Quando estreou na grade da Globo em 29 de março de 2011, "A Grande Família" teria curta duração e seria apenas uma homenagem aos áureos tempos do seriado original exibido entre 1972 e 1975. Porém,a cada semana que se passava a série vinha agradando cada vez mais. Os telespectadores que já conheciam a tradicional história de Lineu e cia se somavam ao público que não pôde acompanhar o formato original e assim o sucesso se estabelecia.
Com isso, a série teve sua duração prolongada. E muito. Dez anos se passaram, o público continua correspondendo e o formato não se desgastou. Tem como não se envolver com a família Silva? Após tanto tempo no ar todos os personagens já fazem parte da vida dos telespectadores. Essa trupe que mora no subúrbio do RJ continua tendo muita história pra contar.
Lineu (Marco Nanini), Tuco (Lucio Mauro Filho), Nenê (Marieta Severo), Bebel (Guta Stresser) e Agostinho (Pedro Cardoso) foram ganhando companheiros que acabaram fazendo tanto sucesso que entraram para o elenco fixo do programa ao longo desses anos.
Beiçola (Marcos Oliveira), dono da tradicional pastelaria do bairro, sempre esteve presente na série, mas foi ganhando importância com o tempo. Marilda (Andrea Beltrão), cabeleireira e melhor amiga de Nenê, acabou se transformando em uma das personagens principais após o falecimento do grande Rogério Cardoso (o hilário Vovô Floriano). No início desse ano a atriz pediu desligamento da série para se dedicar a novos projetos e acabou entrando em "Tapas & Beijos", onde interpreta uma das protagonistas.
Não podemos deixar de fora o engraçadíssimo Mendonça, chefe e melhor amigo de Lineu, interpretado pelo talentoso Tonico Pereira. Paulão da Regulagem (Evandro Mesquita) também ganhou destaque ao longo do tempo.Dona Abigail (Marcia Manfredini) aparecia esporadicamente e era uma simples participação, mas devido ao talento da atriz, também entrou para o time e virou a namorada do Beiçola. Suas implicâncias com a Nenê sempre rendem. Natalia Lage, que interpreta a namorada do Tuco, é outra que entrou pra ficar. Todos eles vieram para fazer rápidas aparições, mas acabaram dando mais agilidade à série e foram ficando. Se tornaram indispensáveis.
Além dos já citados não podemos esquecer do sensacional Tio Mala, que era interpretado pelo saudoso Francisco Milani. Diogo Vilela também aparecia com certa regularidade como o bandido Remela, amigo de Agostinho. Sua entrada em "Toma lá dá cá", o fez se afastar do seriado. Óbvio, que tivemos muitas outras participações, mas estas não duraram mais de um ou dois episódios. Só pra relembrar alguns, rapidamente, temos Betty Faria e Francisco Cuoco interpretando os pais do Agostinho, Leandra Leal que fez uma namorada do Tuco (sua personagem até engravidou dele), Camila Pitanga, Mariana Ximenes, Fabio Assunção, enfim. E falando em participações, em breve teremos Laura Cardoso fazendo a mãe do Lineu e,ao que tudo indica, ficará até o fim da atual temporada.
A série que foi exibida originalmente em 1972 durou três anos no ar. O "remake", se é que podemos chamar assim, já passou de dez anos. Obviamente que a audiência caiu ao longo dos tempos, mas todos sabemos que isso tem ocorrido com todas as produções televisivas. A repercussão ainda é grande e a prova é a satisfação da emissora e do público com o formato. Nada é eterno e "A Grande Família" também não será. Embora tudo indique que seu encerramento se dará no fim de 2011, sem dúvida alguma o seriado ainda tem fôlego para muitos anos.
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domingo, 26 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Tapas & Beijos se encontra
A nova série da Globo tinha a missão de ocupar o lugar do finado "Casseta e Planeta" (cujo texto sobre o término você pode conferir aqui http://t.co/30foccX ) que ocupava a faixa das 22 horas de terça-feira há mais de quinze anos. A audiência do antigo humorístico estava abaixo do esperado pela emissora e as piadas não tinham mais graça.Então, logo após o término de mais um "Big Brother Brasil", estreou a atração protagonizada por Fernanda Torres e Andrea Beltrão.
Nos primeiros programas, a série não havia dito a que veio. Víamos personagens soltos,sem nenhum tipo de entrosamento e a graça não aparecia em momento algum. A sensação, aliás, era de que já tínhamos visto aquilo em algum lugar. Nada ali empolgava.
Com o passar do tempo isso foi mudando e os atores (que não são muitos) começaram a criar um entrosamento que parecia inexistente nos primeiros episódios. Muito provavelmente isso se deve ao fato de que no início, assim como nós,espectadores, os envolvidos na atração também estavam conhecendo seus próprios papéis e ainda não tinham a intimidade cênica que se faz necessária em qualquer seriado,novela, filme ou peça teatral.
As histórias passaram a ficar mais engraçadas e interessante de serem acompanhadas. A trama se passa,basicamente, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e as protagonistas são duas vendedoras de uma loja para artigos de noivas que se localiza no bairro em questão. O dono do estabelecimento se chama Djalma(Otavio Muller) que é casado com uma de suas vendedoras chamada Flavinha (Fernanda de Freitas). Fernanda Torres e Andrea Beltrão interpretam as personagens centrais: Fátima e Sueli, respectivamente. Além de trabalharem na mesma loja, elas também moram juntas. Sueli tem um ex-marido (Jurandir, vivido pelo Érico Brás) que vive atrás dela. Ela também ainda gosta dele e as idas e vindas do "casal" são o principal dilema da personagem. É importante ressaltar que Marilda, vivida pela mesma atriz em "A Grande Família" tinha um perfil bem semelhante.
Fátima é namorada de um rapaz (Armane,Vladimir Brichta) que é casado e isso, obviamente, gera várias discussões e brigas entre eles. Para completar ainda temos o hilário Seu Chalita, libanês.dono de uma espécie de bar, e interpretado pelo sempre bom Flávio Migliaccio. Chalita vive correndo atrás das protagonistas. Ainda há a pequena participação do excelente ator Kiko Mascarenhas fazendo um Santo Antônio atrapalhado que dá conselhos a Sueli. É uma espécie de imaginação dela.
"Tapas & Beijos" começou devagar,quase parando, mas conseguiu engrenar e já superou a audiência dos "finados" cassetas no horário. A idéia é que a atração fique fixa na grade até o fim do ano e com grandes chances de uma outra temporada em 2012. Será que teremos um seriado com o mesmo fôlego que "A Grande Família" ainda tem e que irá ficar nos ar por mais de dez anos? Só o tempo dirá.
Nos primeiros programas, a série não havia dito a que veio. Víamos personagens soltos,sem nenhum tipo de entrosamento e a graça não aparecia em momento algum. A sensação, aliás, era de que já tínhamos visto aquilo em algum lugar. Nada ali empolgava.
Com o passar do tempo isso foi mudando e os atores (que não são muitos) começaram a criar um entrosamento que parecia inexistente nos primeiros episódios. Muito provavelmente isso se deve ao fato de que no início, assim como nós,espectadores, os envolvidos na atração também estavam conhecendo seus próprios papéis e ainda não tinham a intimidade cênica que se faz necessária em qualquer seriado,novela, filme ou peça teatral.
As histórias passaram a ficar mais engraçadas e interessante de serem acompanhadas. A trama se passa,basicamente, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e as protagonistas são duas vendedoras de uma loja para artigos de noivas que se localiza no bairro em questão. O dono do estabelecimento se chama Djalma(Otavio Muller) que é casado com uma de suas vendedoras chamada Flavinha (Fernanda de Freitas). Fernanda Torres e Andrea Beltrão interpretam as personagens centrais: Fátima e Sueli, respectivamente. Além de trabalharem na mesma loja, elas também moram juntas. Sueli tem um ex-marido (Jurandir, vivido pelo Érico Brás) que vive atrás dela. Ela também ainda gosta dele e as idas e vindas do "casal" são o principal dilema da personagem. É importante ressaltar que Marilda, vivida pela mesma atriz em "A Grande Família" tinha um perfil bem semelhante.
Fátima é namorada de um rapaz (Armane,Vladimir Brichta) que é casado e isso, obviamente, gera várias discussões e brigas entre eles. Para completar ainda temos o hilário Seu Chalita, libanês.dono de uma espécie de bar, e interpretado pelo sempre bom Flávio Migliaccio. Chalita vive correndo atrás das protagonistas. Ainda há a pequena participação do excelente ator Kiko Mascarenhas fazendo um Santo Antônio atrapalhado que dá conselhos a Sueli. É uma espécie de imaginação dela.
"Tapas & Beijos" começou devagar,quase parando, mas conseguiu engrenar e já superou a audiência dos "finados" cassetas no horário. A idéia é que a atração fique fixa na grade até o fim do ano e com grandes chances de uma outra temporada em 2012. Será que teremos um seriado com o mesmo fôlego que "A Grande Família" ainda tem e que irá ficar nos ar por mais de dez anos? Só o tempo dirá.
domingo, 12 de junho de 2011
A Mulher Invisível não empolga
Mais uma série derivada de um filme entra para a grade da Globo. "A Mulher Invisível" foi um filme que fez tanto sucesso quanto "Divã", mas seu desempenho na televisão aberta não parece seguir o mesmo rumo. A série protagonizada pela grande Lilia Cabral teve os mesmos acertos do filme e isso resultou em um retorno positivo do público e da crítica. Já a série protagonizada por Selton Mello, as coisas mudaram um pouco de figura.
É bem verdade que a história do filme não é a das mais originais. Embora no longa-metragem,Pedro (Selton Mello) não seja casado, a situação é basicamente a mesma mostrada na série. Pela limitação da história era de se supor que poucas situações podiam dar margens à grandes novidades ou conflitos diferentes. Talvez esse seja o motivo de colocarem o personagem principal casado no seriado. Novas possibilidades se abrem.
O elenco é bem entrosado e com bons atores,com exceção da Luana Piovani fazendo a personagem título Amanda. Luana sempre foi exagerada em seus papéis e nunca convence. Embora,esteja menos teatral do que de costume, ainda falta muito para ser considerada uma boa atriz. Débora Falabella (Clarisse) vive a esposa de Pedro. Após uma sucessiva leva de mocinhas choronas,ela mostrou que sabe fazer outros tipos como a engraçada e fútil vilã Beatriz de "Escrito nas Estrelas". Em "A Mulher Invisível" ela repete o bom desempenho em um papel levemente cômico.Selton Mello é um grande ator e elogiá-lo é chover no molhado. O elenco de apoio também não faz feio e agrada. Álamo Facó vive o melhor amigo de Pedro, Wilson.Marcos Suchara (Téo) vive um colega invejoso de Clarisse que vive insistindo em comprar a empresa dela (herança do pai da personagem). Deborah Wood é secretária da mesma empresa e tem uma paixão platônica por Wilson. Todos estão muito bem.
A audiência de estréia foi superior ao recorde alcançado por "Divã". Obteve 25 pontos. O máximo conseguido por "Divã" foram 20 pontos. Mas isso não significa que a atual série é melhor que a anterior,muito pelo contrário. A sensação do telespectador foi de que há algo errado ali.Ou então que falta alguma coisa. O objetivo do seriado é ser cômico. Isso é alcançado? Definitivamente não. É muito difícil rir de qualquer coisa que nos é apresentada. Mas o filme fazia rir? Em alguns momentos sim,outros nem tanto. Resta saber se essa primeira impressão da série mudará ao longo das exibições. Mas o saldo final do "filho" gerado pelo longa-metragem não é dos mais animadores.
É bem verdade que a história do filme não é a das mais originais. Embora no longa-metragem,Pedro (Selton Mello) não seja casado, a situação é basicamente a mesma mostrada na série. Pela limitação da história era de se supor que poucas situações podiam dar margens à grandes novidades ou conflitos diferentes. Talvez esse seja o motivo de colocarem o personagem principal casado no seriado. Novas possibilidades se abrem.
O elenco é bem entrosado e com bons atores,com exceção da Luana Piovani fazendo a personagem título Amanda. Luana sempre foi exagerada em seus papéis e nunca convence. Embora,esteja menos teatral do que de costume, ainda falta muito para ser considerada uma boa atriz. Débora Falabella (Clarisse) vive a esposa de Pedro. Após uma sucessiva leva de mocinhas choronas,ela mostrou que sabe fazer outros tipos como a engraçada e fútil vilã Beatriz de "Escrito nas Estrelas". Em "A Mulher Invisível" ela repete o bom desempenho em um papel levemente cômico.Selton Mello é um grande ator e elogiá-lo é chover no molhado. O elenco de apoio também não faz feio e agrada. Álamo Facó vive o melhor amigo de Pedro, Wilson.Marcos Suchara (Téo) vive um colega invejoso de Clarisse que vive insistindo em comprar a empresa dela (herança do pai da personagem). Deborah Wood é secretária da mesma empresa e tem uma paixão platônica por Wilson. Todos estão muito bem.
A audiência de estréia foi superior ao recorde alcançado por "Divã". Obteve 25 pontos. O máximo conseguido por "Divã" foram 20 pontos. Mas isso não significa que a atual série é melhor que a anterior,muito pelo contrário. A sensação do telespectador foi de que há algo errado ali.Ou então que falta alguma coisa. O objetivo do seriado é ser cômico. Isso é alcançado? Definitivamente não. É muito difícil rir de qualquer coisa que nos é apresentada. Mas o filme fazia rir? Em alguns momentos sim,outros nem tanto. Resta saber se essa primeira impressão da série mudará ao longo das exibições. Mas o saldo final do "filho" gerado pelo longa-metragem não é dos mais animadores.
domingo, 5 de junho de 2011
Morde & Assopra entra nos eixos
A atual novela das 19 horas passou por momentos difíceis. Muitas críticas e a audiência não conseguia atingir a meta exigida pela Globo no horário : 30 pontos. "Ti ti ti" foi um sucesso e isso não melhora a situação da novela que irá substituí-la,como muitos pensam. Todos esperam que a sucessora se iguale imediatamente à passada no quesito ibope e repercussão.Impossível. O mesmo ocorre quando a trama entra no lugar de um fracasso. A cobrança para que se recupere a audiência perdida do horário é imensa. Em suma : uma novela nova sempre será cobrada e enfrentará dificuldades no começo. Até "Cordel Encantado" que é um sucesso de público e crítica, enfrentou uma audiência aquém do esperado nas semanas iniciais.Mas voltemos a falar de "Morde & Assopra".
A novela do sempre competente Walcyr Carrasco apresentava problemas. O núcleo do cientista Ícaro (Mateus Solano), um dos principais, era o mais enfadonho. As situações se repetiam à exaustão e nenhum personagem presente ali se misturava com as demais tramas. Era a robô Naomi que flertava com Leandro (Caio Blat) e vivia em conflito com seu criador. Palmira (Neusa Maria Faro) mal abria a boca. Com a chegada da Naomi de carne e osso, imediatamente tudo mudou e esse núcleo se transformou em um dos mais interessantes da novela. Palmira vive fazendo tiradas ótimas quando conversa com Naomi e o mistério envolvendo a personagem que voltou de um suposto coma atrai. Além disso, Ícaro e sua esposa, agora, estão se envolvendo com os outros núcleos, o que também ajuda e muito. É importante destacar que Mateus Solano conseguiu acertar o tom e deixou de ser aquele boboca com uma interpretação caricata.
A excelente Narjara Turetta começou a ter mais destaque e suas cenas têm sido sempre um presente ao telespectador. Impossível não sofrer junto com Lilian.É constantemente humilhada por Minerva (grande Elizabeth Savalla) e por Alice (Marina Ruy Barbosa sempre bem), sua filha arrogante. Essa situação promete boas cenas. Já está explícito que Lilian é mãe de Alice,mas quem é o pai? Por que ela deu a filha em troca da mercearia?
A entrada do afetadíssimo Áureo (André Gonçalves), do grande Emiliano Queiroz vivendo o avô de Júlia, e da sofrida Lidia (Ildi Silva) também ajudaram a dar um dinamismo maior à novela. Impossível não se divertir com as situações em que o filho do prefeito Isaías (Ary Fontoura) se envolve, e seus galanteios para cima de Josué (Joaquim Lopes) são ótimos. Fecha o armário,Áureo! A entrada de Ildi também promete movimentar o núcleo do banqueiro Oséas (Luis Mello, que faz com o talento de sempre um vilão dos bons). A trama envolvendo a família do doutor Eliseu (Paulo Goulard) não tem aparecido muito. Merece mais destaque.
O núcleo da sovina Salomé sempre foi ótimo e continua assim. Jandira Martini e Vera Mancini (Cleonice) fazem uma dobradinha e tanto. Os personagens da fazenda do Abner (Marcos Pasquim) continuam agradando. É sempre um prazer ver Walderez de Barros atuar, além da talentosa Gabriela Carneiro da Cunha e Klara Castanho. O Pasquim tem convencido e mostra, graças ao autor,que seu período de descamisado já era pra ter acabado há muito tempo. O único "porém" do núcleo é o pouco destaque dado ao casal formado pela ótima Daniela Fontan (que roubou a cena em "Escrito nas Estrelas") e Cosme dos Santos.
Não podemos esquecer do casal mais engraçado da novela composto pelos novatos Jurema Reis e Anderson Di Rizzi. Não tem como não rir daqueles caipiras,dos seus conflitos amorosos e da dificuldade em dar um simples beijo. São agradáveis revelações. Marcio Tadeu de Lima também diverte como o arretado Herculano. Suas brigas com o sargento são divertidas.Afinal, um é nomeado e o outro concursado. É osso!
A situação envolvendo a sofrida Dulce (a magnânima e excepcional Cássia Kiss Magro), que era um dos pontos fortes da novela,estava começando a ficar repetitiva.Mas foi justamente no momento em que a empregada descobre a total falta de caráter do filho Guilherme (Klebber Toledo), no dia do casamento do mesmo, que a novela teve uma virada definitiva e quebrou seu recorde de audiência alcançando 35 de média e picos de 40. Tivemos grandes sequências e interpretações maravilhosas da Adriana Esteves, Paulo Goulard,Marina, Cássia,Savalla, Narjara, enfim.
A partir daí, a trama começou a ser bem mais elogiada tanto pela crítica quanto pelo público. Os resultados podem ser vistos nos índices mais recentes do ibope. Isso só comprova que Walcyr Carrasco sabe dar a volta por cima e é nessas horas que um autor experiente se mostra por inteiro. Para tudo melhorar ainda mais, só falta darem o destaque de antes ao núcleo japonês e do spa que tiveram suas participações muito reduzidas. Ary França, Cristina Mutarelli, Miriam Lins, Suzy Rego, Cissa Guimarães,Flavia Garrafa, Guilherme Gonzalez, Miwa Yanagisawa, Luana Tanaka e Camila Chiba fazem falta. Mas o que vai acontecer a partir de agora, só mesmo vendo os próximos capítulos.
A novela do sempre competente Walcyr Carrasco apresentava problemas. O núcleo do cientista Ícaro (Mateus Solano), um dos principais, era o mais enfadonho. As situações se repetiam à exaustão e nenhum personagem presente ali se misturava com as demais tramas. Era a robô Naomi que flertava com Leandro (Caio Blat) e vivia em conflito com seu criador. Palmira (Neusa Maria Faro) mal abria a boca. Com a chegada da Naomi de carne e osso, imediatamente tudo mudou e esse núcleo se transformou em um dos mais interessantes da novela. Palmira vive fazendo tiradas ótimas quando conversa com Naomi e o mistério envolvendo a personagem que voltou de um suposto coma atrai. Além disso, Ícaro e sua esposa, agora, estão se envolvendo com os outros núcleos, o que também ajuda e muito. É importante destacar que Mateus Solano conseguiu acertar o tom e deixou de ser aquele boboca com uma interpretação caricata.
A excelente Narjara Turetta começou a ter mais destaque e suas cenas têm sido sempre um presente ao telespectador. Impossível não sofrer junto com Lilian.É constantemente humilhada por Minerva (grande Elizabeth Savalla) e por Alice (Marina Ruy Barbosa sempre bem), sua filha arrogante. Essa situação promete boas cenas. Já está explícito que Lilian é mãe de Alice,mas quem é o pai? Por que ela deu a filha em troca da mercearia?
A entrada do afetadíssimo Áureo (André Gonçalves), do grande Emiliano Queiroz vivendo o avô de Júlia, e da sofrida Lidia (Ildi Silva) também ajudaram a dar um dinamismo maior à novela. Impossível não se divertir com as situações em que o filho do prefeito Isaías (Ary Fontoura) se envolve, e seus galanteios para cima de Josué (Joaquim Lopes) são ótimos. Fecha o armário,Áureo! A entrada de Ildi também promete movimentar o núcleo do banqueiro Oséas (Luis Mello, que faz com o talento de sempre um vilão dos bons). A trama envolvendo a família do doutor Eliseu (Paulo Goulard) não tem aparecido muito. Merece mais destaque.
O núcleo da sovina Salomé sempre foi ótimo e continua assim. Jandira Martini e Vera Mancini (Cleonice) fazem uma dobradinha e tanto. Os personagens da fazenda do Abner (Marcos Pasquim) continuam agradando. É sempre um prazer ver Walderez de Barros atuar, além da talentosa Gabriela Carneiro da Cunha e Klara Castanho. O Pasquim tem convencido e mostra, graças ao autor,que seu período de descamisado já era pra ter acabado há muito tempo. O único "porém" do núcleo é o pouco destaque dado ao casal formado pela ótima Daniela Fontan (que roubou a cena em "Escrito nas Estrelas") e Cosme dos Santos.
Não podemos esquecer do casal mais engraçado da novela composto pelos novatos Jurema Reis e Anderson Di Rizzi. Não tem como não rir daqueles caipiras,dos seus conflitos amorosos e da dificuldade em dar um simples beijo. São agradáveis revelações. Marcio Tadeu de Lima também diverte como o arretado Herculano. Suas brigas com o sargento são divertidas.Afinal, um é nomeado e o outro concursado. É osso!
A situação envolvendo a sofrida Dulce (a magnânima e excepcional Cássia Kiss Magro), que era um dos pontos fortes da novela,estava começando a ficar repetitiva.Mas foi justamente no momento em que a empregada descobre a total falta de caráter do filho Guilherme (Klebber Toledo), no dia do casamento do mesmo, que a novela teve uma virada definitiva e quebrou seu recorde de audiência alcançando 35 de média e picos de 40. Tivemos grandes sequências e interpretações maravilhosas da Adriana Esteves, Paulo Goulard,Marina, Cássia,Savalla, Narjara, enfim.
A partir daí, a trama começou a ser bem mais elogiada tanto pela crítica quanto pelo público. Os resultados podem ser vistos nos índices mais recentes do ibope. Isso só comprova que Walcyr Carrasco sabe dar a volta por cima e é nessas horas que um autor experiente se mostra por inteiro. Para tudo melhorar ainda mais, só falta darem o destaque de antes ao núcleo japonês e do spa que tiveram suas participações muito reduzidas. Ary França, Cristina Mutarelli, Miriam Lins, Suzy Rego, Cissa Guimarães,Flavia Garrafa, Guilherme Gonzalez, Miwa Yanagisawa, Luana Tanaka e Camila Chiba fazem falta. Mas o que vai acontecer a partir de agora, só mesmo vendo os próximos capítulos.
Insensato Coração sai do coma
Que a novela das oito, que é exibida às nove, estava mais do que arrastada e enfadonha,todos sabiam. Acho eu.Porém, isso começou a mudar no instante que Norma (grande Glória Pires) saiu da prisão. A partir dessa situação, a trama começou a dar sinais de vida e esperanças para o telespectador.
Norma começa a arquitetar seu plano de vingança contra o vilão Léo (Gabriel Braga Nunes) e está formando uma ótima dupla com Jandira (Cristina Galvão, que faz falta nas novelas). A personagem está "penetrando" em todos os núcleos com o objetivo de conseguir o máximo de informações que puder para atingir seus objetivos. Isso deu uma movimentada em toda a novela que estava precisando, e muito, para poder mostrar a que veio. Claro que isso não significa que a novela está espetacular e que todos os erros já mencionados aqui foram apagados. Pelo contrário. Todas as bobagens ainda estão presentes.
Grandes atores continuam sendo desrespeitados, mal aparecendo na trama,em detrimento de outros sofríveis que vão tendo cada vez mais destaque e cenas.Louise Cardoso, José Augusto Branco, Zé Victor Castiel, Ana Lucia Torre, Bete Mendes, Rosi Campos e Nathalia Timberg funcionam como figurantes ou escadas para atores como o Jonatas Faro e a Deborah Secco, por exemplo. Eles praticamente não têm função. Difícil entender o porquê disso.
A quantidade absurda de mortes desnecessárias também chama atenção. Nada contra esse artifício, pelo contrário. Essas situações acabam dando um suspense interessante em qualquer novela, mas desde que tenha um propósito. Não é o caso da trama. A única morte realmente necessária nessa história é a do Teodoro (Tarcísio Meira), verdade seja dita. Se a personagem da Fernanda Machado ficasse com algum dano motor grave no acidente de avião, já bastaria para o mala do Pedro (Eriberto Leão) se sentir culpado.Além dela, tivemos as mortes dos papéis de: Hugo Carvana, Suzana Ribeiro, Ana Beatriz Nogueira, Ricardo Pereira, Cristiana Oliveira, e agora Fernanda Paes Leme. A Irene já havia contado o segredo para o protagonista, ou seja, o que mais ela poderia fazer era confirmar tudo para Marina, mas ela poderia muito bem não acreditar.Um vilão safo como o Léo ia ter um homicídio nas costas por um motivo banal desses? Claro que não.
Agora a próxima vítima será o Milton (José de Abreu). Outra morte que nada acrescentará. Isso tudo só serve para contribuir com esse entra-e-sai da novela que agora só tem a porta de saída mesmo. Ninguém tem entrado. Com isso perdemos grandes atores, com exceção do Ricardo Pereira e Fernanda Paes Leme que não convenciam. Fernanda pelo menos conseguiu fazer uma boa cena final.
As demais situações da novela nada mudaram.Tudo continua uma bobajada só.Um bom personagem como o Cortez (ótimo Herson Capri), agora se vê cada vez mais envolvido nas besteiras da Natalie. Maria Clara Gueiros continua pegando todo mundo, Lázaro Ramos continua nada acrescentando com seu André gostosão, Jonatas Faro e Giovanna Lancelloti(boa revelação) continuam com seus draminhas à nível de "Malhação", Cássio Gabus Mendes e Isabela Garcia --- apesar de bons atores --- ainda não tiveram cenas úteis, o casal protagonista está cada vez mais insuportável, como se isso fosse possível, enfim.E nem citei as constantes festas com as mesmas músicas e os mesmos convidados,além das rodinhas de samba no bar do Guilherme Piva. Também não falarei dos espermatozóides mutantes do Pedro que ficam vivos por até 24 horas fora do corpo numa camisinha amassada dentro de uma lixeira. Ele disse que leu essa informação na internet. Gostaria de saber qual site que disse isso.
"Insensato Coração" não é mais a tragédia que era, mas sua melhora,mesmo que pequena, se deve exclusivamente a Norma. Tomara que os grandes atores dessa novela tenham mais destaque, mesmo que isso venha a ocorrer tardiamente e que a trama em si encontre um rumo sem ficar dependendo exclusivamente da maravilhosa Glória Pires. É esperar pra ver.
Norma começa a arquitetar seu plano de vingança contra o vilão Léo (Gabriel Braga Nunes) e está formando uma ótima dupla com Jandira (Cristina Galvão, que faz falta nas novelas). A personagem está "penetrando" em todos os núcleos com o objetivo de conseguir o máximo de informações que puder para atingir seus objetivos. Isso deu uma movimentada em toda a novela que estava precisando, e muito, para poder mostrar a que veio. Claro que isso não significa que a novela está espetacular e que todos os erros já mencionados aqui foram apagados. Pelo contrário. Todas as bobagens ainda estão presentes.
Grandes atores continuam sendo desrespeitados, mal aparecendo na trama,em detrimento de outros sofríveis que vão tendo cada vez mais destaque e cenas.Louise Cardoso, José Augusto Branco, Zé Victor Castiel, Ana Lucia Torre, Bete Mendes, Rosi Campos e Nathalia Timberg funcionam como figurantes ou escadas para atores como o Jonatas Faro e a Deborah Secco, por exemplo. Eles praticamente não têm função. Difícil entender o porquê disso.
A quantidade absurda de mortes desnecessárias também chama atenção. Nada contra esse artifício, pelo contrário. Essas situações acabam dando um suspense interessante em qualquer novela, mas desde que tenha um propósito. Não é o caso da trama. A única morte realmente necessária nessa história é a do Teodoro (Tarcísio Meira), verdade seja dita. Se a personagem da Fernanda Machado ficasse com algum dano motor grave no acidente de avião, já bastaria para o mala do Pedro (Eriberto Leão) se sentir culpado.Além dela, tivemos as mortes dos papéis de: Hugo Carvana, Suzana Ribeiro, Ana Beatriz Nogueira, Ricardo Pereira, Cristiana Oliveira, e agora Fernanda Paes Leme. A Irene já havia contado o segredo para o protagonista, ou seja, o que mais ela poderia fazer era confirmar tudo para Marina, mas ela poderia muito bem não acreditar.Um vilão safo como o Léo ia ter um homicídio nas costas por um motivo banal desses? Claro que não.
Agora a próxima vítima será o Milton (José de Abreu). Outra morte que nada acrescentará. Isso tudo só serve para contribuir com esse entra-e-sai da novela que agora só tem a porta de saída mesmo. Ninguém tem entrado. Com isso perdemos grandes atores, com exceção do Ricardo Pereira e Fernanda Paes Leme que não convenciam. Fernanda pelo menos conseguiu fazer uma boa cena final.
As demais situações da novela nada mudaram.Tudo continua uma bobajada só.Um bom personagem como o Cortez (ótimo Herson Capri), agora se vê cada vez mais envolvido nas besteiras da Natalie. Maria Clara Gueiros continua pegando todo mundo, Lázaro Ramos continua nada acrescentando com seu André gostosão, Jonatas Faro e Giovanna Lancelloti(boa revelação) continuam com seus draminhas à nível de "Malhação", Cássio Gabus Mendes e Isabela Garcia --- apesar de bons atores --- ainda não tiveram cenas úteis, o casal protagonista está cada vez mais insuportável, como se isso fosse possível, enfim.E nem citei as constantes festas com as mesmas músicas e os mesmos convidados,além das rodinhas de samba no bar do Guilherme Piva. Também não falarei dos espermatozóides mutantes do Pedro que ficam vivos por até 24 horas fora do corpo numa camisinha amassada dentro de uma lixeira. Ele disse que leu essa informação na internet. Gostaria de saber qual site que disse isso.
"Insensato Coração" não é mais a tragédia que era, mas sua melhora,mesmo que pequena, se deve exclusivamente a Norma. Tomara que os grandes atores dessa novela tenham mais destaque, mesmo que isso venha a ocorrer tardiamente e que a trama em si encontre um rumo sem ficar dependendo exclusivamente da maravilhosa Glória Pires. É esperar pra ver.