda a sexta. Porém, o que se viu foi um 'mais do mesmo' no pior sentido da expressão.


O primeiro programa explorou o tom policialesco, exibindo matérias de violência, além de abordar também uma cirurgia espiritual, cujas imagens provocaram nojo em quem assistia. Mas, aos poucos, a abordagem em cima de crimes foi diminuída, devido ao mal-estar causado entre o "Tá na Tela" e o "Brasil Urgente", comandado por José Luiz Datena, que vai ao ar logo depois. As duas atrações estavam muito parecidas.

Mas ao contrário do que se supunha, a mudança não ajudou a melhorar o programa em nada. Se antes o formato lembrava uma mistura de violência e apelação, agora acabou se transformando em uma espécie de 'Suspense Show', situação muito usada pelo João Kleber há anos na televisão.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Xana Summer em "Império": um ótimo trabalho de Aílton Graça

"Império" está há pouco mais de um mês no ar e a trama central é, de fato, seu pilar de sustentação. Mas além de Maria Marta (Lilia Cabral), José Alfredo (Alexandre Nero) e Cora (Drica Moraes), a novela de Aguinaldo Silva tem apresentado outros bons destaques, presentes nos núcleos secundários. E o principal deles é, sem dúvida, a Xana Summer.


Interpretado por Aílton Graça, o personagem ---- cujo nome verdadeiro é Adalberto Silva ---- se veste e se comporta como uma mulher e está presente no núcleo da vilã Cora, o que só aumenta o nível de interesse pela sua trama. Cabeleireiro, tem um salão de beleza e conta com a ajuda da manicure Naná (Viviane Araújo) para tocar o negócio. O tipo é extremamente caricato e bem diferente de Dorothy Benson (Luiz Miranda em "Geração Brasil"), que parece uma mulher de fato, fugindo de qualquer traço mais exagerado.

Xana é um tipo cativante e é impressionante como Aílton está bem no papel. O ator já teve sequências dramáticas, inseridas entre as inúmeras cômicas, e está à vontade em cena. Ele convence em todas as situações e os trejeitos da personagem não ficam nada forçados; pelo contrário, parecem algo natural e espontâneo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Megan, Davi e Manu de "Geração Brasil": um triângulo amoroso bastante equivocado

Triângulos amorosos fazem parte da teledramaturgia e são situações frequentes em todo folhetim. É praticamente impossível alguma novela não ter ao menos um. E as chances destes imbróglios amorosos ajudarem na movimentação história são grandes, tanto que os autores costumam recorrer a rompimentos, idas, vindas e troca de casais ao longo do desenvolvimento da trama. Mas é primordial que todo o conjunto esteja em harmonia para a estratégia dar certo, o que não tem acontecido em "Geração Brasil".


O triângulo Megan (Isabelle Drummond) - Davi (Humberto Carrão) - Manu (Chandelly Braz) começou de forma promissora, assim como toda a novela, vale ressaltar. Mas, à medida que os capítulos da novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira foram passando, ficou claro que os desdobramentos em cima desta história não foram acertados. O que poderia render ótimos conflitos, bons dramas e interessantes questionamentos, acabou virando uma mera superficialidade.

Davi é um típico nerd e iniciou a história tentando lançar seu projeto, um computador próprio chamado Júnior, que tem o objetivo de incluir digitalmente crianças carentes. Manu é uma nerd apaixonada por tecnologia que sabe tudo de computação, enquanto Megan é uma patricinha fútil e mimada.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os 25 anos de "Tieta", uma das novelas mais marcantes da teledramaturgia

No dia 14 de agosto, "Tieta" completou 25 anos de sua estreia. A novela escrita por Aguinaldo Silva e protagonizada por Betty Faria foi um marco na teledramaturgia e até hoje é lembrada pelos telespectadores, que transformaram esta obra em um estrondoso sucesso em 1989. A trama foi reprisada pelo "Vale a Pena Ver de Novo" entre 1994 e 1995, obtendo uma ótima audiência, matando as saudades do público.


A novela teve duas fases e a primeira contou com a participação de Cláudia Ohana vivendo a personagem-título. A história se inicia em Santana do Agreste, situada no nordeste brasileiro, com Tieta sendo expulsa de casa pelo pai (Zé Esteves - Sebastião Vasconcellos), que não tolerava o comportamento liberal da filha, tendo o apoio de Perpétua, sua outra filha, cuja personalidade era exatamente oposta.

A protagonista vai para São Paulo, enriquece, e volta 25 anos depois (coincidentemente, o mesmo tempo que se completa a estreia da novela) com o intuito de se vingar da família e de todos que a julgaram na época. Ela retorna, inclusive, na hora que está sendo rezada uma missa em sua memória, provocando um escândalo.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Elenco impecável engrandece "O Rebu"

As qualidades de "O Rebu" são inúmeras e quem acompanha a novela pode constatar isso em todos os capítulos. A trilha sonora é escolhida a dedo, os personagens transbordam ambiguidade, a direção é precisa, a fotografia escurecida é adequada, enfim, o que não falta é ponto positivo. Mas entre tantos acertos, é necessário fazer uma sucessão de elogios ao elenco que foi escalado para este remake.


Os autores George Moura e Sérgio Goldenberg, e o diretor José Luiz Villamarim, conseguiram selecionar um time de ouro para esta tão primorosa obra. Os atores, incluindo os mais jovens e os mais experientes, são grandes profissionais e todos estão em estado de graça no remake. Além de ser fisgado pela história bem amarrada e que se passa em 24 horas, o telespectador se encontra hipnotizado pelas atuações desta respeitada seleção de apaixonados pelas artes dramáticas.

Patrícia Pillar e Sophie Charlotte honram a posição de protagonistas e estão fazendo uma ótima dupla. Os trabalhos mais recentes de Patrícia consistem em três grandiosas atuações: a inesquecível e demoníaca Flora, de "A Favorita"; a arrogante Constância, de "Lado a Lado"; e a problemática Isabel Favais, em "Amores Roubados".

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"Super Chef Celebridades" reúne todos os ingredientes de um ótimo reality de culinária

O "Mais Você" estreou mais uma edição do "Super Chef Celebridades". Após as duas bem-sucedidas edições anteriores ----- adaptadas do formato norte-americano 'Top Chef' ----, o programa comandado por Ana Maria Braga apostou novamente nesta fórmula de sucesso, onde famosos se aventuram na culinária durante três semanas, em busca do prêmio de 50 mil reais para o grande chef de cozinha.


André Marques, Thaíssa Carvalho, Fábio Lago, Paula Barbosa, Jéssika Alves, Thiago Mendonça, Rodrigo Andrade e Roberta Rodrigues foram os escolhidos para esta terceira edição e mais uma vez a seleção foi muito acertada. Todos começaram se interessando pelas dicas dadas durante os workshops e o nível de competitividade está alto, como deve ser mesmo.

O grupo está muito entrosado e André Marques é o principal responsável pelo bom humor dos integrantes com suas tiradas. Já Paula Barbosa mostrou ter o gênio forte de Gina, sua ótima personagem em "Meu Pedacinho de Chão".

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Com bons personagens, atrativa trama e promissor elenco, "Malhação Sonhos" honra o universo adolescente

Com pouco mais de um mês no ar, a vigésima-segunda temporada de "Malhação" já pode ser considerada um grande acerto da Globo. A história apresentada pelos autores vem sendo bem desenvolvida, os personagens são bem construídos, os dramas e conflitos são verossímeis, a trilha sonora foi bem escolhida e os atores escalados, em sua grande maioria, estão dando conta do recado. Para melhorar ainda mais o quadro, a audiência vem correspondendo e as primeiras semanas já alcançaram uma média maior que a da fase passada, apelidada de 'Casa Cheia'.


Claro que ainda é muito cedo para qualquer constatação, uma vez que "Malhação Sonhos" ficará um ano no ar; porém, as qualidades estão cada vez mais evidentes. Rosane Svartman e Paulo Halm estão conseguindo atrair o telespectador com um enredo teoricamente simples, mas muito interessante justamente por causa da naturalidade dos acontecimentos que permeiam a história. Todos os personagens são explorados e têm seus dramas, evitando qualquer tipo de perfil avulso ou que prejudique o andamento do roteiro.

A ideia de mesclar música com esporte deu muito certo. A história foi enriquecida com dois ótimos panos de fundo, que além de servirem de ambiente para várias cenas, ainda são vitais para os conflitos dos perfis interpretados pelo elenco jovem e também pelo time de atores mais experiente.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Com uma história que foge do comum, "Animal" desperta interesse e mostra ousadia do GNT

O Canal GNT apostou em uma nova série, após o começo da terceira temporada de "Sessão de Terapia". No dia 6 de agosto, às 23h, estreou "Animal", superprodução do canal pago, em uma inédita parceria com a Globo ---- a emissora era detentora do projeto, mas como não tinha espaço em sua grade, optou em ceder para a Globosat. Desenvolvida pelo diretor Paulo Nascimento e protagonizada por Edson Celulari, a trama de suspense é recheada de mistérios, que começam a ser desvendados a partir do primeiro capítulo, com a volta de Dr. João Paulo Gil à sua cidade natal, após 50 anos.


Biólogo, Gil retorna à fictícia Monte Alegre com um objetivo: encontrar a cura da sua doença rara, a teriantropia ---- que existe de fato. A enfermidade é uma espécie de esquizofrenia, onde a pessoa acredita que tem características de um puma, chegando a desenvolver o olfato e a visão como se fosse mesmo o animal. E o problema também acaba deixando o doente com momentos de descontrole, onde a agressividade predomina, o transformando em um bicho. 

Gravada em Minas de Camaquã, interior do Rio Grande do Sul, a série começou de forma equivocada, com uma câmera de mão que tremia demais, provocando até um mal-estar em que estava assistindo. Claro que a situação foi proposital, mas o efeito causado não funcionou, pelo contrário, prejudicou o começo da trama.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Terceira temporada manteve as qualidades e os defeitos do "Na Moral"

A terceira temporada do "Na Moral" estreou no dia 3 de julho, quando o país ainda estava no clima de Copa do Mundo. O programa apresentado por Pedro Bial e dirigido por José Lavigne, claro, aproveitou o tema propício e logo começou falando sobre a 'Identidade Nacional', chamando, entre os convidados, o grande Tony Ramos, que deu uma aula de sabedoria. Ou seja, o começo do terceiro ano da atração foi promissor.


E as qualidades dos debates se mantiveram ao longo desta temporada, da mesma forma que nas duas anteriores. O "Na Moral" mostrou que continua com fôlego e as conversas ainda rendem bastante. Vale destacar a edição do dia 17 de julho, que foi exibida 'ao vivo', cujo tema era 'O Homem Digital'. O objetivo era debater sobre a internet e o quanto que as redes sociais tomam o tempo de cada pessoa. A conversa rendeu e o melhor momento foi quando Pedro Bial leu no ar as críticas que faziam a ele, aos convidados (o jornalista Arnaldo Jabor entre eles) e ao programa.

A situação foi inesperada e fez valer a interatividade 'verdadeira', ou seja, aquela onde se lê comentários aleatórios e não só os que elogiam. Foi um dos bons momentos desta temporada. Ainda foram exibidos ótimos debates sobre consumismo, maioridade penal (que sempre provoca polêmica),

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Após uma primeira fase impecável, história central segue sendo o grande atrativo de "Império"

A primeira fase de "Império" foi impecável. Marjorie Estiano, Vanessa Giácomo, Chay Suede e Regina Duarte foram os grandes destaques e engrandeceram os quatro primeiros capítulos. A história também prendeu a atenção. Entretanto, as dúvidas sobre o que viria na segunda fase se faziam presentes. A chance de provocar uma decepção, como ocorreu com "Em Família", era grande. Mas, passadas algumas semanas, é incontestável que a nova novela de Aguinaldo Silva continua bastante atrativa, principalmente em cima da trama central.


Toda a história que envolve o protagonista José Alfredo (Alexandre Nero) desperta interesse e os desdobramentos têm sido o grande ponto alto de "Império". Isso porque as duas grandes vilãs estão nele, assim como o ambíguo comendador e sua família milionária. Cora (Drica Moraes) e Maria Marta (Lilia Cabral) são as melhores personagens de longe, representando a maldade na pobreza e na riqueza, respectivamente. E as atrizes estão em estado de graça. Já o arrogante, grosseiro, infeliz e ambíguo personagem central está sendo brilhantemente interpretado pelo ator, que ganhou um papel grandioso.

A trama que ficou encaminhada na primeira fase, está sendo bem desenvolvida e ficou ainda melhor com o falecimento de Eliane (Malu Galli). Primeiramente, porque a cena proporcionou um momento extraordinário de Drica Moraes, que impressionou no momento que Cora constatou que sua irmã morreu e misturou alegria com tristeza, soltando um grito de choro, logo seguido de uma gargalhada diabólica.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"Sessão de Terapia" estreia terceira temporada com mesma qualidade e fôlego renovado

Com duas temporadas de sucesso, se firmando como a melhor série do Canal GNT e uma das melhores séries nacionais, "Sessão de Terapia" estreou sua terceira temporada no dia 4 de agosto, uma segunda-feira. Adaptada da produção israelense "Be Tipul", esta nova fase da trama seguirá um caminho independente, ao contrário do que ocorreu com as duas anteriores, já que a história original só teve duas temporadas.


Dirigido novamente por Selton Mello, o novo ciclo de episódios é 100% brasileiro, com personagens desenvolvidos pela roteirista Jaqueline Vargas. E de acordo com o que foi visto na primeira semana de exibição, a identidade nacional se faz presente, já que muitos clichês novelísticos passaram a fazer parte da trama. Isso porque há temas clássicos de novelas como alcoolismo, violência contra a mulher, drogas, um homossexual reprimido, enfim. No entanto, a qualidade da produção não é afetada.

A série continua intensa e com histórias bem envolventes, onde os conflitos do protagonista Theo (Zécarlos Machado) seguem sendo o foco principal. Aliás, a segunda temporada, embora tenha sido baseada no formato israelense, foi bastante modificada em virtude do psicólogo, que teve os dramas bem aprofundados, como a morte do pai e o suicídio de um de seus pacientes.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Marco Nanini e Marieta Severo: uma dupla de talento

Eles têm uma amizade de 41 anos, são grandes atores, têm diversas peças de teatro, filmes e novelas no currículo, e ambos terminam em 2014 uma parceria iniciada em 2001 na série "A Grande Família". Marco Nanini e Marieta Severo são duas figuras queridas pelo público e amplamente elogiadas pela crítica. É sempre um prazer vê-los em cena, juntos ou separados. Portanto, não há dúvidas de que eles formam uma dupla que transborda talento.


Marco Nanini é um dos grandes atores do país e Marieta Severo uma das mais respeitadas atrizes brasileiras. Os dois, além de terem esta qualidade em comum, também são apaixonados pelo mundo das artes dramáticas. Os dois são multifacetados e investem muito no teatro. Ele é diretor teatral, dramaturgo, produtor teatral e fundou o Galpão Gamboa (junto com Fernando Libonati) ---- instituição que trabalha com inserção social através de distribuição de ingressos para espetáculos e contratação de jovens para área de figurino, cenografia e afins ----, enquanto que ela criou o Teatro Poeira, em parceria com sua grande amiga Andreia Beltrão.

Nanini atuou em mais de 35 peças teatrais e tem mais de 20 filmes no currículo. Marieta tem mais de 25 peças e mais de 30 filmes. Na televisão, ambos também têm uma carreira extensa. São muitas novelas e vários personagens bem interpretados.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"O Rebu": uma produção de qualidade inquestionável

A estreia de "O Rebu" foi empolgante. Repleta de luxo, com um grande elenco, personagens ambíguos, trilha sonora impecável, trama instigante e fotografia lindíssima, a novela causou uma ótima primeira impressão em seu primeiro capítulo. E, após algumas semanas no ar, pode-se constatar com bastante tranquilidade que o remake escrito por George Moura e Sérgio Goldenberg é um produto de qualidade inquestionável.


Dirigida por José Luiz Villamarim, a novela tem apresentado uma sucessão de cenas tensas e muito bem interpretadas, onde se observa claramente a competência do diretor extraindo tudo o que pode deste tão bem escalado elenco. Passada em 24 horas ----- a noite da festa e a manhã seguinte ----- e repleta de flashbacks reveladores, a história é muito mais do que o mistério que cerca o assassinato de Bruno (Daniel de Oliveira). E todos os seus meandros vão sendo apresentados ao público aos poucos, através dos podres dos convidados.

Isso porque todos os personagens têm falhas de caráter e telhado de vidro. Não há ninguém confiável. A novela é engrandecida com vários tipos complexos e ambíguos, onde não se sabe quem tem mais ou menos motivos para temer as investigações da polícia. O único fato concreto é que não há santo na história e nem aquele típico mocinho ou mocinha de folhetim.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mussum: 20 anos sem um dos melhores humoristas do país

Na última terça-feira de julho (29/07), completou-se 20 anos da morte de Mussum em decorrência de complicações após um transplante de coração, em São Paulo. O mais querido dos trapalhões ainda é muito lembrado nas redes sociais graças aos memes (imagens, frases e vídeos que ganham grande popularidade) multiplicados constantemente na internet.


Nascido no dia 7 de abril de 1941, Antônio Carlos Bernardes Gomes teve origem humilde ---- nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcellos, zona norte do Rio de Janeiro ----, trabalhou como mecânico, serviu o exército por oito anos e integrou o grupo musical "Os Originais do Samba" antes de se aventurar no humor, onde ficou imortalizado. Estreou no humorístico "Bairro Feliz" (Globo - 1965) para substituir um humorista que não havia comparecido e ganhou o apelido de Muçum (peixe preto) do saudoso Grande Otelo. Somente em 1973 entrou para "Os Trapalhões", que na época era um trio, já que o também saudoso Zacarias só entrou em 1974. E não demorou muito para o grupo virar mania nacional.

Foram muitos anos de sucesso e Mussum sempre foi o trapalhão mais querido. O humor politicamente incorreto que cercava o personagem divertia sem provocar polêmicas inúteis e todos os quadros abusavam do escracho, onde quase sempre a bebida alcoólica era usada como 'fiel escudeira' do amigo de Didi, Dedé e Zacarias.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Com uma trilha sonora memorável, "Boogie Oogie" estreia com muitos clichês e uma boa dose de saudosismo

Saiu de cena o mundo lúdico de "Meu Pedacinho de Chão" e entrou no lugar a discoteca, febre nos anos 70. Dirigida por Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez, "Boogie Oogie" estreou, nesta segunda (04/08), trazendo um clima de muito saudosismo ao horário das seis e exibindo um amaranhado de típicos clichês folhetinescos. Ao contrário da antecessora, que era marcada pela contemplação, a nova novela começou com um ritmo ágil, com o intuito de apresentar a trama principal e as secundárias para o telespectador, sem maiores enrolações.


O primeiro capítulo iniciou exibindo a cena do acidente de avião sofrido por Rafael (Marco Pigossi), no Rio de Janeiro, que perde o controle do monomotor e acaba caindo em pleno Elevado da Perimetral (demolido recentemente). A tragédia é o ponto de união da trama central, já que o noivo da mocinha Sandra (Isis Valverde) ---- que estava indo se casar ---- socorre o rapaz, o salva, mas acaba morrendo. Ao contar a triste notícia na igreja, o rapaz se sentirá culpado e balançado emocionalmente. A partir desta ironia do destino, o casal protagonista será formado e o enredo principal desvendado. A sequência da queda da aeronave foi primorosa e os efeitos especiais da explosão impressionaram.

Porém, foi equivocado começar o capítulo com uma cena do futuro, para depois voltar ao passado e contar o que havia ocorrido um dia antes. Parece que virou uma regra a utilização deste recurso em folhetins. Todos agora usam esta fórmula, que já está ficando batida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Altas Horas" homenageia os anos 90 e proporciona uma gostosa nostalgia ao telespectador

O "Altas Horas" deste sábado (04/08) foi temático. O programa comandado por Serginho Groisman foi dedicado aos anos 90, lembrando de tudo o que marcou aquela época, nem tão distante e nem tão próxima. Para isso, Maitê Proença, Tande, Bianca Rinaldi e Fábio Assunção foram convidados para uma compacta retrospectiva a respeito de suas carreiras e vários cantores que fizeram sucesso na época também marcaram presença.


Foi um ótimo programa. Maitê relembrou do tempo que era considerada a musa do momento, Tande da conquista história das olimpíadas de Barcelona em 1992, Bianca do fenômeno das paquitas da Xuxa e Fábio do início de sua carreira, marcada pelo sucesso da novela "Vamp". O clima de nostalgia, obviamente, esteve presente do início ao fim da atração, que ainda contou com a presença de vários músicos.

Sidney Magal cantou o clássico 'Me chama que eu vou', tema de abertura de "Rainha da Sucata", e Gabriel - o pensador falou de suas músicas que eram febre. Já Buchecha (que fazia dupla com o falecido Claudinho) relembrou os bons tempos com seu funk que continua agradando.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"Meu Pedacinho de Chão": chegou ao fim um mundo mágico em forma de novela

O mundo encantado de "Meu Pedacinho de Chão" se despediu do telespectador nesta sexta-feira (01/08). O remake de Benedito Ruy Barbosa (a obra original é de 1972) foi transformado em uma linda fábula pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, que se 'apossou' do folhetim, ousou ao apostar no tom lúdico e conseguiu deixar esta produção impecável esteticamente. Assim que estreou, a novela impressionou pelo capricho dos cenários e das cenas poéticas, que foram alguns dos pontos altos da história.


O diretor acertou em cheio ao apostar em uma linguagem mais teatral, fazendo jus ao colorido do figurino e aos naturais exageros fantasiosos da cidade cenográfica, onde os troncos das árvores eram de várias cores e os animais de brinquedo. Luiz Fernando Carvalho sempre foi ousado em seus trabalhos, mas muitas vezes esta sua ousadia prejudicava a produção em virtude dos excessos. As séries "A Pedra do Reino" e "Capitu" são alguns exemplos. Porém, neste remake, sua interferência funcionou como um atrativo e tanto dentro de um folhetim que pecou por não ter apresentado conflitos que despertassem interesse e movimentassem a história.

A novela tinha uma trama simples, poucos acontecimentos relevantes e várias situações já vistas em obras de Benedito: um padre simpático e comilão, dois fazendeiros poderosos que se detestam e acabam tendo que se entender porque seus respectivos filhos se apaixonam, um capataz que serve cegamente ao vilão,