sábado, 14 de maio de 2011

Divã : um conjunto de acertos

"Divã" era uma peça de teatro.Fazia sucesso. Então resolveram transformar em um filme. Também fez muito sucesso. Aí resolvem criar uma série e levar para a televisão. Não seria um risco desnecessário que poderia prejudicar uma imagem já consolidada? Óbvio que sim. Mas mesmo assim, resolveram arriscar. Resultado:a série é iguamente ótima.

Desde que estreou, a atração vem nos mostrando vários episódios que mesclam humor e drama, em menos de quarenta minutos de exibições semanais. E conseguem nos entreter com louvor. Apesar de ter continuidade, os "capítulos" são totalmente independentes um do outro. Isso pode ser considerado um bônus, já que nem todos conseguem acompanhá-la semanalmente. Tudo bem que os dois primeiros episódios foram diretamente ligados, mas foi a exceção até então.

Lília Cabral é uma grande atriz e já interpretou diversos tipos, até aí nenhuma novidade, mas, talvez, Mercedes seja uma das suas personagens que a deixam mais solta e verdadeira. Sua atuação é impecável. O restante do elenco também ajuda e muito. Paulo Gustavo (Renée) é hilário e responsável pelos momentos mais engraçados do programa. Julia Almeida(Magali) não compromete. Totia Meirelles (Tania) é ótima, como sempre, mas já está na hora de darem a ela um papel diferente. Ela não deve aguentar mais fazer "a melhor amiga" de alguém. Johnny Massaro(Thiago), Marcelo Airoldi (o atrapalhado Jurandir) e Lidiane Ribeiro (a empregada Natalia) também estão com boas atuações e divertem. A única exceção é o Duda Nagle (Bruno), sempre fazendo ele mesmo.
Uma personagem que faz muita falta é a melhor amiga de Mercedes, interpretada brilhatemente pela Alexandra Richter. Porém, como a dita cuja morre no filme, ficaria forçado demais tê-la na série.

O seriado não vai ter a mesma duração que "Macho Man" e "Lara com Z". Acabará antes, cedendo lugar para mais uma série vinda de um filme: "A Mulher Invisível". É uma pena. Essa série tinha fôlego para vários meses.

Em suma: "Divã" conseguiu agradar público e crítica no teatro, no cinema e agora na tevê. Todos os envolvidos nos três vitoriosos projetos merecem muitos elogios. Não é mesmo, Lopes?

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