A trama da talentosa Lícia Manzo continua ótima de se ver. Difícil não se envolver com os personagens. A autora escreve uma história tão realista e humana, que acabou criando torcedores fervorosos que defedem Ana e Manuela com unhas e dentes. Mas a novela tem pecado em um ponto: há um favorecimento explícito das figuras femininas e desvalorização clara das figuras masculinas.
Praticamente todos os homens da novela são inferiores às mulheres. Jonas, por exemplo, vivido pelo talentoso Paulo Betti, já demonstrou que a honestidade não é muito a sua praia. Além, claro, de ignorar seus filhos e toda a sua família. Seu fiel escudeiro, Klebber (Tadeu di Pietro), é um bocó. Mas é importante destacar que as cenas protagonizadas pelos atores são muito divertidas.
Rodrigo (Rafael Cardoso) é um homem sem atitude. No atual momento da trama, tem medo de contar sobre seus sentimentos e acabou traindo Manu com Ana. O frouxo Marcos (um apático Ângelo Antônio) é o exemplo mais clássico. Viveu sendo humilhado pela mulher e mesmo após a separação, continua não conseguindo se impor diante da ex. Talvez a exceção do elenco seja o médico Lúcio, vivido por Thiago Lacerda.
O núcleo de Lourenço (Leonardo Medeiros) e Celina (Leona Cavalli) é outro caso. Ele é um fracassado na vida profissional e pessoal, já a pediatra é bem-sucedida e independente. Busca engravidar a todo custo, mas não encontra homem à sua altura. Eva (Ana Beatriz Nogueira) e Vitória (Gisele Fróes), são papéis densos e embora tenham alguns atos de vilania, não podem ser consideradas vilãs. E mesmo tendo uma leva de defeitos, são vistas como figuras fortes e decididas.
Até mesmo o elenco infantil masculino apresenta traços de inferioridade. Francisco (Vitor Navega Motta), filho do apático Lui (Marat Descartes) e enteado da ácida e hilária Nanda (Maria Eduarda), é um menino responsável, mas, além de não receber muita atenção do pai, é um tipico 'nerd' que sofre humilhações na escola, e acabou se apaixonando por uma menina que o ridicularizou quando soube de seus sentimentos. Já o filho de Jonas e Cris (Regiane Alves) é parecido. Uma criança infeliz, que não recebe a atenção de ninguém, a não ser de sua babá. E a Júlia (Jesuela Móro)? É uma menina que recebe carinhos de toda parte e acaba sendo um tanto quanto mimada, mas tem uma vida, digamos, bem melhor que a dos outros dois. Vejam a diferença da maneira como os personagens são mostrados. As mulheres sempre são guerreiras e destemidas, e os homens, exatamente o oposto de tudo isso.
Nada contra valorizar as mulheres, muito pelo contrário, afinal, quem não é fã delas? Entretanto, a novela parece que é escrita exclusivamente para o público feminino e ignora que há também uma boa quantidade de homens que assistem "A Vida da Gente". E acaba sendo difícil o público masculino se ver 'representado' em algum personagem criado pela competente Lícia Manzo.
esqueceu de falar no veinho lá que vive atras de iná,buscando atenção kkkkkkkkk pensando bem é assim mesmo eu antes só observei o marcos(que não tem competencia nem de arrumar um emprego) e o veinho lá que agora tem cancer...achava um absurdo o modo como ina o trata....me ajudaaaaaaaaa heim!!!
ResponderExcluirÉ verdade, Abelhinha. Ainda tem o Laudelino, que também não tem muita personalidade. bjs
ResponderExcluirNão tem vezzzzz mesmo!
ResponderExcluirÓtimo texto!
Abraço
Fábio
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Obrigado, Fabio! Também gosto muito dos textos! Abraço!
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