domingo, 20 de novembro de 2011

Casos de Família: quando o passado não condena

"O teu passado te condena" é uma frase muito aplicada ao cotidiano de todos. Ela costuma vir à tona quando a pessoa quer intimidar a outra, mostrando que se hoje é ela respeitada, em uma passado distante não era bem assim. Claro que vários programas de televisão se encaixam nessa expressão tranquilamente. Mas o "Casos de Família" pode ser considerado uma das exceções a essa regra.

Quando estreou em 2004, no dia 17 de maio, o programa era apresentado pela competente Regina Volpato. A atração sempre se baseou em contar os problemas que convidados estavam atravessando --- traições, pensões atrasadas, violência doméstica, briga de vizinhos etc --- e havia a interferência da plateia através de perguntas e questionamentos, além de uma opinião final de uma psicóloga (Anahy D`Amico).

O programa tinha tudo para cair no baixo nível, mas com a educação e classe da apresentadora víamos uma boa opção de entretenimento para audiência que sempre enfrenta dificuldades em ver um bom produto no horário da tarde.

Mas em busca de um ibope maior, em 2009 o SBT decidiu transformar a qualidade em baixaria. Propôs a Regina que colocasse 'mais lenha na fogueira' para que o bate-boca aumentasse e acabasse virando "Barracos de Família". Ela não topou e acabou saindo da emissora. Hoje ela se encontra na RedeTv!, onde aguenta as pérolas de Daniela Albuquerque no "Manhã Maior", exibido de segunda a sexta no horário matinal.

Logo uma substituta surgiu. Christina Rocha é o nome dela. Figura conhecida de todos por ter apresentado programas como o "Aqui Agora" e "Alô Christina", ambos na emissora de Silvio Santos, acabou facilmente se enquadrando no objetivo que todos os responsáveis tanto queriam: popularizar a atração no pior sentido da palavra.

Desde então, vemos um programa totalmente desprezível e recheado de baixarias e bizarrices. Apesar do formato ter continuado igual, a maneira grosseira com que as histórias são contadas constrange qualquer um. Os convidados acabam virando fantoches de uma espécie de circo dos horrores. Gritos, palavrões e uma histeria coletiva passaram a fazer parte do 'DNA' da atração, o que, por incrível que pareça, fez a audiência subir. Ou seja, as alterações foram comemoradas pelos 'idealizadores' dessa ideia tão lamentável.

O "Casos de Família" prova através de sua história na televisão que, por mais absurdo que possa ser, um programa que primava pelo bom gosto e pelo capricho, pode se transformar negativamente em todos os aspectos e ganhar de 'presente' mais telespectadores. Difícil de entender.

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4 comentários:

  1. Eu concordo com o Texto acima... O Casos de Família poderia mudar seu nome e virar barracos de família e digo mais... o Programa hj exibido rebaixa as famílias de baixa renda a barraqueiros e descontrolados, não concordo nem nunca concordei com esse tipo de imagem mais infelizmente o que era pra perder audiência está ganhando cada vez mais. ISSO É UMA VERGONHA PARA O POVO BRASILEIRO, que está se rebaixando a assistir esse verdadeiro circo dos horrores!

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  2. Eu acompanho desde a época da Regina e gostava muito, pela Regina e a doutora Anahi. Agora assisto apenas pela opinião final da doutora. Infelizmente estamos mesmo carentes de programas que valham a pena. :(

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  3. Acompanho a Regina no mulheres da Gazeta. Acho ela uma das pessoas mais elegantes e educadas da tv. Pena que o SBT não valorizou....

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