Leandro Hassum e Marcius Melhem são uma espécie de "O Gordo e o Magro" do Brasil. Há um entrosamento imenso entre os dois, que é muito influenciado, obviamente, pela forte amizade que os une há anos. Baseado nisso, ambos iniciaram a jornada de Jorginho e Pedrão no "Zorra Total". O quadro foi crescendo e fazendo sucesso. Em 2010, no dia 4 de abril, estreou na grade da Globo "Os Caras de Pau" (dirigido por Márcio Trigo e tendo Marcos Paulo como diretor de núcleo), um programa que conta as aventuras e as trapalhadas desses dois, sempre apresentadas em diversas esquetes de dez minutos ou mais cada uma.
Mas a diversão não é tão garantida quanto aparenta. As piadas apresentadas são muito infantis. O que acaba até sendo normal, levando em consideração que a atração é apresentada logo após "A Turma do Didi", no domingo à tarde. Mas além de bobinhas, as situações mostradas não têm graça para o telespectador adulto. E o programa se qualifica como 'sendo para todos os públicos'.
Mas nem tudo está perdido. Leandro Hassum é o mestre da improvisação. E é justamente nesse ponto que "Os Caras de Pau" consegue arrancar uma gargalhada do telespectador. Leandro não segue o texto na maioria das vezes, e quando resolve seguir, aí sim, a esquete fica entediante. O ator tem um tempo de comédia perfeito e sabe que esse é o seu forte. Quando Jorginho começa a falar sem parar, dizendo um festival de bobagens, debochando dos demais atores, e, principalmente, do seu parceiro, não há quem resista. Ninguém consegue segurar o riso, e Marcius é o que mais se diverte. A produção sabiamente evita cortar esses trechos, porque também percebeu o óbvio: é o improviso do Leandro que salva o humorístico.
"Os Caras de Pau" já ganhou mais uma temporada na grade da Globo em 2012 e já faturou muitos prêmios, a maioria deles em 2010. No ano passado (2011) ganhou o Prêmio "Montreux Comedy Awards" na Suíça, tendo reconhecimento internacional. Não desmereço nenhum troféu conquistado pelo programa, mas se não fossem os improvisos do grande Leandro Hassum, seria muito difícil arrancar um sorriso sequer do telespectador.
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