Após uma primeira temporada excelente, "Tapas & Beijos" acabou perdendo sua identidade em seu segundo ano de exibição. Em 2012, a série se perdeu ao priorizar quase que exclusivamente o relacionamento do quarteto amoroso protagonizado por Sueli (Andrea Beltrão), Jorge (Fábio Assunção), Fátima (Fernanda Torres) e Armane (Vladimir Brichta), deixando os demais de lado e praticamente anulando o cenário principal: a loja de vestido de noiva de Djalma (Otávio Muller). A terceira temporada, que entrou no ar há poucos meses, tentou consertar o equívoco cometido no ano anterior, porém, apesar do visível esforço, a trama de Cláudio Paiva, dirigida por Maurício Farias, não tem conseguido evitar o desgaste.
O fato de Fátima e Sueli terem voltado a morar juntas demonstra a tentativa dos roteiristas de fazer a série retornar às origens. Porém, o resultado dessa medida não causou o efeito desejado simplesmente por uma razão: o drama das personagens continua exatamente o mesmo. As brigas de Fátima com Armane e de Sueli com Jorge estão repetitivas. Mesmo estando separados, os casais ainda apresentam os mesmos conflitos da época em que estavam juntos, ou seja, situações que já deram o que tinham que dar há muito tempo.
É impossível manter o fôlego de uma série que já está no ar há dois anos e que ainda vai permanecer por, no mínimo, oito meses, apresentando situações que já foram amplamente exploradas. Além de fazer exatamente isso em cima do quarteto central, "Tapas & Beijos" ainda deixou seus demais personagens
totalmente sem função. Flavinha (Fernanda de Freitas), Djalma (Otávio Muller), Seu Chalita (Flavio Migliaccio) e Jurandir (Érico Brás) pouco aparecem e quando dão o ar da graça é justamente para comentar sobre os 'dramas' vividos por Fátima e Sueli. Esse ano ainda ocorreu a entrada de outra atriz --- a ótima Malu Galli --- para viver a ex de Jorge, e outro ator, Felipe Abib, para viver um namoradinho de Fátima. Ou seja, mais dois tipos colocados na tentativa de render uma situação já esgotada.
Claro que a série ainda tem momentos engraçados, entretanto, esses momentos estão ficando cada vez mais raros. Por melhor que seja o texto --- e essa qualidade nunca foi perdida ---, não há diálogo que resista a histórias que não saem do lugar. E, em meio a toda essa repetição, até os personagens perderam o carisma e a graça que tinham. Pelo menos os atores continuam ótimos: Andrea Beltrão, Fernanda Torres, Vladimir Brichta, Érico Brás, Flávio Migliaccio, Fernanda de Freitas e Otávio Muller fazem o que podem diante do que têm em mãos. Kiko Mascarenhas como Tavares, Orã Figueiredo como Tijolo e Malu Rodrigues como Bia também não fazem feio e honram suas participações. É uma pena que o contexto que os envolve tenha ficado tão cansativo.
Por mais estranho que pareça, há uma sensação de estar vendo um remake do próprio seriado. É como se estivessem relembrando tudo o que se passou em 2012, só que com o divórcio sendo colocado como temática no lugar do casamento. Infelizmente a longa duração de cada temporada acaba prejudicando a criatividade dos roteiristas. Afinal, o produto fica no ar praticamente o ano todo. Seria mais saudável para o formato se houvesse um regime de troca de programas ao longo do ano, como já acontece na faixa das 23h da Globo. Mas, como isso dificilmente irá acontecer, resta saber até quando o telespectador irá aguentar assistir aos mesmos conflitos de uma história que está precisando urgentemente fugir da mesmice.
Bom, nunca gostei da série, mas ela tinha um diferencial que era gostoso de assistir: duas mulheres que sonhavam com o casamento e que nunca tiveram essa chance. Aí está o problema que começou quando escalaram Fábio Assunção para uma participação que não apagaria o Érico Brás, segundo Flávio Ricco. Não sei se a fonte (péssima) não era confiável, só sei que eles não fizeram o prometido e não apagaram apenas o Érico, mas todo o resto do elenco pra focar nesse quarteto. Mais um problema. Começaram a construir briguinhas entre eles, e para deixar mais na mesmice, ELAS sempre estão certas, mesmo quando estão erradas. Pra piorar a situação casaram as duas ao mesmo tempo na 1° temporada. Pra piorar na temporada seguinte separaram no meio do ano e com as mesmas brigas, mesmos conflitos. Percebeu? Tudo muito rápido, enquanto por ser uma série, poderia ser mais demorado.
ResponderExcluirOutra coisa chata foi essa coleção de personagens que colocaram, desnecessário. Você até esqueceu da Natália Lage de tão apagada que a moça está, em um papel vergonhoso inclusive, servindo de escada pro sem graça do Fábio Assunção. E a filha do Fábio tbm? Faz falta nenhuma.
Outro problema é a semelhança de alguns personagens e características de outras séries, mas já falei disso em uma oportunidade rs.
Agora voltaram na 3 temporada com elas morando sozinhas de novo, mas infelizmente os autores resolveram fazer delas as "pegadoras" do pedaço. Como já havia falado, essa série é bem feminista. Elas mesmo sendo safadas, ainda estão com a razão em relação aos seus namorados, ou você vê a Fátima, apanhando do Armani e do novo namoradinho, ou pelo menos, recebendo uma boa reclamação? Pq se apanhar vai ser Maria da Penha, porque pro homem isso não funciona.
Pior que a solução estregaria a série, seria tirar Armani e Jorge, mas como fazer isso? O público feminino odiaria isso. Se for pra não tirar deveria pelo menos diminuí-los e crescer com os demais. Quem criou esse problema foi os autores que jogaram todas as suas armas logo no primeiro semestre do primeiro ano, porque vamos combinar, é incrível uma série desgastar tão rapidamente.
Abraços.
Eu não tenho mais saco para assistir! Deu!
ResponderExcluirSérgio, como não assisto a série vou me ater ao tema da excelente crônica. Quer dizer que mesmo divorciados, os casais mantêm uma relaçáo de um casamento em desgaste, se os autores soberem levar a série, poderia criar cenas tanto dramatica como cômica, então o ibope subiria, pois refleteria um pouco da realidade, afinal o povo quer se ver na tv...kkkkkkkk. Abçs.
ResponderExcluirAcho fraca a série. Aliás em matéria de seriados, acho um mais chato que o outro. Seja Tapas e Beijos, Louco Por Elas, Grande Família, Pé na Cova e Dentista Mascarado. Não se faz mais humor como antigamente. Não consigo rir como era na época do Sai de Baixo por exemplo.
ResponderExcluirbig beijos
Lulu | twitter | face
Ai, Sérgio, não concordo. Eu ainda me divirto [boas risadas] e me sinto íntima de cada um deles, naquele núcleo dali. Adoro a rotina de vida retratado da Copacabana. Não vejo o desgaste, vejo a sintonia entre eles.
ResponderExcluirBeijão!
Nem sabia da existência dessa serie mas só estou comentando aki porque não acreditei qdo vi o Fabio Assunção nessa foto, tá acabado o bixim...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirSérgio
Bela análise
se não me engano, a proposta dessa série era tratar das mulheres e seus conflitos amorosos com os homens. A série se perdeu quando os autores "casaram" os protagonistas e agora, com o divórcio, tentam recomeçar com o tema anterior...pelo que eu vi, até os maridos fazem parte desse excesso de coadjuvantes que vc citou.
Obrigado pela visita
Boa quarta feira
Abraços
Sérgio, tenho de concordar com você, apesar de ser fã do seriado, na sua primeira temporada, e gostado da entrada de Fábio Assunção. As tramas perderam boa parte do interesse, e vários dos bons atores quase desapareceram. De novo, mesmo, além dos atores citados, destaco a abertura e a participação do talentoso Paulo Betti. Espero que novos conflitos sejam criados, para continuar assistindo ao seriado.
ResponderExcluirSua abordagem está corretíssima. Quando o seriado começou, eu me divertia. Mas cansei. Ficou sem graça e não motiva. Bjs.
ResponderExcluirBoa tarde Sérgio,
ResponderExcluirGosto bastante do seriado e tem razão no conteúdo de seu comentário. Obviamente é engraçado ver as confusões das duas protagonistas e seus respectivos pares, mas se torna cansativa quando é sempre a mesma coisa. Parece que os produtores do programa tem medo de inovar. A série tem potencial para novas histórias basta e coragem de mudar. Seria legal, por exemplo, colocar um par mais interessante que o Armani para Fátima, alguém que tivesse potencial para brigar pelo coração da vendedora e isto geraria novas confusões.
Outro detalhe que poderia gerar novas situações e a loja de noivas do Djalma, há um grande potencial no lugar. Poderia ter, a cada semana, um noiva neurótica enfrentando os problemas da organização de uma festa de casamento, isto daria bastante assunto, confusões com mães de noiva, madrinha e tudo mais.
A boate, também, daria situações inusitadas como por exemplo um local para despedidas de solteiro geraria algumas situações engraçadas.
O Restaurante do Seu Chalita também pode ser melhor aproveitado, basta ter criatividade.
Os atores são ótimos, os personagens têm potencial para crescer ainda mais, basta que haja audácia dos produtores e autores para fazer de tapas e beijos uma série de vida duradoura.
Um abraço
Nossa, concordo, Sérgio! O episódio de ontem, onde a salsicha brigou com o quibe, foi muito chato. =/
ResponderExcluirbeijos
Gostava muito da série, mas agora não está mais legal como antes. Gosto doa atores. Legal a tua narrativa, é bem isso mesmo.
ResponderExcluirBeijinho Sérgio
Bem, eu não assisto mais. E concordo com vc, pq às vezes o tema se desgasta e fica repetitivo.
ResponderExcluirMe diz uma coisa: vc já escreveu sobre Sangue Bom? Estou adorando, e louca pra opinar.
Um beijo.
Tapas e Beijos está se desgastando. A segunda temporada não deu muito certo porque senti falta de situações mais divertidas entre os casais oficializados e os coadjuvantes, que ficaram sem função. E no pouco que vi da terceira, me parece um déja vu piorado da primeira (quando ainda eram solteiras). O elenco continua mt bem, mas a repetição de situações os impede de divertir como se espera. Se assim se seguir, é melhor acabar logo. Abçs!
ResponderExcluirSérgio,hj eu e minha irmã estávamos conversando sobre o desgaste das séries:A Grande família há tempos que parou de ser a série preferida, e Tapas e beijos q eu achava espetacular tornou-se em mais uma das séries:já não espero mais com entusiasmo o próximo episódio, infelizmente.
ResponderExcluirtenha uma ótima quinta-feira.
Carlos, foi tudo muito rápido mesmo. Esvaziaram todas as possibilidades logo na primeira temporada, apenas enfatizando tudo na segunda. Agora, na terceira, ficou tudo batido demais.
ResponderExcluirÉ verdade, me esqueci da Natália Lage que agora tá no elenco fixo. Ela tá ótima também, mas sua personagem é irrelevante. Uma pena. Aliás, ,como eu disse, tirando o quarteto, todos ficaram irrelevantes.
E com certeza não existe a possibilidade de tirarem Armane e Jorge. O povo feminino ia acabar reclamando mesmo. Abraços!
Zazzle, obrigado pelo comentário. bjs
ResponderExcluirMas, Eder, o caso nem é o baixo ibope. A série tem uma ótima audiência, o problema é mesmo o enredo que cansou. Mas provavelmente os envolvidos nem estão preocupados justamente porque a audiência tá alta. abraços.
ResponderExcluirOi Lulu. Só discordo sobre Pé na Cova. Sobre as demais sou obrigado a concordar. bjsss
ResponderExcluirSem problemas, Ju. Que bom que gosta. bjssss
ResponderExcluirA série está no ar há dois anos, anônimo. abraço.
ResponderExcluirOi Felis, obrigado. Olha, Armane e Jorge têm uma boa importância na história, ao contrário dos demais coadjuvantes. Nada contra, mas seria bom se todos tivessem função. abraços.
ResponderExcluirOi Elvira, pois é, o Paulo Betti está fazendo uma boa participação. Creio que ficará 3 capítulos. Mas infelizmente a trama se esgotou e vários personagens ficaram avulsos. Uma pena porque eu também era fã. Beijos.
ResponderExcluirOi Marilene, obrigado. bjs
ResponderExcluirExatamente, Letícia. É tudo muito bem construídos e todos os cenários apresentam um leque de possibilidades. Mas preferiram ignorar o restaurante do Seu Chalita e a loja do Djalma. Pena, porque se, como vc mesma disse, fossem ousados e criativos, a situação não estaria assim. bjss
ResponderExcluirBarbie, eu ri do seu comentário. rsrs Beijos!!!
ResponderExcluirFernanda, obrigado. beijos.
ResponderExcluirPaty, ainda bem que vc já achou o texto de Sangue Bom. Já respondi. rs Beijos.
ResponderExcluirPois é, Thallys, se continuar assim não vale mais a pena prosseguir. Mas se o ibope continuar alto dificilmente a Globo cancelará a série. Abraços.
ResponderExcluirOi Cléu. Pois é, escrevi coincidentemente sobre A Grande Família logo depois desse post. As duas estão desgastadas mesmo. Pena. bjsssss
ResponderExcluirPor que não diz que a Globo não tira do ar por falta do que pôr no lugar? kkkkkk.
ResponderExcluirBrincadeiras a parte, acho que a série não sai do ar porque ainda é nova e tem audiência, mas é notório que a série já não é a mesma inclusive nesse quesito. A série começa cedo e mesmo assim tem os mesmos pontos da Grande Família que começa 20 minutos mais tarde (a Globo gosta de colocar capítulo de quinta maior, que droga rsrs). Isso é prova de que a série não tem força, mas isso tudo graças a falta de criatividade.
Como dito por uma comentarista, também achei que eles iriam ter convidadas especiais e daí criar situações. Era o que faziam quando acompanhava. Entretanto, resolveram ficar nesse pega-não pega que sinceramente, não sei como as mulheres aturam. Aliás tem umas que não estão mais, já tem gente falando que elas estão parecendo bando de vadias kkkkkkkk.
Quanto a Natália Lage, sinceramente, preferia ela como a Gina. Ela já tinha esse corpão, mas a série não precisava apelar, aí ela ficava vestida e me encantava bem mais. Aliás, foi como Gina que comecei a notá-la, inclusive vendo as fotos que ela fez pra uma revista de tatuagem. Puxaram a garota pra série pra fazer papel de piranha e mais nada. Revendo episódios dela na Grande Família, via que lá, mesmo aparecendo pouco dependendo do ano, ela ainda tinha boas cenas e situações que não se resumiam a rebolar e provocar marido alheio.
Via Tapas pela Fernanda mesmo, mas a personagem dela me irrita graças ao lado feminista da série. Sou contra machismo e feminismo, sem mais.
Abraços.
Pois é, Carlos, enquanto a série tiver boa audiência e der lucro, a Globo não vai cancelar. A não ser que os próprios envolvidos queiram. Adorava a Natália Lage como Gina, mas até o final de 2011, justamente quando eu amava a série. Depois das mudanças... rs
ResponderExcluirAs brigas do quarteto resumem bem o título da série: Tapas e Beijos, mas ainda assim, precisa ter história e aquela situação já acabou faz tempo. Abraços!
Perdi o contato com essa série, não tenho mais o hábito de assistir justamente por esses motivos citados por vc. É uma pena, né? Quem sabe seja a hora de uma retirada mais prolongada e outra atração seja colocada no horário.
ResponderExcluirBeijo, Sérgio.
Pois é, Milene, mas enquanto o ibope tiver bom acho difícil que tirem... Beijos.
ResponderExcluirOlá! Tudo bem?
ResponderExcluirVocê sabe se é verdade que os vestidos da loja do Djalma desta temporada são de uma grife francesa?
bjs
Não sabia, anônimo. bjs
ResponderExcluir